7 Coisas que Aprendi com "o Monge"
Li (na verdade, ouvi) o afamado livro "O Monge que vendeu o seu Ferrari" e para minha grande desgraça adorei. Digo isso assim, com pesar, porque gostava de ser muito cool e desdenhar de uma leitura que milhares de pessoas em todo o mundo acham fundamental. Também gostava de menosprezar livros de auto-ajuda no geral, em particular quando envolvem fábulas e monges. As pessoas têm sempre a mania que não precisam de ajuda (nem de si próprias), o que é totalmente falso. Acontece que concordei com as muitas recomendações que tinha visto e aprendi verdadeiramente algumas lições e técnicas que vou aplicar na minha vida. Não consegui deixar de tomar algumas notas e, agora que já macei os meus colegas de trabalho com elas, vou partilhá-las também convosco.
1. Ninguém chega ao leito de morte e diz "Quem me dera ter passado mais horas a trabalhar". Lembrem-se disso sempre que estiverem a fazer aquela hora extra marota ao fim do dia em vez de beberem um copo na esplanada este Verão. Não significa que sejam irresponsáveis e larguem tudo quando são mesmo necessários. Significa: não troquem momentos de que se arrependam mais tarde de ter perdido.
2. Acabou a conversa "Nem tenho dez minutos para almoçar, como teria dez minutos só para fazer uma pausa para mim?" É como dizer que se está tão ocupado a guiar o carro que não se pode parar para pôr gasóleo. Inevitavelmente terá consequências. E esta metáfora é um reflexo ideal da importância que (não) damos às nossas necessidades emocionais. Nunca deixaríamos de parar se se tratasse de combustível para o carro (mesmo ao preço que está!), mas não teos tempo para lidar connosco? É até ao dia em que o nosso motor dá o berro.
3. Só conseguimos ter um pensamento de cada vez. Não apontei o nome desta técnica mas acho que bem assimilada e praticada é coisa para mudar radicalmente a forma como tudo nos afeta. Se é humanamente impossível pensar em duas coisas ao mesmo tempo, treinemo-nos para substituir os pensamentos que nos encanitam pelos que nos acalmam.
4. Aprender a dizer não. Não para faltar ao respeito aos outros. Mas para respeitar o nosso tempo, que deve ser gerido com o mesmo rigor que uma agenda profissional. Se dizemos sim a uma chamada pouco importante no nosso telemóvel, estamos a dizer não à coisa que estaríamos a fazer em vez dessa chamada (brincar com o vosso filho?). O que é prioritário para nós? É aí que devemos investir o nosso tempo.
5. Quem não tem nada é livre. Quantas vezes deixamos de fazer algo porque não podemos arriscar visto que há um carro para pagar, uma casa para sustentar, uma mensalidade de Netflix? Quanto mais temos, mais aprisionados estamos, com o medo de perder coisas materiais. Depende de nós mudar essa mentalidade e arriscar no que queremos fazer, se é efetivamente o que queremos.
6. Rever cada dia. Tentemos este exercício: passar o nosso dia a pente fino ao final da noite (tanto quanto nos conseguirmos lembrar) e pensar no que mudaríamos. Rapidamente chegamos à conclusão que não podemos mudar os fatores externas (ex: o trânsito), mas podemos mudar a forma como reagimos a eles (ex: barafustar). Rever as nossas reações e ajustá-las mentalmente far-nos-á lidar melhor com isso da próxima vez. É que gritar com o trânsito pode não ter nenhum efeito prático na hora a que chegamos a casa, mas certamete afeta o humor com que chegamos.
7. "A melhor altura para plantar uma árvore é há 40 anos. A segunda melhor altura é hoje." Ou seja, vive cada dia como se fosse o último. Não significa "YOLO!" vamos ser malucos e fazer o que nos der na telha. Significa não adiar para amanhã as coisas que realmente queremos fazer com a nossa vida. Seja uma coisa simples como provar um sabor de gelado, conhecer uma cidade ou concretizar um projeto de vida. O que é que sempre quiseste fazer? Podes começar hoje? Fecha o blog e dá o primeiro passo agora.