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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

10
Dez14

O que me aquece este Inverno?

Maria das Palavras

A manta fabulosamente quente que comprei na minha loja de decoração favorita de sempre (a Casa). Até poderia ser a Loja do Gato Preto, mas não há carteira para isso.

 

Santa Manta | Casa Online - Maria das Palavras

 

 

A manta é aquela assinalada. A vermelhinha, assim de Natal. Diz que é Santa e pelo que sei é milagreira.

Comprei-a num impulso para reforçar a decoração Natalícia da sala, mas quer-me parecer que não a vou largar em altura nenhuma do ano [ou da minha vida, num exercício de regresso à infância - sabem aquelas crianças que andam sempre com uma fraldinha de pano para todo lado?].

Aquilo é quente como o Inferno. Mesmo que a casa esteja gelada e eu de pernas ao léu com um vestidinho, ponho-me debaixo dela e os trópicos baixam em mim.

 

Fico sem precisar de chás quentes, de sistemas de aquecimento, do Moço (brincadeirinha, vem comigo para debaixo da manta, sim?)...não julguem que exagero, já passei por muitas mantas e sei do que falo.
O único problema é a dificuldade em largar..ou sequer tirar as mãozinhas do conforto. De maneiras que sou capaz de hibernar debaixo da manta este Inverno. Até daqui a uns meses!

 

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Mensagem adicional:

A/C Diretor Marketing Casa


Caríssimo, tenho cerca de dois leitores e meio (às vezes três inteiros) que vêm todos os dias a este blog. Gostaria de o informar que este post está aberto a patrocínios vários. Obrigada. 

 

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14
Jul14

Home Detox ou "Isso não, por favor!"

Maria das Palavras

Há umas semanas estive em mudanças. A minha vida mudou-se de uma casa para outra e neste processo descobri coisas que já nem me lembrava que existiam. Parece que durante dez anos ali, andei a juntar coisas – o termo técnico que a minha mãe usou foi lixo – que me pareciam muito úteis, pertinentes e permanentes, mas afinal nem por isso.

Parecia haver a ideia geral, por entre as pessoas que me ajudavam a fazer as mudanças, que eu ia doar e deitar fora muita coisa. Percebi que a coisa era séria quando o meu namorado fez questão de me lembrar que também precisava de um sítio onde guardar as coisas dele na casa nova – já não é a minha casa, é a nossa casa.

De cada vez que eles tentavam deitar algo fora e eu gritava “isso não por favor!” sentia que era candidata àquele programa do TLC em que mostram a casa de pessoas que acumulam tudo e mais alguma coisa, de tal forma que é preciso escavar túneis para se passar de uma divisão a outra.

 

 

TLC: Hoarding Season 2

 

 


Portanto, aos poucos fui separando o que ia para a casa nova e o que já não tinha lugar na minha vida. Primeiro a custo, só a pôr de lado o que era demasiado ridículo para eu fingir que precisava e depois (à medida que o espaço começava a escassear na nova morada) quase sem olhar e sem pensar.
Teve mesmo de ser.

Isto para dizer que as mulheres se apegam demasiados às coisas. E às vezes precisam de um empurrãozinho para dar a volta às gavetas - literais e metafóricas - e manterem junto de si só aquilo que interessa mesmo. É como um sumo detox para alma.

Mas tenho a certeza que ainda vai chegar o dia em que aqueles sapatos verdes e roxos que nunca usei me vão precisos. E eu lá estarei para dizer “eu avisei!”.

 

Nota: Calma, calma, a foto é do programa do TLC.

 

 

 

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11
Jul14

Passar à rua que já foi tua

Maria das Palavras

O autocarro estava muito atrasado e ela não podia esperar mais. Então, mesmo debaixo daquele calor surdo às queixas da velhota sentada à sombra, pôs-se a caminho. Desejou ter calçado saltos altos. Ninguém a percebia, porque é suposto os rasos serem tão mais confortáveis. É que os saltos altos marcam compasso e pontuam a caminhada. E têm o conforto da beleza, que ela tanto quer fingir.

 

Foi quase sem reparar que reparou. Talvez tenha virado a cabeça para sacudir o cabelo que lhe passeava nos ombros. E viu a entrada para a rua dela. Já não era a rua dela, na verdade. Mas foi por muitos anos. A rua onde reconhecia a porta e subia até ao último andar para o apartamento velho que chamou de casa por uma década. Que partilhou com uma amiga, com ninguém, com a irmã, com o seu amor. Onde recebeu amigos para verem sentados no chão o Portugal x Inglaterra do Euro 2004 e comerem bacalhau com natas como a mãe lhe tinha ensinado a fazer. Onde levou rapazes diferentes para beijos diferentes e desilusões diferentes. Onde chorou, sorriu, deseperou, foi feliz. 

 

Pensou nisto tudo naquela fração de segundo em que reparou na rua. Talvez tenha virado a cabeça para sacudir o cabelo que lhe passeava nos ombros. O calor não dava descanso e ela não dava descanso aos sapatos rasos, que deviam ter salto alto, para lhe marcar o compasso e pontuar a caminhada. Já estava atrasada. Que a vida não pára.

 

 

 

 

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