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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

07
Ago15

Das palavras #19: Solidariedade

Maria das Palavras

Cada vez mais me convenço que é quem menos tem que mais dá. Pois claro que há mlionários que entregam cheques chorudos para nobres causas, e não digo que tenham pouco valor (têm muito, pois a obrigação de o fazerem era nenhuma). Mas esse cheque não faz a mossa dos três euros que aquele casal com dois filhos dispensou agora para deixar um saco cheio de mercearias ao Banco Alimentar. Quem sente a falta e conta os tostões, quem vive todos os dias no limiar e já pensou que pode estar a menos de cinco passos do lado de lá, de quem tem fome em vez de telha, quem vive com pouco e sabe que nunca terá muito. Será até uma forma de egoísmo positivo  - vêem-se naquele lugar onde também desejariam ser ajudados. São esses os que mais dão de si aos outros. Os que mais levemente partilham o pão na sua mesa. Alma cheia, mão vazia. 

 

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22
Mar15

Palavras de origem portuguesa

Maria das Palavras

Deparei-me com um artigo interessantíssimo e de fiabilidade desconhecida (portanto a condizer com este blog) que menciona dez palavras de origem portuguesa que são usadas pelo mundo fora. 

10 palavras de origem portuguesa usadas em todo o mundo

 

Podem ler o artigo completo aqui, mas eu resumo brevemente. São elas:

1. Cobra
2. Comando
3. Fétiche
4. Albino
5. Albatroz
6. Banana
7. Cachalote
8. Tempura
9. Zebra
10. Mosquito

 

É deveras curioso que tenham sido os portugueses a originar palavras que precisavam urgentemente que fossem bem implementadas neste país (comando) ou outras que usam mais para ofender gente do que para designar aquilo lhes deu origem (cachalote). Já outras, não me espantam (fétiche) e até caracterizam bastante bem alguns espécimes tugas que conheço (banana). Qual é a vossa favorita?

 

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05
Dez14

Das palavras #14: Tocar

Maria das Palavras

O conceito é fácil de aprender e as crianças desde logo o percebem: primeiro a experimentar texturas diferentes (enquanto ainda experimentamos o mundo) e depois com o "não mexas aí". Tocar nalguma coisa pode ser certo ou errado e vamos aprendendo a distinguir. O toque do tato já nasce conosco. 


Depois aprendemos outros toques. Eu? Aprendi a tocar piano. E flauta. E clarinete (não digam a ninguém). Este "tocar" aprendi e desaprendi com o tempo.


Um dia damos por nós também a tocar noutras pessoas e aprender a despertar-lhes sensações com isso. Às vezes, basta a ponta de um dedo ao de leve por trás da orelha para causarmos um arrepio. Consigo fazer isso.

O que eu não sabia que conseguia fazer era tocar alguém. Sem lhe mexer. Sem conhecer sequer mais do que aquilo que as palavras que dão vida a um blog permitem. Nunca pensei que ter um blog me permitisse ter um super-poder assim - o de ajudar alguém num momento difícil, à distância, ainda que de uma forma micro-ínfima-invisível. 

Obrigada Paulo Vasco. Tocas-te-me (salvo seja*). 

 

*Porque se não fosse a nota de humor, não era eu.

 

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24
Out14

Das palavras #13: Palavrões

Maria das Palavras

Não uso, por defeito e feitio. Por defeito, porque tenho a mania que sou boa demais para eles. Por feitio, porque não me ficam bem na boca, salvo seja.
Não preciso deles para extravasar melhor o que sinto, se bem que às vezes, baixinho, me contradigo e escorrega-me um por entre os lábios.
Muito baixinho mesmo, quase nem eu oiço. Já não tenho medo que os meus pais mos oiçam dizer, mas tenho medo de mos ouvir dizer.

 

Assim de repente, só me lembro de uma situação em que vou além do "caramba" com despudor. Mas não digo qual é.


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17
Out14

O dito por não dito

Maria das Palavras

O problema das coisas que se dizem é que uma vez ditas não as podemos desdizer. Já estão cá fora, desprenderam-se da língua e não há como sugá-las para dentro.

E consoante o impacto que tiveram podem durar muito tempo. Podem durar para sempre. Mesmo que depois se desminta o dito. O mal está feito. As palavras tiveram o seu efeito e a memória da sensação que provocaram cola-se a quem as recebe. As palavras são de velcro.

Às vezes oiço uma coisa que é logo a seguir trocada por outra e depois só me lembro da primeira – a que era falsa e foi dita por engano. Vai até este ponto o impacto das palavras ditas, mesmo desmentidas.

Para um exemplo prático e marcante enunciemos algo como uma mulher dizer ao seu companheiro, na violência de uma discussão: “és péssimo na cama”. E pode nunca o ter achado e dizê-lo só porque sabe que fere e naquele momento quer ferir. Mas as palavras foram pronunciadas e a partir de agora vão sempre para a cama com eles.

 

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03
Out14

Das palavras #12: Desculpa

Maria das Palavras

É dez vezes mais difícil manter um sentimento amargo dentro do peito e carregá-lo até se resolver ou dissipar do que pedir desculpa.

Hoje fui inflexível em relação a algo, como ele bem colocou em palavras.
Quando assentei ideias pedi-lhe as desculpas que lhe fiquei a dever e disse que compreendia. Ele pediu-mas também, pela parte que lhe tocava.

Pedir desculpa não é difícil. É fácil e tira-nos logo 5 kg de cima.
E como em todos os casos – não se admitem nem verificam exceções – a falar é que a gente se entende. Ai as palavras.

[Outubro 2013]

 

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