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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

25
Ago16

Ainda sobre a ida à dermatologista...

Maria das Palavras

A consulta foi às 10h da manhã. Cheguei a explicar que fiquei em trajes menores (lingerie, nada mais), enquanto ela me inspecionava bem? Prevendo isso até usei um conjuntinho decente (lavado e tudo). Pois bem, a consulta passou, o dia passsou. São 19h e reparei agora nisto: tenho as cuecas vestidas ao contrário. 

 

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07
Jul16

Uma vez corri seis quilómetros sem parar.

Maria das Palavras

Uma amiga decidiu que o que queria mesmo era festejar o aniversário dela numa corrida na marginal e o seu aniversário coincidia com uma dessas: a corrida Sempre Mulher. Isto foi há meia dúzia de anos e eu já não fazia exercício há uma meia dúzia de anos. Mas pelas amigas faz-se tudo (menos saltos mortais encarpados) e ninguém quis ser fraca. Fomos as 5 mais a irmã dela e uma amiga da irmã. Ninguém dava nada por mim, que sou uma lesma amorfa, praticaente declarada do fare niente. Arrancámos e depois de uns 5 minutos mais acelerados, elas começaram a andar em vez de correr, na converseta. A irmã dela e a outra amiga continuaram em passo de corrida. Eu acompanhei-as e em menos de nada, estávamos na linha de chegada. 

E vocês perguntam: Maria, tu que nem estavas em boa forma, nem gostas de te mexer, foste a correr, em vez de desacelerares o passo, porquê?
Eu respondo: era uma corrida, não uma andada*. E quando não gosto de uma coisa o que quero é que acabe o mais depressa possível.

 

E vocês perguntam: Mas Maria, estavas já em péssima forma física, como é que te aguentaste sempre a correr sem parar.
Eu respondo: a chave é a motivação. E eu tinha visto um McDonalds depois da meta onde serviam maravilhosos McFlurrys de M&M's com extra de caramelo. E sim, foi essa a minha primeira ação pós-corrida: repôr calorias.

 

*sim, a palavra existe. 

 

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04
Jul16

Uma chinelada era pouco

Maria das Palavras

Depois da pesquisa online, da ida à primeira loja, à segunda e à terceira, finalmente encontrei os chanatos ideiais, exatamente como procurava - preço certo e tudo. Odeio compras difíceis, sou de tipo de ver, pegar e levar (ou de preferência, encomendar online), por isso este percurso todo até me deu dor de cabeça. Peguei no par, paguei, vim para casa. Finalmente acabou, não imaginam o que estes circuitos de compras me custam, não fui feita para ser mulher.

 

Trouxe um chinelo de cada número. 

 

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26
Jun16

Obrigada auto-correct.

Maria das Palavras

Depois de ver uma foto de uma bebé de uma amiga, que está cada vez mais gira (a bebé, que o raça da amiga sempre foi giríssima) quis elogiar entusiasmadamente a filhota. O meu comentário? Um "lindona" com pontos de exclamação.

 

Isso era se o auto-correct do telemóvel e a minha desatenção não se unissem para me fazer parecer bem.

Portanto o que se vê na conversa do grupo é uma foto de uma bebé muito pequena e bonita e a seguir o meu comentário entusiasmado, que soa a aviso:

 

Linfoma!!!!

 

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20
Abr16

O BELMIRO DE AZEVEDO LÊ O MEU BLOG!

Maria das Palavras

Está em maiúsculas porque foi uma constatação que fiz entre gritinhos histéricos. Recebi hoje compras que mandei vir do Continente Online - aproveito sempre as promoções para pagar menos portes e como não há elevador cá para casa o Moço agradece não ter de acartar sempre as compras. De quando em vez, o Continente lembra-se e manda umas ofertas à malta. Normalmente umas amostras de champô, saquetas de café, mas também já calhou ser uma tablete de chocolate. 

E o que me manda o Belmiro hoje??

Águla Luso Júnior | Oferta Continente Online - Maria das Palavras

 

De certeza andou a ler os posts sobre a minha luta para beber mais água ou ficou preocupado com a minha mais recente estratégia que podia dar cabo da minha linha da cintura.


Mas tio Belmiro, agora para si diretamente: reparei que era Luso Júnior e vinha com um folhetinho todo fofo sobre crianças e teorias de aleitamento e o camandro. Lá porque agora é meu amigo , ou leitor do blog ou lá o que é, não quer dizer que me possa pressionar ou dar dicas, ok? Entretanto o que eu ando mesmo a precisar é um Wok novo, daqueles com tampa. Não digo isto por nada de especial. Lembrei-me agora e escrevi. 

 

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11
Abr16

O estranho caso do taxista devoto do budismo

Maria das Palavras

Táxi - Imagem Pixabau

 

Ontem apanhámos um táxi do aeroporto para casa, já tarde e a más horas. Sem outra bagagem que não as nossas pequenas mochilas dirigimo-nos logo para o banco de trás.

 

Eu entro no táxi e digo boa noite. O taxista nada.

O Moço entra no táxi a seguir a mim e diz boa noite. O taxista nada.

Os segundos passam-se e o taxista nada, o carro parado à frente do aeroporto. Olhamos um para o outro, encolhendo ombros,  tirando a conclusão óbvia (ninguém é TÃO mal-educado, o taxista só pode ser mudo) e o Moço anuncia o destino.

 

A viagem passa-se no silêncio mais absoluto.
Quando chegamos à nossa rua o taxista também não pede novas indicações e aguarda calmamente pela nossa instrução de parar. Encosta. O Moço perde um bocado a encontrar a carteira e quando finalmente a encontra pergunta (apesar de estar bem visível no taxímetro): quanto lhe devemos, então?

 

E aí aconteceu: um quase inaudível "oito euros". Pagámos, saímos ouvindo desta vez um "boa noite" baixinho, que respeita a calada da noite, em resposta ao nosso cumprimento final. 

Foi aí que finalmente percebemos. O taxista já não podia ser mudo - afinal falou. Era budista e tinha feito um voto de silêncio que o obrigámos a quebrar. Sentimo-nos pessimamente, mas de alguma forma, conseguimos acalmar-nos e dormir bem nessa noite.

[Tem de ser não é? Tem de ser budista, certo? Afinal os taxistas já passam por tanto, com os riscos que correm à noite e com sabe-se lá que tipo de passageiros, com a concorrência da Uber que não paga todas as taxas que eles têm de desembolsar...não iam ser hostis para dois passageiros com ar simpático que vêm do aeroporto só porque são portugueses e nem trazem bagagem para pôr na mala e se cobrar mais uma taxa adicional por isso. Certo?]

 

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07
Abr16

A ordinária da vizinhança II

Maria das Palavras

Intercomunicador (imagem Pixabay)Se da primeira vez fiz de ordinária libidinosa, desta vez fiz de ordinária mal-criada.

Cheguei a casa perto da meia-noite, com sacos de compras (desinteressantes e necessárias) nos braços. Assim sendo, sabendo que o Moço estava em casa, toquei à campaínha em vez de mergulhar no universo infindável da minha mala para alcançar as chaves. Toquei umas quatro vezes, antes de ele atender e se fazer de engraçadinho.

 

- Quem é? 

- Anda lá, abre a porta.

- Quem é?

- Oh! Vá, deixa-te de brincadeiras, Moço, que eu estou ao frio e carregada. 


Já estava a ser um bocado àspera, com a  hora do Vitinho a aproximar-se (a partir das nove da noite já não sou funcional) e eu ansiosa para largar tudo e descansar um pouco. Não estava bem para aturar aquela brincadeira.

 

- Não é o Moço.


Ouve-se do lado de lá. Teria tocado para o vizinho? Será que sim?! Porra! E o que faço eu, Maria, nesta ocasião em que toco inadvertidamente para a casa do vizinho a horas indecentes e vejo que me engano?


a) Peço desculpa.

b) Perco o pio.

c) Desato a rir.


Bingo. Desato a rir. De nervos, só pode. Não disse mais nada. Ele lá me abriu a porta e eu fui subindo as escadas, apercebendo-me, à medida que subia, de tudo o que tinha acabado de fazer. Fui entrando em choque gradual com o meu bonito engano e a minha ainda mais bonita reação. 

Ainda demorei um bom par de horas para me livrar da sensação de "fui uma besta completa, que horror de pessoa, o vizinho deve ter-me rogado tantas pragas".


Não quis tocar-lhe à campainha para lamentar, incomodando outra vez a uma hora indecente, mas hei-de ter de lhe tocar à campainha em breve para pedir desculpas pela deplorável atitude, mais do que pelo engano. Não sei bem quando. Seria mais fácil se me cruzasse com ele nas escadas. Mas ultimamente não me tenho cruzado com ele. É que - para a estocada final - o vizinho tem estado muito doente. 

 

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31
Mar16

Apanhados nas Bombas de Gasolina

Maria das Palavras

Bombas de Gasolina - Imagem Pixabay

 

Voltemos à semana passada, que o relato ainda agora vai na segunda-feira. Depois do almoço de aniversário na baixa lisboeta e de voltarmos a casa para terminar as malas, prosseguimos para a casa dos pais do Moço - que excecionalmente, por uns dias, estavam por cá e não lá para cima para "os Nortes". A sogrinha queria dar-me um beijinho e uma prenda. Lá fomos, rapidamente, que queria chegar a Leiria - ao pé dos que me deram a vida - cedinho.


Ao retomar viagem, o Moço anuncia que vai encher o depósito às bombas de gasolina do Jumbo a Alverca. À entrada de Alverca apercebo-me que me esqueci da mala (vocês dizem bolsa, não é?) na casa dos sogros. Tínhamos mesmo de passar pela chatice de voltar atrás: dinheiro, cartões, documentos, eu tinha tudo lá e ia embarcar numa viagem de uma semana. "Não faz mal" diz-me o Moço sempre calmo. "Vou só pôr gasóleo primeiro e depois vamos lá.".


Enche o depósito.

Procura a carteira.

Lembram-se da minha mala? A que tinha ficado para trás na casa dos sogros?

Agora adivinhem onde estava a carteira dele?

Exato.

 

giphy (3).gif

 

Nisto, a bomba de gasolina cheia, já com filas antes do Moço se chegar à janelinha da senhora das bombas e dizer que não temos como pagar, torna-se absolutamente impossível naquele momento em que temos de fazer mini-marcha-atrás para ficarmos estacionados entre as duas filas, porque a cancela não abre para passarmos. A senhora foi simpática mas não é estúpida e às tantas se fugissemos ela tinha de pagar do bolso dela, sei lá. Tanta coisa na bagageira para uma semana de viagem e as riquezas (ou misérias) todas que nos poderiam safar dali na minha mala, a quilómetros de distância. Vá lá que os pais dele estavam cá (bem podíamos ter passado lá a casa sem eles estarem só para ir ver se havia correspondência para o Moço, o que ainda costuma acontecer - aliás tínhamos lá recolhido há minutos a multa de velocidade que lhe chegou no meu dia de anos). Ele ligou ao pai que se desviou dos afazeres para me trazer a mala com tudo lá dentro. E quarenta minutos mais tarde num instante seguimos viagem...

Agora, antes de se precipitarem e dizerem que isto foi tudo culpa minha porque me esqueci da mala em casa dos sogros...pensem que nada disto aconteceria se OS HOMENS NÃO ANDASSEM SEMPRE A ABUSAR DAS NOSSAS BOLSAS!

 

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29
Mar16

Escolher o lado bom da vida.

Maria das Palavras

Vou num passeio com uns quatro (4, IV, four, quatre) metros de largura. Vou a escrevinhar no telemóvel, mas atenta. Reparo que vem um senhora a andar em direção a mim (ou eu a ela) e desvio-me para a esquerda ou para a direita - isso das direções é que é mais complicado para mim. Por coincidência ela desviou-se para o mesmo lado e tivemos de parar meio segundo. Sorri para ela, teve graça. Só que não. Ela abriu os braços carrancudos, como quem diz "sua anormal, andas ao telemóvel e obrigas-me a fazer o bailinho da Madeira para passar". Porque eu até adivinho para que lado ela se ia desviar, ou se calhar devia ter feito o pisca. Ela lá passou e eu só fiquei a pensar como a vida é feita de escolhas. Ela até podia não ter tempo, mas uma curva ascendente nos lábios não demora um centésimo de segundo. Não demora mais que a brusquidão da asa aberta. E ela também podia ter escolhido sorrir.

 

 

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14
Mar16

Tudo tem duas ou três versões.

Maria das Palavras

A dos meus amigos: 

Estávamos todos em grande paródia, espalhados em roda entre as bolachas de alfarroba da cozinha o calor da lareira à frente do sofá, quando de repente a Maria desaparece. Deve ter ido à casa de banho, talvez lhe doesse a barriga, porque apareceu várias horas depois muito despenteada e com cara de poucos amigos.

 

A do Moço:

De repente dou pela falta da Maria. Quando a encontro está a tentar sufocar-se num dos quartos, completamente engolida pelas colchas. Ofereço-lhe ajuda, puxo-a pelo pedaço de perna, única parte do corpo ainda visível. Ela é um peso morto, mas consigo salvá-la antes mesmo que asfixie debaixo das invulgarmente altas temperaturas daquela cama. Começa a debater-se, coitadinha, certamente efeitos da falta de oxigénio do cérebro, mas consigo trazê-la de volta à sala e ela está bem, afinal.

 

A minha:

A dado momento da noite o meu amigo diz-me que vá ao quarto deles se quiser ver como está a temperatura da cama com o tal do cobertor elétrico. Chego de mansinho sem acender a luz ao quarto vazio e deslizo a mão para baixo das cobertas. Calor! Deslizo o braço todo. Mais calor! Deslizo metade do torso. Nunca mais quero sair daqui! Deixo-me adormecer e decido naquele momento que dormirei o resto da vida, porque depois de experimentar aquela sensação não é possível viver de outra maneira. De repente sou bruscamente puxada pelo Moço. Tento pontapeá-lo para me deixar estar, mas ele não larga o osso e vou contrariada, de arrasto, de novo até à sala. Quero um cobertor elétrico.

 

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