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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

29
Out16

O carteiro toca sempre duas vezes

Maria das Palavras

 


E eu adorei que tivesse tocado estas duas vezes, com duas edições mais do que recomendadas do Clube do Autor. Não por mim, que ainda não os li (acabaram de chegar, tenham lá calma), mas o primeiro foi considerado "Livro do Ano" pela Amazon e pela Entertainment Weekly (entre outros) e o segundo ganhou o Diamond Dagger Award, o Prix Coeur Noir e o Prix POLAR International. Não que agora só leia livros premiados - nem vos posso dar esse exemplo senão agora só podiam ler o Por Falar Noutra Coisa, a Pipoca e a Cocó, entre alguns outros merecidamente vencedores dos Blogs do Ano [pausa para palmas] e deixavam-me de parte (que eu nem juízo ganho, quanto mais prémios).

 

Certo é que há umas semanas fiz um post a desejar uma história verídica (e dei como um dos exemplos este Quero-te Morta) e agora que o tenho estou danadinha para o ler. Do outro nunca tinha ouvido falar mas li a sinopse e estou certa que para mim e para todos os apaixonados pela leitura (alerta Magda Pais) vai ser imperdível. Logo vos dou a minha opinião - curta e grossa concisa e honesta, como sempre. 

 

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27
Out16

Isto não tem nada a ver com o Natal #5

Maria das Palavras

Estou a dizer, só aleatoriamente  e de forma totalmente desprendida da época natalícia que se aproxima (e onde é costume trocarem-se prendas), que estou a ler e a adorar este livro do Afonso Cruz (leiam a sinopse clicando na capa) e que é autor para me dar vontade de devorar tudo o que já escreveu. Escreveu e ilustrou - que o livro é uma combinação magistral das duas coisas (letra e imagem, às vezes letra a formar imagens). Agora quem ler este post que faça o que quiser com esta informação. A minha intenção era mesmo só partilhar isto...

 

Por exemplo, não ia pôr-me a pedir os outros livros dele, nomeadamente os que deixo aqui abaixo. Seria ridículo, até porque já tenho o primeiro, apesar de o ter perdido sem o ler. E depois, no geral, porque não gosto de estar a pedir coisas. Já para não dizer que ainda faltam  umas oito semanas para o Natal...Seria ri-dí-cu-lo. Nem me ia pôr a falar disto como dica à socapa só porque hoje a partir das 20h e até Sàbado a FNAC estará com descontos de 30% para aderentes...e ficaria mais em conta comprar já livros que eu não teria intenção nenhuma de trocar. Mas digo isto de forma desinteressada, como vos diria que tenho uma nódoa na blusa, sem esperar que me ofereçam outra (contudo, lá está, deixo ao critério de quem ler).

 

 

 

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10
Out16

Este blog não é sobre livros #8: Inseparável

Maria das Palavras

Foi a capa que me seduziu, confesso. Embora tenha aprendido depois que a capa só traduz um momento metafórico. Que o livro é muito mais sobre a vivência separada de duas pessoas que são inseparáveis - mãe e filha, do que propriamente sobre o rapto. Podem saber detalhes do livro (sinopse, preço,...) clicando na capa. Mas o que vos quero contar é sobre a minha experiência ao ler este livro que é uma ficção a imitar uma possível realidade.

 

Uma menina é raptada sem sentir que isso acontece. E é isso que torna tão difícil que a situação se inverta e que torna tão grande a sensação de desespero de quem lê. A cada momento quis gritar à Carmel: não é isso, não acredites, questiona. O livro conta-se a duas vozes: da mãe e da filha, Carmel. E preferi sempre os capítulos da Carmel. Primeiro por olharmos o mundo com a inocência de uma criança, através das suas descrições. Depois porque é do lado dela que o mistério se adensa e que a trama impensável se desenrola. 


Não creio que o que vá dizer a seguir seja um spoiler, pois o título já diz que são inseparáveis e eu já sabia disto quando comecei a ler sem que me tenha estragado a experiência. Mas se não quiserem saber uma coisinha sobre o desfecho (o desfecho não faz o livro, de forma nenhuma) não continuem a ler este parágrafo. Mãe e filha acabam por se reencontrar. Mas o livro é sobre o percurso e não o reencontro. De forma que a minha maior crítica e o meu maior elogio a este livro é que gostava que estivesse descrito o momento em que a Carmel finalmente percebe o que se passou e o reencontro com a mãe em si. É uma crítica porque gostava efetivamente de ter tido o prazer de ler esses capítulos. E é um elogio porque sei que assim a autora não tentou traduzir sensações indescritíveis em ficção, se não lhes viveu a realidade. Não caiu na tentação de estragar o realismo do livro. Fez bem.

 

Agora, por causa deste livro, que recomendo por isso mesmo, fiquei cheia de vontade de ler histórias reais: biografias, relatos, enfim. Digam-me se aconselham algum destes - fiquei particularmente curiosa com a sinopse do nº2 e do nº6 - ou comentem com outras sugestões da vossa lavra. 


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27
Jul16

E porque hoje se fala de livros...

Maria das Palavras

Cloud Atlas com galão - Maria das Palavras

 

É o dia certo para vos contar o balanço da minha experiência com o Livro Secreto. A foto foi tirada esta manhã, com o Cloud Atlas e o meu galão (como se pode ver na mancha da minha caneca favorita). Ultimamente dou por mim a acordar mais cedo para ler um pouco, já que não consigo deitar-me mais tarde - não sou definitivamente um ser da noite. 

Lembram-se do Livro Secreto, certo? Já vos falei da iniciativa, criada pela M.J., assim que me chegou o primeiro exemplar. Basicamente pus um livro a rodar, bem como os restantes elementos que participam na iniciativa. Todos os meses alguém lê o meu livro e todos os meses leio o livro de alguém - sem saber qual vai calhar a quem. E cada leitor anota as suas passagens favoritas ou faz comentários, de forma a que o livro volte, no final do ciclo, para o seu dono, mais lido e mais rico. Pelo menos é esse o plano.

Quando começámos - digo eu - era tudo muito rigoroso nas datas, nos envios e nas leituras e com o tempo o grupo foi-se conhecendo e entrosando, criando empatia e flexibilidade. O que não abandalhou a iniciativa, só a tornou melhor. E já não me lembro quantos livros me passaram pelas mãos, mas, com exceção de uma impossibilidade, li-os todos até agora e descobri verdadeiras pérolas (às vezes literalmente) que jamais teria escolhido. 


Não escrevi sobre todos os livros da iniciativa que já li, por isso vou aceitar a sugestão da Presidentadeste "clube do livro" e vou responder a algumas questões, para acalmar a vossa curiosidade sobre o assunto - estão a salivar para saber mais, não é?

 

a) porque decidi participar na iniciativa;
Fui vítima de chantagem emocional por parte da Presidenta, pois claro. O chamado olhinho de gato das botas.

b) qual o livro que mais gostei até agora;
A Luz, do mestre Stephen King. Ou não fosse eu passada dos carretos. Mas fica uma menção honrosa para o livro que eu própria pus a circular (e li à pressa para entrar neste circuito) e que me surpreendeu positivamente: o minorca "A Contadora de Filmes". E aguardo ansiosamente pelo Zafón (ele anda aí!), que prometem que me vai roubar o coração. 

c) qual o livro que menos gostei;

O livro que tenho no momento é sempre o que gosto menos. Porque penso: "tenho tantos na minha estante que fui EU a escolher e me apetecem ler...porque raio tenho de ler este que não fui eu que escolhi?". Depois lembro-me do propósito da iniciativa, do facto de me ter juntado a ela de livre vontade e em consciência, do bem que faz sair do hábito...e deixo-me surpreender.


d) uma passagem do livro que tenho e que está sublinhada por alguém;

A passagem que a Magui sublinhou na página nº40 do Cloud Atlas quis marcá-la também a amarelo fluorescente (não o fiz, dona do livro, não te preocupes).

 

(...) resolvi perguntar-lhe porque é que me tinha sorrido enquanto estava a ser chicoteado. "A dor é forte, pois é - mas o olhar de um amigo é mais forte". Respondi-lhe que nem ele sabia nada de mim nem eu sabia nada dele. Ele tocou nos olhos e depois nos meus, como se esse simples gesto fosse uma explicação total. 


e) se já pensei em desistir;
Sempre que pego no livro que não fui eu que escolhi, lá está. E depois perco-me nele e passa tudo. 

f) coisas que gosto e não gosto na iniciativa;

Não gosto de ter de estar sempre a caminhar para os CTT. Gosto quando consigo convencer o Moço a ir lá por mim. Não gosto dos papéis *a solta nos livros. Gosto de ler as mensagens das outras pessoas no livro. Não gosto de não conseguir cumprir a meta. Gosto de ser supreendida. Não gosto de empurrar para trás os meus próprios livros que já estavam na fila. Gosto daquilo que mais odeio: ser "obrigada" a ler algo que não escolhi. 


g) se pudesse trocava o livro que enviei por outro: qual!

Não, não trocava...e a explicação é simples: fiz uma escolha perfeita (ahahah, esse ego!). É um livro agradável de ler, curto para deixar que pessoas com vários ritmos de leitura consigam sempre cumprir a meta e que gostei o suficiente para querer recomendar, mas não tanto que não me queira separar dele. Honestidade a mais?

 

*sim, está errado, é de propósito, porque é assim que lhe chamo. Neste âmbito. Noutros, chamo-lhe só "tola" ou "psst, tu aí".

 

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27
Jul16

Distintamente bons

Maria das Palavras

Joel Dicker e o Caso de Harry Quebert mantêm-se como a dupla imbatível nas minhas leituras dos últimos tempos. Encantada que estava com o autor suiço, depois de ter devorado o seu best seller e de o ter conhecido na Feira do Livro, li os seus outros dois livros numa semana e considero-os distintamente bons - nenhum dos três livros se parece com o outro, a meu ver, mesmo aquele em que o protagonista é o mesmo. 

 

Joel Dicker - Os Dias dos Nossos Pais e O Livro dos Baltimore

 

Os Dias dos Nossos Pais é um romance sobre as emoções da guerra dentro de uma pequena unidade de elite formada na Inglaterra e, paralelamente, um foco muito especial na relação entre um pai e um filho que parte para a linha de combate (uma das linhas de combate, que a guerra nem sempre é tudo o que se vê e sabe dela). É aliás um livro sobre o amor sem limites: entre amigos-irmãos, entre um homem e uma mulher, entre pai e filho, para com o país e o Homem, no seu âmago. O final é absolutamente emocionante e sem ter a intriga complexa dos outros dois, leva-nos até ao fim sem esforço. 

 

O Livro dos Baltimore é o livro da história familiar de Marcus Goldman, que já conhecemos (e quem não conhece deve parar já o que está a fazer e tratar disso), mais uma vez escrito da perspetiva do autor-protagonista. Está relacionado com o anterior (cronologicamente, passa-se antes), mas é possível ler um sem o outro. Fala-nos do presente, do passado e do ainda-mais-passado dos Goldman de Montclair e sobretudo dos Goldman de Baltimore. Fala-nos da infância dos primos Goldman, onde me prenderam particularmente os episódios de violência escolar vividos (e provocados?) por Hillel A.W. (Antes de Woody). Fala-nos de um Drama (um dia D) em particular do qual rapidamente conhecemos as consequências, mas os contornos apenas no final. No entanto considero injusto chamar Drama ao drama, assim com maiúscula, quando, a meu ver, outros se sucedem ao longo das páginas - de igual importância ou que, pelo menos, levaram a esse. Ao longo do livro todo consegui sentir a nostalgia do Marcus, que nos escreve, a sua admiração, a sua revolta, a sua generosidade.

 

Ambos me deliciaram. Ambos são grandes livros. Ainda assim, não há amor como o primeiro. E, para mim, não destronaram A Verdade sore o Caso de Harry Quebert.

 

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19
Jul16

Voltei a viver um romance.

Maria das Palavras

Disse isto aqui ao mesmo tempo que comecei a ler de novo um romance. Está na hora. Já consigo conciliar o meu e o dos outros. Já me apetece saber de estórias de amor ficcionadas, mesmo que saiba que as reais não podem ser igualadas. Para o efeito escolhi o livro Um Ano para ser Feliz da Lori Nelson Spielman, um bestseller do NYT, dizia a capa...E se não gostam de ler romances podem continuar a ler, que este não é apenas um romance em cada letra. É, mais do que isso, uma descoberta da protagonista de si mesma. 

 

Um Ano para ser Feliz da Lori Nelson Spielman

 

Parecia-me claramente ficcional, sem confusões, tal como procurava, logo desde a promessa: a relativamente jovem Brett tem um ano para cumprir uma bucket list que a mãe lhe deixou (e que tinha sido ela mesma a criar, na adolescência). Digo relativamente jovem, porque a Brett tem 34 aninhos - mais próxima da minha idade e portanto mais um ponto a favor para o ter escolhido.

 

Vale a pena descalçar os sapatos da vida real e fazer o caminho deste romance com a Brett. Muito menos linear que a sinopse pode fazer crer. E vale a pena, à medida que lemos e vivemos este romance, questionar-mo-nos como a mãe da protagonista a fez questionar-se. A vida que temos é a vida que teríamos escolhido? E há alguma coisa que possamos fazer para que se pareça mais com o que sonhávamos há anos atrás?


Gosto da maneira como a lista de vida da Brett se desenrola, como alguns objetivos são cumpridos de uma forma muito diferente do que esperamos inicialmente e de como a peça final da felicidade se encaixa, sem dizer tudo o que ficamos a saber. Também tenho um certo orgulho em ter adivinhado um desfecho importante ainda longe do fim (com quem é que a Brett fica afinal, que isto é um romance e queremos mel?), porque acho que não era óbvio. Ou então era. Dir-me-ão vocês se também lerem o livro.

 

Podem ler pelo menos, de forma gratuita, as primeiras páginas (e não são poucas, são 38), neste link disponibilizado pela TopSeller. Se não gostarem já ficam a saber. Se gostarem e acabarem a ler o livro: quero saber tudo o que acharam!

 

Não estranhem, no entanto, que eu diga que a melhor frase do livro, para mim, foi a que deixou a autora nos agradecimentos e que constitui o último parágrafo do livro. Algo que nunca me tinha acontecido. Ora leiam. 


Por fim, este livro pertence a todas as raparigas e a todas as mulheres que olham para a palavra "sonho" e pensam verbo, não substantivo.

 

 

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27
Jun16

Este blog não é sobre livros #6: A Incrível Viagem de Arthur Pepper

Maria das Palavras

A Incrivel Viagem de Arthur Pepper | Review Maria das Palavras


Este livro não é nada do que pensei. Quando lhe vi a capa, o nome, a descrição, decidi que tinha de o ler. Apetecia-me entrar naquele mundo de fantasia. A sinopse fala-nos de um senhor que ficou viúvo e tem as suas rotinas (todos os dias acorda às sete e meia, rega a planta Frederica, bebe chá a horas certas). Até ao dia em que encontra uma pulseira de berloques que era da sua mulher e começa à procura do significado de cada pendente, descobrindo muitas coisas acerca da sua companheira - e também, acrescento, acerca de si próprio. 

 

Dizia eu que o livro não era nada do que pensei. É que a história, embora criativa, não tem a fantasia que eu pensava. Não tem portais para viajar no tempo, dragões ou plantas falantes. É simples, muito mais simples. É nossa, muito mais nossa. A história do velho Arthur, da sua mulher e das pessoas com quem ambos se cruzam podia ser tua ou minha (tirando talvez o episódio dos tigres). Tal como cada susto, cada medo, cada insegurança, cada pedra no sapato, cada aventura, cada vestido de noiva pendurado numa cerejeira (depois percebem) - cada berloque na pulseira.

As histórias simples são as que nos dizem mais. As que nos fazem refletir e sorrir e arrepender, talvez fazer um telefonema sem esperar mais. As que nos ensinam a apreciar as coisas verdadeiramente importantes da vida e não esperar por unicórnios dourados. Emocionei-me com o Arthur e os seus filhos e a sua luta com a memória da mulher. Odiei uma personagem que não creio que devesse odiar - o Arthur não o quereria. Senti o livro. 

Simples não é mau. Não pode ter sido, porque não tinha nenhuma pressa em ler o livro e ele escorregou-me facilmente e acabou em poucos dias. Fez-me pensar inconscientemente: como estará o Arthur agora? E o Arhur não existe. É uma personagem.
Não gostei do fim, porque me vi dentro daquelas vidas e também tive uma opinião que era contrária à opinião da escritora. Não vos digo mais que não quero estragar a experiência a quem ler.


Experimentem ler as primeiras páginas aqui, para ver se se encantam com o início desta história, como eu comecei por encantar-me erradamente, pela capa e depois, de uma maneira completamente diferente e certa, por cada capítulo. 

 

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06
Jun16

Este blog não é sobre livros #5: O Vírus Mona Lisa

Maria das Palavras

O vírus Mona Lisa - TOPSELLER | Maria das Palavras

 

Esta é a melhor descrição que posso fazer do livro, para quem não conhece o autor, mas conhece quem eu vou referir: é de um Dan Brown alemão. Há muito tempo que não lia algo nessa linha - talvez desde o grande exagero da minha fase Dan Browniana, precisamente, em que durantes uns meses valentes me cingi a este tipo de livros. E foi com bastante agrado que o redescobri.

 

A forma como o livro se organiza, em capítulos curtos, espevita o fenómeno "vou ler só mais um" e quando damos por nós passámos um terço do livro. Conhecem?

Começa mais ligeiro e diria até confuso, porque cada capítulo nos mostra um ponto de vista, salta de personagens e local, ao mesmo tempo que vários fenómenos - aparentemente - isolados à volta do mundo nos vão sendo apresentados. Depois o livro ganha ritmo, nós já estamos familiarizados com tudo, as peças começam a encaixar e não podemos parar até saber o que é que rebentou agora, quem se safou e quais são as consequências (e soluções).

 

Não é oco de história, nem de valores. O tema principal é a beleza, o que convida à reflexão sobre a nossa perceção da mesma (porque é que isto é feio e aquilo é bonito?), aprendi o que é o rácio dourado e quando estava prestes a terminar achei que tinha de ir googlar alguns factos que me tinham deixado curiosa (queria saber até que ponto isto e aquilo era ficção ou realidade). Mas o autor fez o favor de acrescentar algumas notas finais que esclareceram as minhas principais dúvidas. 

 

Ainda com dúvidas? Podem ler a sinopse aqui e mesmo os primeiros capítulos aqui, para ver se vos interessa esta novidade da TopSeller: O Vírus de Mona Lisa. 

 

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09
Mar16

Enlagrimecer

Maria das Palavras

Máquina de Escrever Olivetti - Maria das Palavras

 


Eu era pequena e dizia ao meu pai que queria escrever um livro. Tinha uma máquina de escrever velha que, no entender dele, ao ouvir as minhas ambições, não estava à altura da tarefa. Computadores nem todos tinham, ainda não era como ter uma TV em casa (normalíssimo, uma por divisão). Então, um dia, o meu pai chegou a casa com esta Olivetti da foto. Para mim. Uma máquina de escrever "automática". Funcionava ligada à corrente. Escrevia e apagava. Tinha um pequeno ecrã que contava digitalmente os caracteres. O sonho de uma jovem (tão jovem) pretensa escritora. 


No outro dia, a propósito das vendas do OLX, a minha mãe foi buscar a velha máquina que tinha a tecla de espaço encravada e pousou-a na mesa da sala. A tal onde escrevi muita coisa, mas nunca um livro, a olhar-me de soslaio.
E o meu pai diz isso mesmo, o que eu estava a pensar, mas em voz alta "olha, a máquina onde a minha Maria pequenina ia escrever um grande livro". Enlagrimeci.

 

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10
Ago15

Quem não ler é um ovo podre

Maria das Palavras

Não era de todo minha intenção apresentar uma pérola de livro com a palavra "podre" no título, mas é mesmo isto que me apetece dizer. Apetece-me que toda a gente conheça este livro. Apetece-me que toda a gente leia este livro. E o pior é que não posso dizer porquê, sob pena de estragar as surpresas que vos vão fazer viver este livro. É como quando vamos escolher um filme para ver numa lista de vários e só sabemos que são muitos bons aqueles que já vimos. Portanto vão ter de confiar em mim, dá para ser? Leiam este Chama-lhe Amor.


a) Ah e tal, não tenho tempo para ler.Chama-lhe Amor | Vera Lúcia Silva
O livro é curtíssimo e lê-se como quem come uma bola de berlim açucarada na praia. Num instante - e ficamos a salivar por mais.

b) Ah e tal, nem gosto de ler.
Lê isto primeiro e volta aqui depois.

 

c) Ah e tal, não gosto de surpresas.

Então lê pela escrita sublime. Pelas metáforas. Porque eu disse.

d) Ah e tal, eu cato logo os enredos e para mim não vai ser surpresa.

Isso era o que eu achava quando para aí na página 10 adivinhei o que se ia passar na página 37. Achei-me tão espertinha e visionária. E depois caí de boca. 


e) Ah e tal, romances não fazem o meu género.
E quem te disse que isto era um romance? Ou que era só um romance. Foi o título que achas que o denunciou? Ó melher/home faz-te à vida, compra o livro que ainda por cima está com preço jeitoso e depois vem cá dizer-me de é um romance. 

 

Sei que acabei de ler e fiz tal cara que o Moço me perguntou se eu ia chorar (eu nunca choro. a sério, experimentem pisar-me um mindinho do pé com força). Não era vontade de chorar, era surpresa e realização. Percebi o título. Percebi a Maria. A tal "tão banal que não passa de uma tipa comum que no Sábado foi calçar umas meias."

 

PS.: Este não é um post patrocinado - nem achei que o fosse escrever antes de começar a ler, embora a autora esteja à vontade (e é mesmo à vontadinha) para me compensar gordamente com notas de 500€ ou waffers com gelado. Uma coisa ou outra.

 

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