No Sábado, depois da visita à Ericeira, fomos ao LX Factory. Estava pejado de turistas e Lisboetas, mesmo sob a chuva insistente dessa tarde. Não passava lá desde que eu e o Moço fizemos um workshop da Nestlé no adorável espaço-cozinha Kiss the Cook. Nunca tinha visitado com olhos de ver. É claramente um "bairro" com a mania que é alternativo e portanto é IN. Muito hipster-coiso-rock-chic, com um travo de pseudo-intelectual e uma onda de I don't care, but really I do, que equilibra o moderno e o rústico, o cuidado com o descuidado. Não consigo rotular, já perceberam? Porque é um espaço cheio de personalidade. Por isso, por hoje, deixo que as imagens falem por mim e vos digam o quanto gostei e quero voltar. E esta é só a primeira parte (são gritinhos de excitação, que oiço?).
Passar uns quantos dias (não só um fim de semana) isolada neste moinho.com, da Casa do Foral, com vista panorâmica para a Serra de Aire e Candeeiros. Já lhe pisquei o olho muitas vezes, mas a carteira (100€ por noite é o diabo), o tempo, a falta de internet lá em cima e a proximidade com a minha terra natal sempre me travaram. Mas caramba, gostava mesmo. Babem comigo.
Lembrei-me disto porque vi agora um desconto. Mas não chega...por isso se não tiverem aí campanhas de solidariedade para ajudar, podem sempre criar o movimento "Um Moinho para a Maria". Se cada pessoa que me lê mensalmente der 1€ já posso passar lá 20 minutos inteiros. 'Gradecida.
Ainda não acabei de contar sobre a Madeira, por isso espero que me aguentem mais um pouco. Dizem que os momentos maus surgem para valorizarmos os bons. Escusava era de ser logo para a despedida.
Em primeiro lugar, só neste dia choveu. Logo no dia que tínhamos guardado para o longo passeio no Jardim Botânico do Funchal.
Tínhamos decidido acordar tardito e almoçar cedito. Assim fazíamos o check-out e já não voltávamos. Fizemos isso e seguimos para o Castelo dos Hambúrgueres - andava a sonhar com eles há dias, os mais recomendados hambúrgueres em bolo do caco da ilha toda.
Fechado ao Domingo. Porra.
Não faz mal. Temos uma recomendação que não seguimos: vamos às pizzas do Pico da Atalaia. Fizemos meia hora para lá chegar porque nos enganámos no caminho. E, adivinhem?
Fechada ao Domingo. Porra duas vezes.
Almoçámos noutro sítio, mais caro, mas vá. Onde não pudemos beber café porque tinha faltado a água.
Seguimos para o Jardim Botânico e vamos para pagar. Não há Multibanco. E caixa ATM? Só no Funchal...A distância podia não ser muita, mas era preciso pegar no carro e voltar atrás.
Tudo isto debaixo de chuva e assim foi até regressarmos a Lisboa. A Madeira deixa saudades. Mas não este dia em particular...
Já vi serras gigantes a erguerem-se à minha volta no continente. Mas nunca pejadas de luz de toda uma vida a acontecer à noite nas serras. Não há abandono. As pessoas e as suas janelas iluminadas são parte da paisagem. Impressionei-me primeiro ao vê-lo no caminho de Câmara de Lobos para o Funchal e depois impressionei-me novamente com o mesmo à volta da ilha, noutras localidades, onde as pessoas povoam a natureza, sem medo das colinas.
E a pouca espera para comer.
Não sei se alguma vez esperámos mais de sete minutos e meio para ter a comida à frente. Começámos por achar que o serviço na restauração da Madeira era muito rápido, mas depressa chegámos à conlcusão que aquilo a que estamos habituados é que é pouco aceitável. Tragam-se de lá este hábitos a bordo de um avião (e se forem lá buscar os hábitos, tragam também a oitava maravilha do mundo: bolo do caco).
Nove fotos não chegavam. Segue o resto da seleção Madeira 2014, ilha que palmilhámos de uma ponta à outra. Ficam tantas fotos lindas de fora (tantos suspiros por dar), mas não vos maço mais com isto.
Eira do Serrado. O primeiro grande impacto.
Vista para o Curral das Freiras. Onde há um restaurante chamado Sabores do Curral. Promissor.
No Pico que é a estrela lá do sítio (mas não é o mais alto).
Junto à Ponta de São Lourenço (de onde avistamos Porto Santo).
As casas típicas de Santana. Passámos por elas sem as ver a primeira vez (havia uma mercadinho do outro lado da estrada que roubou a nossa atenção) e depois andamos meia hora a perguntar por elas.
As estrelícias que a minha mãe adora.
Vista do Cabo Girão. Caramba.
Piscinas naturais de Porto Moniz (na ponta inversa da ilha). Alguém acredita que a foto não tem filtro?
No caso, também é uma viagem que vale mais que mil imagens, de tantas fotografias que tirámos. Estivemos por lá quatro dias a deleitar a vista com paisagens maravilhosas e muita descoberta neste canto do nosso país. Mostro-vos para já o Funchal, mas cuidem-se que mais fotos estão a caminho. Demos quase uma volta completa à ilha dos milhentos túneis e ficámos com muitos postais para recordar. Arte do Moço (e algumas perspetivas minhas também). E só não vos posso mostrar as fotos mais bonitas de todas porque essas são as que eu apareço como complemento manífico da paisagem (hehehe). Espero que gostem desta primeira fornada.A segunda está aqui.
A vista do Funchal para cima.
O teleférico over-priced (15€ ida e volta) onde ainda assim não nos arrependemos de andar.
Pela cidade.
Vista da Senhora do Monte para o Funchal.
Um degrau para descansar. Qualquer canto em que se pare é digno de uma foto.
Carros de cesto do Monte. Teríamos descido neles para o Funchal se eu soubesse que iam até lá
Eu a tentar convencer o Moço que devíamos visitar Proença-a-Nova.
Dia 1
Ele: Mas já estivemos em Castelo Branco daquela vez ao almoço, antes de ir para a Serra da Estrela.
Eu: Não tem nada a ver. Por teres estado à entrada da cidade de Castelo Branco, não quer dizer que conheces o distrito todo.
Dia 2
Eu: Pronto, marquei para o outro lado que também gostávamos os dois, mas fico com pena de não conhecer Proença-a-Nova.
Ele: Eu já conheço a zona. Eu: Já tivemos esta conversa. Não conheces.
Ele: Mas o T. tem casa no Fundão e já lá dei umas voltas com ele.
Eu (para rematar): Do Fundão a Proença-a-Nova são 56km. É como dizeres que não vale a pena conhecer Sintra porque já estiveste em Belém...
Entendido. Desistiu. O próximo passeio é para lá. Não me lixem...Eu sou bicho-da-cidade, mas quero ficar aqui por uma vez na Casa do Pátio, no meio de nada:
Foi uma viagem do tipo "cá dentro" mas nem por isso vale menos das mil palavras e algumas imagens que partilho convosco (por entre as dezenas que registamos).
A Quinta dos Loridos ou Buddha Eden Garden (Jardim da Paz) fica a cerca de uma hora de Lisboa (no Bombarral) e a entrada fica-se pelos 2.5€ por pessoa. Ideal para um programa a dois, familiar ou, arriscaria até, sozinho, para um pedaço de sossego.
Também se pode aproveitar a boleia do comboio que por lá anda a fazer uma visita de 20 minutos, com paragem nos locais de destaque, mas para quem gosta de passear, ver tudo com a sua calma (e não se sinta pressionado a palmilhar os 35 hectares do jardim) o ideal será visitar a pé. Budas, dragões Koi, soldados de terracota, muitas outras estátuas em mármore, obras de arte contempoâneas, um lago gigante e jardins com labirintos a perder de vista.
É daquele tipo de sítios em que uma pessoa nunca sabe se deve seguir pela esquerda ou pela direita, de forma a não perder nada. Dava um bracinho para ter tido uma setas a indicar o melhor percurso. Mas pronto, assim mantive o bracinho e não deixei de aproveitar bem a visita.
À saída obrigam-nos a passar à loja de recordações, que é mesmo uma loja de vinhos, com destaque para o Bacalhôa, que é o da casa.