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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

16
Jun16

Os Finalistas Crónicos

Maria das Palavras

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Se antes as pessoas eram finalistas quando acabavam a licenciatura, hoje em dia são finalistas também os adolescentes no secundário, ou no 2º ciclo, as crianças na primária, os bebés na creche. Enfim, o difícil passou mesmo a ser não finalizar e fugir às cerimónias da cartola.

Próximo passo: cada vez que uma criança termina a sopa vai receber um diploma e um chapéu azul, na sua qualidade de grande finalista dos vegetais. Ou vai um miúdo de bicicleta de uma ponta à outra da rua e assim que chega já está lá um senhor a pedir discurso ao finalista da etapa sem rodinhas 2015/16. Ou termina uma sesta e acorda logo envolvida em fitas com dedicatórias por parte dos familiares.

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18
Mai16

Um dos medos que tenho nisso de ter filhos.

Maria das Palavras

É que nas primeiras ecografias se veja que é um menino e as pessoas comecem a dizer que vou ter "um pilas". Mas porquê "um pilas" senhores? Porque não dizer menino, catraio, rapaz, futuro homem, espécime masculino? Um pilas...

É que se for menina também ninguém diz que vou ter "uma vaginas", pois não?

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22
Abr16

Vão ter de ser fortes.

Maria das Palavras

Tenho uma péssima notícia para vos dar. Daquele tipo de coisas que muda a vida a uma pessoa e nos obriga a repensar todo o nosso futuro e pensar se o passado não terá sido apenas uma ilusão. Sentem-se, respirem fundo, tenham um contacto de emergência à mão para o caso de se sentirem mal. É isto: os camembert bites da Pans foram descontinuados.

 

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01
Abr16

O problema de se ver o Masterchef

Maria das Palavras

Se estiver com fome, quero comer tudo e crio uma poça de baba no sofá, que mais tarde vai fazer bolor.

Se estiver sem fome, além de me enjoar ligeiramente pensar em mais comida, quero apontar tudo (tudo!) porque me quero lembrar para um dia (nunca?) fazer todas aquelas receitas. 

 

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18
Mar16

Fui a uma loja de comida biológica.

Maria das Palavras

Não há mesmo dúvida nenhuma que as coisas se inverteram. Hoje em dia são os pobres que andam gordos e os ricos que andam magros. Não sabem vocês o preço de uma fatia de pão ali, a comparar com um Big Mac inteiro na cadeia "ao lado"...

 

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23
Fev16

Os 5 Flagelos em Hotéis

Maria das Palavras

Os 5 Flagelos em Hotéis - Maria das Palavras (imagem Pixabay)

 

Nem tudo o que é estadia em hotel merece cinco estrelas - mesmo quando o hotel é literalmente de cinco estrelas. Há alguns dramas frequentes que são autênticos flagelos para o frequentador de hóteis mais ou menos regular. Recostem-se e enumerem comigo: tenho a certeza que vão reconhecer alguns.


1. Wifi? Claro! Na receção.

O panfleto diz que sim tem internet e acentua que é grátis (quanta bondade!). Depois chegamos e no quarto não liga. É grátis, sim. A internet funciona muito bem, sim senhora. Ali na zona da entrada. Portanto, preparem-se. Logo visto o pijaminha e venho aqui para o lounge trocar vidas de Candy Crush. Pois bem percebo que uma pessoa vai para um hotel - muitas vezes - para descansar, mas consideremos que a) descansar também é ler blogs e b) como é que se vive sem internet?  Ou então podem não ter, mas assumam isso sem vergonha e digam que não há mesmo wifi nenhum, para não ir gente ao engano. Já me aconteceu viajar em trabalho e ter de me sentar nos degraus do hotel a responder a emails urgentes. Porque tinha wifi...na receção...que por acaso até fecha a determinada hora. 

 

2. A cama de casal em Twix.
Quarto de casal - check. Cama de casal? Vamos juntar duas pequenas e disfarçar isto a ver se eles não notam. Ver se eles não notam que vão entrar numa cratera GIGANTE a meio da noite se tentarem chegar-se um ao outro. As camas twin, com efeito Twix, não satisfazem vez nenhuma. Foram certamente introduzidas nos hotéis por algum pai que entregou a filha em casamento, mas a quem ainda custava aceitar que a filha ia dormir com outro homem e subornou o gerente do hotel para dividir as camas. 

3. O lençol sem ácaro.

A única explicação que vejo para TODOS os hotéis do mundo usarem lençóis frios, de verão, seja qual for a temperatura e estação do ano é a higiene. Mas quando o termómetro desce...digamos abaixo dos 10º... prefiro ao menos uma flanela (já nem digo polares) mesmo que contenha diversas doenças embutidas no pelinho do que passar um frio de rachar na arca frigorífica em que se transforma a cama. Da para ser? Juro que vou começar a levar os meus lençóis extra-térmicos para os hóteis. 

 

4. Água não se nega a um pobre.

Então porque é que tenho de pagar 3€ por uma garrafinha minúscula que guardam no minibar? Nestas coisas os hóteis pequenos são mais atentos do que a maior parte dos upa-upa. Nos grandes assumem só: não vêm que temos um lavatório da design? Bebam de lá que isso foi caro. Ou então inchem com o preço inflacionado por uma micro-dose engarrafada. Se passarem a noite na discoteca não têm de pagar? Então dancem ao nosso ritmo, vá. Que a utilização do sound-system - essa sim verdadeiramente essencial - é grátis.

5. A humilhação da piscina interior. 

As piscinas interiores em hóteis são uma benção não são? Permitem disfrutar de umas belas braçadas mesmo quando o tempo cá fora não permite. Às vezes até são aquecidas. Melhor coisinha do mundo, não é? NÃO! Melhor coisinha do mundo era se me deixassem ir à tal piscina interior sem colocar uma humilhante touca! Juro que fico um alien. Tenho muita vergonha de a pôr na cabeça, mesmo que ninguém olhe para mim: acho que as narinas se dilatam logo, os olhos ficam da cor da borracha e a pele me descai. Imagino os funcionários a esfregar as mãos atrás da porta dos balneários: ahahahah, queres nadar enquanto trabalhamos? ao menos farás má figura, seu preservativo gigante!

 

Mas, claro, vou continuar a arriscar estas coisas todas sempre que puder...ou não fosse eu aquela que sempre disse que gostava de morar num hotel - não num quarto mixuruca, mas uma penthouse ao género Pretty Woman, estão a ver?

 

 

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09
Fev16

Viver por uma lente.

Maria das Palavras

Viver por Uma Lente - Maria das Palavras

 

É uma das doenças do século. Milhões de pessoas todos os dias (biliões) vivem através de uma lente. Não falo de miopia, astigmatismo e casos de cataratas avançadas. Falo do vício da câmara, do smartphone, do iPad em punho para fotografar ou filmar...do viver por um ecrã, por uma lente. Viver com um intermediário, em vez de viver diretamente.


No outro dia fui a um café-bar. Fui em busca de waffle com gelado, ou não fosse eu, mas um grupo animado de mulheres pediu uns shots coloridos e flamejantes. Assim que chegaram à mesa...brindaram?...beberam?...nada disso! Sacaram dos telemóveis. Instagram primeiro, momento depois. Perderam o brinde porque foram bebendo uma a uma para a câmara, com a assistência das amigas. A diversão estava em registar, em mostrar a outros que não estivessem lá a grande loucura que fizeram juntas - só que não. Perderam o momento, beberam de um trago e fizeram cara feia, uma de cada vez, desencontradas. 


Assim é em concertos, em viagens. As pessoas vêem a interpretação da sua música favorita com uma câmara pelo meio. A olhar para o ecrã, para se certificarem que o enquadramento está bom até ao fim. E quando chegam ao fim, esqueceram-se de a ver diretamente. De sentir sem filtros.

 

E deslocamo-nos para obter a foto perfeita da Torre Eiffel, quando há tantas fotos de cor e enquadramento perfeito da Torre Eiffel num browser próximo de si. Quando nos devíamos deslocar para fazer a melhor captação possível...com o olhar. Registar as cores irrepetíveis de uma paisagem, inimitáveis por qualquer meio tecnológico, por mais FHD 3D XPTO que seja, através dos nossos olhos. 

Depois preocupamo-nos porque ao meio da tarde daquela viagem já estamos sem bateria na máquina ou no telemóvel, quando devíamos estar preocupados que isso signifique que passámos demasiado tempo a fazer click e muito menos a ter experiências únicas, de mãos livres. O selfie stick para o diabo. Os outros não têm de ver que estivemos ali. Nós próprios não precisamos de nos lembrar que estivemos ali, se não estivemos por mais nada senão captar para recordar, sem viver.


Equilíbrio: procura-se desesperadamente. "Consumir com moderação" deviam as máquinas digitais ter como aviso na embalagem. Lá nisso o bom do rolo, a gastar-se depressa, era nosso amigo. 

 

Eu também gosto de fotografias: as da praxe, as únicas, as das caras bonitas e feias, as que provam que estive lá, fiz aquilo e com quem. Mas espero não me esquecer nunca de experimentar o que está foto, se não em vez de, ao menos antes de fotografar.

 

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28
Jan16

O síndrome do Apita o Comboio

Maria das Palavras

Comboio (pixabay)

 

É um momento que me eriça os pelos do nariz...o apita o comboio. Começam os primeiros acordes, um desgraçado lembra-se que sempre quis ser maquinista e os outros seguem a todo o vapor. Uns atrás dos outros a fazer oitos no salão e com braços de gancho para agarrarem as carruagens soltas: não é permitido ficar de fora. Eu fico, claro.

Nas festas, como na vida, odeio o movimento aglomerado das alminhas na mesma direção. Todos para a esquerda. Todos para a direita. Agora batam palmas. Agora comam sementes. Agora vamos correr. Este ano usam-se as franjas: usa franjas. 

E depois há aqueles eventos na vida, que numa mesma geração se vão dando ao mesmo tempo: os meus amigos próximos (que são de idade próxima) agora vão morar juntos. Agora vão casar. Agora vão ter filhos. Agora vão comprar casa. Agora estamos todos a juntar um PPR.


E eu, que bem calhando, até podia querer alguma dessas coisas, já não quero. Tenho alergia a ser só mais uma no meio dos outros todos que fazem mais ou menos a mesma coisa, mais ou menos na mesma altura. Certamente que é um fenómeno estúpido - o que me assola, não o dos outros. Ninguém vai deixar de (por exemplo) casar quando pode e quer, porque  nessa levada de anos já se casaram outros dez. 

Balões (Pixabay)

 

Este é o ano dos 30. Já vos disse que faço trinta anos este ano? O Moço também (seis dias antes). E 58 outros amigos nossos também - 76 se contarmos com os que já foram fazendo desde meados do ano anterior e os que farão um pouco depois em 2017. E é aquela data em que parece que é preciso fazer alguma coisa de especial, porque é redondinha. É preciso preparar surpresas (para os outros) e atividades (para nós), juntar mais gente, estar entusiasmadíssimo, lançar foguetes e ter esculturas de gelo.

 

E se não me apetecer? E se além da já pouca vontade de festejar os meus 30 - só porque não ando a acalentar espírito para isso, não é por achar que estou a ficar velha, que toda a gente me dá 18 quando olha para mim - isto de (quase) toda a gente fazer 30 (quase) ao mesmo tempo e se fazerem festejos especiais de enfiada, me tira ainda mais a vontade de entrar neste Apita o Comboio? Este pensamento tem qualquer coisa de egoísta, que eu sei: se não posso ser especial, também não quero. 

Mas se me é permitido um desejo - já que será o meu aniversário - que seja esse: quero ser egoísta. 
Agora rezem comigo para que o Moço esteja no mesmo comprimento de onda e não espere que eu lhe organize um luau surpresa com convidados dos cinco continentes. É que não estou mesmo p'raí virada, caramba.

 

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