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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

22
Ago17

O flagelo das Pituchas.

Maria das Palavras

Clips de vídeo que consistem em pessoas a sorrir para a câmara com bigodinhos e orelhas de gato (ou cão), enquanto balouçam a cabeça para a esquerda e para a direita. Vamos falar sobre isto?

 

Ariana Grande on Snapchat

Eu sei que falo porque sou uma invejosa: não tenho o tipo de beleza que me permite ostentar bigode. Isso está reservado para as mais fortes: aquelas que até a fazer caretas são bonitas. Agora, em podendo, em sendo dessas que ficasse sexy com orelhas a despontar do cabelo, ou estrelinhas a cintilar nas bochechas, ou (literalmente já vi isto) um chifrinho de unicórnio colorido a enfeitar-me a testa, continuo sem ver o propósito.

 

Parece a regressão evolução da selfie. "Agora estou farta de ser bonitinha numa foto vou ser bonita e balouçar ligeiramente o tronco e o pescoço enquanto pespego troços de cartoon em cima de mim."

 

Não consigo deixar de imaginar a conversa entre quem se lembrou disto e quem aprovou a ideia, possivelmente o pessoal do Snapshat, agora migrado para o Instagram Stories:

 

Inventor: Então chefe, agora a ideia era máscaras flutuantes para as pessoas parecerem gatinhos ou outros animais. Com olhos gigantes! Ou terem tipo setinhas de cupido a atingir-lhes a cara e corações a sair da boca em jeito de arroto…

Chefe: Humm…isso é só parvo. Que mais tens?

Inventor: Há aquela ideia antiga de as pessoas terem de resolver um problema matemático para verem cada post, para incentivar o raciocínio...

Chefe: Ó Costa*, isso não nos convém. Que mais?

Inventor: Temos a hipótese de integrar aquela funcionalidade que mostra como fica o mesmo prato de comida publicado ao fim de três meses para combater o excesso de publicações do género alimentício. Ou um filtro para vegans que sobrepõe alternativas vegetais às imagens de postas mirandesas**. Ou podemos repetir a ação de curar uma doença nefasta por cada like.

Chefe: Diz lá qual era a primeira outra vez?...

Inventor: Cenas na cara…

Chefe: Epá, parece-me brilhante. Põe isso. Pelo menos as crianças vão gostar. E se não pegar dizemos que foi uma daquelas ações de charme em que a empresa põe os filhos dos funcionários a ter ideias. A imprensa vai adorar. A NiT já partilhou e tudo.

Inventor: Ok, chefe. Mais alguma coisa?

Chefe: Olhos gigantes. Faz isso aumentar os olhos das pessoas. A minha mulher tem os olhos encafuadinhos na cara, pequeninos e malinos e faz-me espécie. Cada vez que olho para as pessoas de olhos pequenos parece que a oiço refilar comigo. Tratas disso?

Inventor: Vou caprichar!***



*O original em inglês é Coste.

**O original é hambúrgueres do Mac.

***O original é Gonna caprichate!

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19
Jul17

5 Tipos de Pessoas no Supermercado

Maria das Palavras

5 Tipos de pessoas às compras - Maria das Palavras

 

A minha querida Lupa saberá identificar mais 50 tipos delas, mas estas são as que me tiram do juízo. No fim quero que me avancem qual a que gostam menos, se são alguma delas, ou que outras coisas vos tiram do sério a cada visita ao supermercado. Vamos lá?

A nervosinha do tapete

Vou confessar: foi esta que inspirou o post. Estava na fila, já a colocar as coisas no tapete. Como a divisória que diz "próximo cliente" não estava ainda disponível deixei uma distância bem simpática entre as as coisas da senhora da frente e comecei a pousar as minhas. Logo aí senti que ela ficou nervosa. Olhava para as minhas compras, olhava para as dela. O pânico que a operadora de caixa achasse que os guardanapos de rolo - a meio metro das compras dela - lhe pertencesse e tivesse de os pagar instalou-se completamente. Ou talvez fosse pânico que eu lhe ficasse com a embalagem de cenouras que escolheu a dedo. Seja como for: suores frios. Assim que possível, quando a operadora de caixa terminou de registar os produtos do outro senhor à frente dela, fez um salto de atleta olímpico para o separador e colocou-o vitoriosamente no espaço entre as minhas coisas e as dela, rematando com um olhar de "vês como é que se faz?" dirigido a mim. Isto passou-se em poucos segundos mas senti que para ela foi uma tragédia grega em slow motion. Por isso contive o riso.

 

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A apalpadora de fruta

Literalmente, pessoal, não sejam ordinários. esta pessoa vive na secção dos frescos e legumes e quase a ouvimos a estalar os dedos antes de estacionar o carrinho à beira das courgettes para começar a sua jornada. Com ar de especialista e de saco em punho faz um jogo de toca e foge com cada peça de fruta. Não escolhe uma ameixa sequer sem tocar em pelo menos 70% das que estejam disponíveis. Não raras vezes, sai de mãos a abanar. "Nunca tem nada de jeito" diz ela a quem quer ouvir, "naquele supermercado a fruta está sempre toda pisada". E nem pensa que foi porque ela a cutucou toda no dia anterior. 

 

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A louca dos talões

Se acham que é um grande azar quando a fila para pagar pára por questões técnicas, faltas de preço em produtos ou tremores de terra em curso, é porque nunca se cruzaram com a verdadeira louca dos talões. Apesar de ter os milharzinhos de vouchers em pastas ou numa bolsa específica que anda sempre com elas, está lá de tudo o que recolheram e recortaram, de todos os supermercados da área (e alguns que nem existem num raio de 100 km). Portanto primeiro tiram os do supermercado errado, depois querem usar os que já expiraram e a seguir pedem à menina para os experimentar todos, por favor, mesmo que ela insista que aquele cupão só é válido em alface e a coisa mais parecida com vegetal que tem é uma pizza congelada com pimentos em cima. Mesmo quando se acabarem os cupões não vale a pena respirarem fundo: falta levar os selos dos copos, sim?

 

A louca dos cupões

 

A acumuladora de fila

Deixam-na passar à vossa frente porque só leva uma embalagem de Panrico e vocês foram aviar-se (quem usa esta expressão?). De repente ela pergunta se guardam o lugar e vai buscar umas latinhas de atum. A seguir volta, pousa e vai buscar amaciador da roupa. Depois, ainda enquanto espera, pede desculpa, mas lembrou-se que precisa de sabonete líquido. E quando dão por ela, têm à frente uma pessoa com o supermercado inteiro por pagar. Mas muito a sério: começou com um produto na mão e acaba com um carrinho cheio que podia alimentar África.

 

A esfomeada

Eu. Claramente, eu. Alguém que passou mesmo só para ir buscar a manteiga que se acabou, mas decide passar naquela hora crítica antes do jantar. Resultado: traz TUDO o que consegue alcançar com a mão das prateleiras. Especialmente se for comestível. Especialmente se for doce.

 

Vou comer doces ao jantar...

 

Tudo se torna "aquilo que eu não como há tanto tempo" ou "aquilo que sempre quis provar". E quando, arrependida de todas as porcarias que trouxe, começa a arrumar as compras em casa, lembra-se: não trouxe manteiga!

 

Bater na testa

 

 

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05
Jun17

Top 3 das frases que me tiram do sério.

Maria das Palavras

Angry Woman - Imagem Pixabay (raiva, zangada)

 

1. "Como te correu o dia?"

Tenho alergia a resumos do dia. Já vem dos tempos de escola, quando ainda nem tinha pousado a mochila e já me era requerido que falasse. Primeiro: não sou da marca de falar sobre a minha vida para a processar (talvez escrever sobre a minha vida). Depois, se houver algo relevante a dizer, hei-de chegar lá a meio de uma conversa devidamente contextualizada - ou se for demasiado relevante não preciso que ninguém me pergunte por isso que eu própria hei-de dizer logo. Terceiro: Obriga-me a um esforço mental que não aprecio para rever o dia que a) se correu mal não quero fazer, b) se correu bem tenham calma que já la vou nos meus próprios termos ou c) se não teve nada de relevante me força a admitir que foi um dia desperdiçado da minha existência. Conselhos para lidar com o assunto se quiserem que fale mesmo sobre o dia: primeiro mandem-se sentar e alimentem-me. 

 

2. "Mas já experimentaste [determinada coisa básica] para resolver esse problema" (por exemplo, se o computador apresenta um problema, perguntarem-me se já o reiniciei)

Resposta provável no tom mais irónico de que sou dona: Ah, não! Porque sou estúpida, é um problema que eu tenho. O meu cérebro não faz sinapses. De forma que a coisa mais óbvia não me tinha ocorrido. Mas também não posso ir já tentar isso, porque neste momento estou muito agradecida por te ter na minha vida, ó pessoa iluminada, meu salvador, e vou a correr construir-te um altar por me resolveres a situação, mas sobretudo pela oportunidade de te ouvir chamar-me imbecil.

 

3. "Tem calma."

Esta não é específica da minha pessoa. Funciona com qualquer mulher e o processo é o seguinte: a pessoa pode ou não estar enervada > usa-se a frase > a pessoa perde a cabeça. Não sei em que escola andam os homens, onde lhes ensinam que se nos mandarem ter calma, magicamente todos os nossos problemas se resolvem e ficamos SUPER aliviadas.

Expectativa:

- Oh não, o meu piriquito favorito morreu!

- Tem calma.

- Uff, boa, agora estou fixe. 'Bora enterrar o piriquito. 

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Realidade

- Olha, parti uma unha. 

- Tem calma.

- Ok, eu nem estava ralada por ter partido a unha, que até vou à manicura logo, mas tu achas que tens necessidade de me pedir calma? A mim?! Euzinha?! Eu estou MUITO CALMA e agora vais explicar-me porque é que achas que não!!!!

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08
Mai17

Querida, crossfitei os miúdos.

Maria das Palavras

Amiga: Olha, o meu sobrinho a dar a sua primeira cambalhota. O meu irmão acabou de me enviar.

Maria: Que giro. Mas...cambalhota...ao Domingo? Onde é que ele está?

Amiga: Sim. Está numa festa de aniversário que é um ginásio para bebés.


Hein? Ginásio para bebés? Como festa?

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Eu já me tinha apercebido que o antigo "juntar a família para um lanchinho simples, brincar e soprar as velas no fim" estava fora de moda nos aniversários de criança. Mas, aparentemente, agora, até alugar um espaço fancy, decorá-lo até ao teto com o desenho animado do momento e fazer cupcakes a condizer é tão 2016! 

Não bastava a loucura do exercício e das maratonas tomar conta de todos os adultos, agora os bebés também têm de ser fit?

 

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Do género: o palhaço e o mágico das festas infantis foram substituídos por um personal trainer e a Rosa Mota? O bolo virou papas de aveia? As gomas tornaram-se granola? Bebem batidos verdes em vez de sumos? As lembranças para os amiguinhos são voucher de desconto no Solinca? Oh céus, que cedo se perde a inocência na vida.

 

 

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Festa no ginásio, minha gente? 'Tou fora. Seja criança ou adulto, não contem comigo para isso. É que já estou a ver isto a virar tendência junto dos mais crescidos também. Uma amiga, há uns anos, quis participar com o resto do grupinho na Corrida da Mulher em Cascais pelo seu dia de anos e levei a coisa como um caso isolado, de contágio controlado. Vejo agora que foi só o início de um fenómeno bastante mais grave a dar-se à escala mundial.

 

E se consigo compreender que a saúde no geral é uma boa tendência (comparando assim com...ténis de salto alto ou selfie sticks), pelamordedeus ao menos salvem-me as festas de aniversário!
Para onde vai a frase "é só hoje" relativa à facadinha na dieta se vamos substituir as celebrações por eventos para mexer o rabo?

 

O que se seguirá? Futebol de salão em vez de trocar prendas no Natal? Dia do bolinho ou pão por Deus em cycling - por cada 10 quilómetros recebes uma merenda de aveia? Aula de aeróbica na Páscoa (mexam-me esses ovinhos!)? Pensem nisto...E digam-me se é o que desejam para o vosso futuro.

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21
Abr17

5 Dicas para tornar o fim de semana mais longo (quando não se faz ponte)

Maria das Palavras

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Aqui estão os conselhos preciosos para quem chega à sexta-feira e parece que já vê o fim de Domingo, para quem não dá pelo fim de semana a passar, de tão fugaz que este se lhe apresenta. Eis os truques infalíveis para que qualquer fim de semana normal pareça um ano de 15 meses, a pôr em prática das 18h de Sexta-feira às 23h59 de Domingo:

 

  1. Colocar uma música de Anselmo Ralph em loop contínuo.
  2. Propôr-se a ver de enfiada todas as temporadas da série paquistanesa mais badalada do momento. Sem legendas.
  3. Oferecer-se para tomar conta dos filhos da vizinha enquanto ela faz uma escapadinha ao Gerês. São trigémeos.
  4. Espetar um parafusinho no joelho e tentar fazer a vida normal.
  5. Passá-lo com a sogra.

 

Não têm de quê!

Não só vai parecer que o fim-de-semana foi uma eternidade, como sentirão alívio (ou pura alegria) ao ver a segunda-feira chagar. Se tiverem mais destas fórmulas mágicas, não hesitem em partilhar.

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20
Abr17

É tão fácil fazer alguém feliz.

Maria das Palavras

Tenho para mim que os senhores das promoções de supermercado estão taco a taco com as raspadinhas premiadas no campeonato de gerar felicidade humana. São como o Pai Natal dos graúdos. 

Imagino-os a trabalhar pela calada, antes das portas abrirem para receberem os clientes. Imagino-os a colocarem uma etiqueta de promoção: um detergente que passa de 6,98€ para 6,97€ (ou melhor ainda: para 6,99€). Só para fazerem a delícia dos adultos que ao longo do dia vão ver a mudança ridícula (ou a gaffe) e vão ter o prazer imenso de sacar do telemóvel para fotografarem e partilharem essa grande descoberta, de cada vez vista como um tesouro, com os seus amigos das redes sociais. Maior deleite ainda provocam ao fazer receber todos aqueles "gostos" na fotografia.

Senhores das promoções dos supermercados. Ao serviço da sociedade desde...que existem supermercados.

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09
Abr17

Só é permitido bater nos filhos.

Maria das Palavras

Já tinha ouvido falar do Louis C.K., comediante, pela voz de muita gente. No outro dia caí no erro de ver um pouco de um show dele na Netflix. Foi mesmo um baita erro. Comecei por torcer o nariz nos primeiros minutos e agora tenho devorado tudo dele no Netfllix e no Youtube. O homem não tem limites no humor (coisa que eu adoro), mas para além disso tem muitos episódios reais (exagerados, não duvido) para contar e muitos raciocínios refrescantes. Por exemplo, este do título: só é permitido bater nos filhos.

 

Não se pode bater na mulher ou num colega de trabalho ou a um estranho na rua, adultos formados (até aqui nada contra). Constitui um crime. Mas podemos bater num ser indefeso, desproporcionalmente pequeno em relação a nós, que ainda não compreende totalmente o que motiva a agressão. E esta, hein

 

[Este post encontra-se livre de julgamentos, é só para nos fazer pensar.]

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30
Jan17

O dia em que a varredora de serviço me cortou o cabelo.

Maria das Palavras

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Sou tão boa com caras (#not). Creio que já vos disse que sou meio distraída. Posso passar pela minha mãe na rua e não a conhecer (pouco provável, já que moramos em cidades diferentes). Tem muito a ver com o ir focada na minha missão e desatenta ao resto, mas noutros casos tem a ver com eu ser péssima com reconhecimento facial...Nunca me acontece o momento "acho que conheço aquela pessoa de algum lado". Ou se acontece, é por exemplo alguém com quem trabalhei com dez anos e devia conhecer de cor e salteado. 

 

Conto isto porque fui ao cabeleireiro aqui da rua, onde já fui umas...5 vezes em dois anos. Em 2016 fui apenas uma vez, mas tendo em conta que quando pedi à minha irmã que me pintasse o cabelo em casa perdi a audição por causa de água no ouvido e quando pedi ao Moço fiquei com a parte da frente do cabelo malhada ao melhor jeito Cornélia, propus-me a ser mais regular no salão (odeio) num futuro próximo. Estavam apenas duas pessoas a trabalhar, que reconheci logo. Uma era a cabeleireira mais velha lá do sítio, a outra era uma rapariga que costuma andar lá só a varrer o chão e lava os cabelos às clientes quando há muito afluência - faltava aquela que me costuma tesourar e que até tem o mesmo nome que eu, pelo que a conheço bem.

 

Ora bem, quem avança para cuidar de mim é a moça que só costuma varrer o chão...tudo bem, para já era só escolher a cor certa e pincelar, há-de fazer melhor a pintar que o Moço. Foi eficaz, a tinta lá absorveu em tempo suficiente para a terra dar a volta ao sol, e a seguir chamou-me para lavar. Lavar era coisa que ela já fazia de vez em quando por isso não estranhei. Achei que chamasse a outra cabeleireira quando fosse para cortar...

 

Só que não. E aí entrei num pânico ligeiro, mas pensei: se ela vai fazer isto é porque sabe, deve ter tirado a formação há pouco tempo. Cheguei mesmo a pensar: ora bem, se ficar mal cresce outra vez. Ela começa a cortar as minha belas madeixas ruivas e eu em olhares de socorro para  a cabeleireira mais velha - que nem olhava para nós, a ver se a outra estava a fazer bem. Inacreditável! Deixar assim a novata à vontade...Não sabia se isso era motivo para descansar ou enervar-me. 

 

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Tinha-lhe dito que queria franja, não direita, mas um pouco de cabelo mais curto à frente a cair de lado (isto quanto menos cara se vir, melhor) e ela pergunta-me por onde deve cortar. Ai! Por onde?! Mas ela é que está a cortar, já lhe expliquei o efeito que queria, se ela não sabe a técnica eu também não saberia. Confiei (que remédio!) e ela fez exatamente como eu tinha em mente. Até senti necessidade de lhe dizer que estava impecável ("bom trabalho"), como quem dá uma pancadinha nas costas e motiva. Para iniciante, ficou um mimo.

 

Quando ela já me está a secar o cabelo é que olho bem para a cara dela e penso como é parecida com a outra cabeleireira que me costumava atender. Seriam irmãs? Não. Antes de secar o cabelo todo eu já me tinha apercebido: era ela! Era a minha cabeleireira e não a rapariga que varre o chão! Essa é que não estava lá...

Claro que todo o drama se passou só na minha cabeça, mas mesmo assim, fiquei tão envergonhada que eu, a Maria-não dá-gorjeta, arrendondei a conta de 32,5€ e lhe paguei 35€ sem querer troco. Quando me voltarem a perguntar que super poder quero, já não vou hesitar entre a invisibilidade e o teletransporte. Direi sem dúvida: o dom de reconhecer pessoas. 

 

P.S.: 'Tou linda.

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