Eu não compreendo, nem nunca compreenderei as pessoas (os portugueses) que odeiam Mourinho ou Ronaldo. Para já porque não sou adepta da falsa humildade e eles são muito bons (muitos têm a mania de só gostar de pessoas talentosas se estas fingirem que não sabem que têm talento e baixarem a cara em oração). Depois porque não se pode pôr em causa o trabalho que fazem para pôr o nosso país insignificante (para tantos estrangeiros que não sabem se somos parte do Brasil ou de Espanha) no mapa. E principalmente, neste caso de Cristiano Ronaldo, que alegadamente não faz um bom trabalho pela Seleção, porque toda a gente vê o seu sangue, suor e lágrimas por um país, que só sabe apontar para ele quando ele falha (gostava de vos ver lá todos, naquele lugar de pressão infinita). Acho que ninguém duvida que ele trabalha que nem um camelo para ser o que é e mesmo assim condenam-no quando não consegue fazer melhor. E porquê? Porque ele liga "mais" ao corte de cabelo. Até parece que já o vimos chorar por um corte de cabelo, como vimos em quase todas as retas finais dos nossos percursos nas grandes competições.
Isto tudo para aplaudir de pé este maravilhoso comentador. Claro que não posso aplaudir a conduta do Ronaldo mas se me puser nos sapatos [ridiculamente caros] dele, não sei se não faria o mesmo. Eo comentário é spot on.
Talvez seja a minha veia sportinguista a falar (onde há sempre mais esperança e sofrimento que vitórias), mas eu não arredo pé. Força Seleção - apoio-vos todos desde o mais baixinho Raphael ao mais "vaidoso" Ronaldo. E se não querem que este último seja tido como estrela e que seja mais que os outros neste contexto, então não andem a persegui-lo e não façam programas com nomes ironicamente maus, como A Culpa é do Ronaldo. Até porque não há culpas. Nem lugar para atritos. É mesmo só futebol. No fim do dia, temos todos os mesmos tostões no bolso. Por isso eles que se chateiem. Bom dia a todos.
A notícia chamou-me a atenção pelo seu cariz de "alarmismo do além". Não é preciso ser-se como eu, uma cética de primeira que só acredita no que apalpa, mas espalhar notícias sobre bruxedos e maldições é coisa de responsabilidade, muito mais quando isto se faz num jornal que muitos admiram - como eu.
Eu ia só fechar a página, depois de perceber que de facto não havia nada para fundamentar a coisa. Mas depois reparei no comentário de alguém que se deu ao trabalho. Normalmente os "comentadores que se dão ao trabalho" são só chatos e acrescentam coisas que ninguém quer saber. Este teve mesmo uma tirada de mestre (ou duas).
O comentário aqui do "jorge" é tudo. Não só apresenta factos que desmentem a maldição (não confirmei os dados dele, mas parece-me que faz sentido o que disse) como acrescenta o comentário irónico que me arrancou uma gargalhada:
Quero também deixar o alerta que ao contrário do que se possa imaginar os jogos olímpicos de 1896 foram muito mais mortíferos que a segunda guerra mundial, porque se por um lado hoje ainda existem sobreviventes da segunda guerra mundial , já não existem sobreviventes dos atletas dos jogos olímpicos de 1896.
Como já devem ter ouvido falar e comentar sobejamente, a Playboy anunciou que as capas vão deixar de ter nudez. A verdade é que muitas das capas ao longo dos anos não apresentaram nudez, sem serem por isso menos sensuais. Comercialmente, entende-se até (de um prisma apenas): as capas não ficarão mais escondidas nos expositores das tabacarias, porque não há "vergonhas" à mostra.
Claro que se impõe um certo escárnio e mal-dizer. Claro que se impõe um erguer das vozes (masculinas e, porque não, femininas). O que será da Playboy sem nudez na apresentação? Será que os livros de culinária também deixarão de apresentar comida na capa? Faz-se uma capinha com um prato vazio e depois logo se vê? Não, não é? Por mais que se possa racionalizar, não há quem possa gostar disto. Ou há.
Encontrei um homem - o único - que fica feliz com esta medida comercial. Não só isso, até se incomoda de estar a ler o Observador e ter de se deparar com notícias deste nível, ilustradas logo à partida com um (aaaahhhhhhh - gritos de horror): rabo.
Fontes próximas asseguram que a seguir a ver as fotos das capas exibidas na notícia - todas as 63 para se aperceber do grau de atrevimento deste diário online e sentir-se completamente impingido - deitou ácido nos olhos, para evitar situações semelhantes no futuro. Ao Observador, deixamos o mesmo aviso que deixou o Vítor: cuidado com este caminho perigoso. O do funcionário que escreve a notícia ficar distraído na recolha de fotos e ser menos produtivo, entenda-se.
Gostava ainda de sugerir a criminalização formal das 817 pessoas que até ao momento tinham partlhado em redes sociais a notícia do Observador, impingido uma notícia do foro erótico aos seus amigos, potencialmente causando um sofrimento indescritível aos mesmos pela cumplicidade demonstrada na comercialização do rabo na capa (perdão, da mulher na capa). O Vítor é que viu bem a coisa. Agora, com o ácido nos olhos, já não vê tanto.
Não fui eu que disse, foi o Rui - um estimado comentador do meu post sobre casamentos.
Assim, sem me preparar, sem me pedir para sentar, sem saber se eu tinha um familiar a quem pudesse ligar caso me sentisse mal e tivesse de ser hospitalizada. Escreve ele:
"Os homens não se apaixonam."
Felizmente, eu sei que isso é mentira. Não é porque tenho um homem fantástico que mo garante (e ele é péssimo a mentir, cato-o em dois tempos e meio, não chega a três). É porque ele mo demonstra de tantas maneiras possíveis e impossíveis, mesmo sem querer, sem se aperceber, sem fazer por isso.
Não quer dizer que toda a gente se apaixone. Que se encontre no momento certo com a pessoa certa. Penso que toda a gente tenha essa capacidade, mas também não posso jurar. Não será, no entanto, coisa que se segmente em género, idade ou credo.
O Rui ainda não se apaixonou, isso é certo. E eu desejo-lhe fervorosamente essa sorte.
Alguém aqui concorda com o Rui? O que é para vocês uma prova de amor, se não o são as palavras, que de facto são parcas? E se fosse verdade, porque é que os homens se continuariam a meter em relações? Só pelo sexo ocasional? Companheirismo a certo ponto?
Update: Parece que confundi amor e paixão e era só desta última que o Rui falava. Também acho que são coisas diferentes, mas acredito que se complementam. Acho que pode haver paixão sem amor, mas não pode haver amor sem paixão - ou não deve, mesmo que apenas em algumas fases da relação. E aí não acho que seja exlusivo feminino de qualquer forma, muito embora sejamos mais dramáticas nos sentimentos (tem dias).
Toda eu tremia quando tinha de me dirigir ao Pingo Doce. Suores frios. Tiques nervosos. Encaminhava-me para a caixa como para o momento do juízo final. Teria sido boa o suficiente? Teria conseguido o equilíbrio perfeito entre não gastar mais do que devia, mas o suficiente para o Jerónimo ficar contente e me deixar pagar as minhas compras em paz, com o meu método favorito? E tremia, contando e recontando as compras, fazendo contas mentais, pensando se deveria acrescentar algo vital ao cesto (como um Snickers ou assim) para perfazer os vinte euros - o número da perfeição deixou de ser o três. Olhares fugidios à caixa Multibanco com uma cruz em cima do símbolo do dinheiro. O ato corriqueiro de fazer compras tornou-se um pesadelo. A pressão, senhores, apertava-me o peito de cada vez que faltava detergente.
Foi um ano de terror e momentos vários de ansiedade. Mas felizmente, terminou.
Muito mais haveria a dizer sobre isto. Mas a excelsa comentadora na página do Sapo resumiu tudo em 3 palavras.
Um bem-haja, Maria. Foi o que pensámos todos - só não o conseguimos exprimir tão francamente.
Normalmente os comentários que destaco nesta rubrica fazem-me rir (de espirituosos ou espatafúrdios que são). Mas este deixou-me um bocadinho preocupada confesso...
Pois no post original a Pipoca Mais Doce fala de como levou o seu Mateus a ver o Pai Natal no El Corte Inglès. Que o miúdo até não achou muita graça ao velho barbudo - coisa que eu acho bem porque me faz espécie ensinar as crianças a confiar em velhos barrigudos que lhe oferecem coisas em troco de colo. E que no fim o Pai Natal até dá um livrinho e tudo.
E depois há este comentário:
Vamos por partes. Uma mulher de 28 anos que adora o Natal, no limite...
a) decora a casa de forma efusiva,
b) põe playslists com músicas de Natal em loop no Spotify ou
c) gasta as suas economias a comprar mil presentes para os seus.
Não deseja sentar-se ao colo de um velho que entende que está apenas DISFARÇADO numa casinha de Natal pensada para crianças num centro comercial. Isso já roça à esfera do fetiche, para ser levado a cabo longe de crianças na fila da casinha encantada.
Também me preocupa muito este Anónimo. Que se é uma amiga a querer fazer-lhe uma surpresa engraçada devia optar por oferecer-lhe uma caneca com renas ou uma t-shirt com um dizer engraçado qualquer sobre o Natal - seria aceitável. E se é um amigo a querer marcar pontos...caramba, vista-se ele de Pai Natal e faça-lhe uma lap dance que faça derreter o Pólo Norte. Agora não tornem a quadra natalícia num cenário aterrador...dá para ser?
É uma injustiça que quem escreve esteja sujeito a comentários do mais amoroso ao mais maldoso e quem comenta passe despercebido. Assim, inauguro esta útil rubrica de escárnio ou bem dizer - consoante o comentário. Comentem também que isto é tudo vosso! [Sou capaz de comprar alguns ódios com esta brincadeira, mas compensa o que me divirto a passear os olhos pela secção de comentários.]
Começamos pelo comentador de um artigo do excelso Correio da Manhã, para ser logo em grande. Tenho ideia que será uma boa fonte para esta rubrica.
A notícia refere cuidados a ter na exposição ao Sol e as possíveis consequências de não o fazer. E pondo de parte o senhor que comenta o "rico ananás" da foto (o que eu me ri), achei este o ponto de vista muito interessante:
"É bom que estas notícias sejam divulgadas pra se ter mais cuidado com a saúde.Mas,elas são sempre feitas em cima do acontecimento, ou seja, deveriam ser feitas, neste caso, durante o ano, ñ agora, assusta as pessoas..."
Está bem visto, sim senhor. Têm alguma necessidade de assustar as pessoas desta maneira e mesmo em cima do acontecimento? Eu sabia lá que o Sol tinha raios com nome de fruta (uva, no caso). Só me avisam agora? Onde é que está o serviço público de informação a funcionar na imprensa? Eu percebo. O artigo até fala em apanhar cancro entre a zona dos olhos e do nariz. Onde é que já se viu? Uma pessoa a querer aproveitar o escaldão do meio-dia e têm de o fazer pensar em doenças em sítios parvos? Talvez até pôr os óculos de sol e ficar com marca?! Que brejeiro, senhoras e senhores. E misturarem no artigo recomendações para beber muita água? É de cair de costas. Uma pessoa com a geleira cheia de jolas fresquinhas e vêm meter medo e incitar-me a ganhar ferrugem nas tubagens - sim...que a água enferruja, todos sabemos.
E dizerem para vestir roupa escura? Logo na altura que estou mais moreninha e o que cai bem é um vestidinho branco leve? Guardem as vossas dicas para o Inverno sim? Que aí eu estou de gola alta e bem coberta e não me chateia ler essas notícias.
É caso para dizer: eu sei o que fizeste no Verão passado (e presente).