Escalada social a dois tempos.
Fui à Primark e depois ao El Corte Inglès.
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Fui à Primark e depois ao El Corte Inglès.
E te convida para ir às compras na Black Friday.
A ida ao hiper começa comigo a entrar confiante, sem levar cesto ou carrinho, porque vou só mesmo buscar uma embalagem de fiambre.
E acaba comigo a fazer equilibrismo para manter nos braços as 20 coisas que trago até à caixa, por tê-las reunido ao longo dos corredores (ah! precisava disto! hummm, apetece-me aquilo!).
All check. Já podemos ir ao Continente do Colombo outra vez. Que desde que aquilo está em obras e trocou os corredores todos é às meias-horas de cada vez para encontrar cada produto e nunca sei para onde sair sem bater contra uma parede improvisada.
Precisava de um apontamentozinho para fechar o look para o casamento de amanhã. Como tenho a mania que sou rica fui à Accessorize, que ao menos estava cheia de promoções. Menos mal, pensei eu. Nem sabia o quão enganada estava. Peguei rapidamente no que eu queria (ao preço que gostava) e fui para a caixa.
A senhora olha-me firme e rejeita-me o produto: Não, não faça isto! Leve mais coisas que se comprar quatro artigos tem desconto de 50%!
Eu digo que não, obrigada, mas ela insiste: Qualquer artigo conta! Mesmo muito barato ou já em promoção!
Abstive-me de dizer que nada ali é "muito barato" e dei meia volta. Andei pela loja toda, Moço atrás (paciente como tem de ser, porque eu aturo-lhe muito mais as voltinhas nas compras do que ele as minhas). Lá acabei por escolher uns cacarecos quaisquer que sei que preciso sempre (ganchos para o cabelo e elásticos) e um par de cuecas em promoção, daquelas rendadas para não desabituar os vizinhos.
Vou para a caixa novamente. Avanço os quatro artigos. Ao início parece estar tudo a correr bem, mas ela detém-se nas cuecas:
Ah, não leve só estas cuecas! Temos uma promoção se levar três artigos de lingerie, oferecemos o mais barato.
Fartinha de estar ali (não represento nada em a espécie de gajas que adoram compras, se pudesse fazia tudo online), pergunto-lhe: isso acumula com a promoção dos 4 artigos a 50%?
Ela responde: não. Mas posso registar à parte!! Vá lá buscar.
Ainda olhei por mim abaixo para tentar perceber se tinha papéis a sair da mala ou do bolso, por exemplo, que ela pudesse confundir com aqueles livrinhos de talões de desconto que algumas pessoas colecionam religiosamente, sempre sôfregas por promoções, mesmo de coisas que não costumam comprar (tipo mulheres solteiras a comprar creme de barbear Nivea só porque está com 30% em cartão). Nada.
Tive de pegar na minha confiança e assertividade em bloco e dizer: Não quero mais andar a zanzar a loja. Eu só queria mesmo era pagar, pode ser?
Nunca pensei vir a dizer isto...
Quem nunca julgou alguém pelas compras que faz no supermercado.
(Esta é cópia chapadinha do post do Sensivelmente Idiota. É que li e guardei logo as pedras. Gostem dele, sim?)
Não sei quem terá feito este estudo, mas claramente não está a considerar as decisões de compra ao ir supermercado com fome. Tomo todas as piores decisões quando o faço (e por piores decisões entenda-se: encher o carrinho de chocolates, bolachas, gelados, batatas fritas, queijos e carnes frias variadas).
Sou capaz de comprar salmão fumado com beringela (blargh) se for ao supermercado de estômago vazio. Tudo me apetece, sem exceção. Pareço o monstro das bolachas depois de recuperar de uma intoxicação alimentar.
Nessas horas passo ao supermercado só para ir buscar o desodorizante que tinha acabado de manhã e saio de lá com as compras alimentares do mês (que me sinto capaz de aniquilar em meia hora).
É só o meu estômago que é tão bom conselheiro como a cabeleireira da Maria José Valério?
Uma vergonha para a espécie estomacal, de sua génese tão iluminada?
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