Aquele dia em que, do nada, a tua mãe aparece nos amigos sugeridos no Facebook. A minha mãe no Facebook?! Quem é que deixou que isto acontecesse? Quem é que no mundo achou que a minha sogra não era o suficiente para nos embaraçar?
De apontar que o primeiro comentário é da minha tia e versa assim: "toda boa!".
5.497? Vão-me deixar acabar o ano com este número meio ridículo de likes/gostos no Facebook? Não se arranjam por aí 3 amigos que talvez gostassem das minhas parvoíces para arredondar isto? E vocês, têm a certeza absoluta que já me seguem lá? Também sou parvita lá!
Em troca, podem deixar as vossas páginas de Facebook nos comentários (quem as tenha, ou outras da vossa preferência) que eu adiciono, vá. E as outras pessoas que lêem o post talvez façam o mesmo! Tudo em nome do espírito da época. Clicai:
1) Não tenho Facebook. 2) OH-MEU-DEUS, não sabia que tinhas Facebook! 3) Não existo.
Se assinalaram a dois, corrijam já isso por favor. Aqui fica o atalho para essa e outras formas de não perderem pitada da minha parvoíce congénita a afins (caso sejam masoquistas):
Se escolheram a opção um torço o nariz em desdém por serem tão armados em hipsters. Se escolheram a três, peço desculpa incomodar a vossa não-existência com mais um post absolutamente inútil.
Vieram vocês, com a mania da grandeza, explicar-me com grandes sermões que uma pessoa se deve rir (por escrito) com ahahaha e não hahahaha. Que estúpida que eu era, diziam as vozes em coro, a rir-se de mim em ahahahaha apontando com o dedo daquela forma que dizemos às crianças que é feio - sou capaz de estar a exagerar, mas não garanto. E eu, triste, pelo engano de uma vida, fiz uma mudança mais radical que o corte de cabelo "à joãozinho" nos idos anos 90 e alterei a forma de gargalhar em textos. Para uma blogger de renome como eu, lida por mais de duas pessoas quando chove e não lhes apetece ir passear para sítios nomeadamente alguns, é uma questão de identidade e estatuto. Agora vem o Facebook com os novos botõezinhos de reações e espeta logo com haha para começar. E agora, hein? Que dizem às minhas ilusões desfeitas? Onde param as vossas mentiras? É que está na Internet. E tudo o que está na Internet é verdade. [só que não]
São lindas não são? Em toda a sua simplicidade. Linhas direitas, mas curvas. Pequenas abas encantadoras. De um branco baço que se confunde com as nuvens e os nossos sonhos. Estendem-se pelo horizonte, como um símbolo da viagem que se inicia, continua ou acaba.
A página da junta de freguesia no Facebook mostra um prédio antigo que está a ser demolido. Há quem diga que se vai fazer ali um lar de idosos ou outra estrutura social. Mas a maior parte das pessoas concorda nisto: querem que seja zona verde e estacionamento. Não é "ou". É "e". Sou só eu que vejo alguma incoerência nisto?
Talvez um bonito relvado para pôr os pneus em cima? Canteiros de carros em vez de flores?
Faz lembrar as pessoas que dizem que se ganharem o Euromilhões ficam com uma parte para si e outra dão para solidariedade. Ou para as zonas verdes.