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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

18
Abr16

Crónicas de um fim-de-semana em Madrid (Parte 3)

Maria das Palavras

Cristiano Ronaldo - Real Madrid VS Eibar | Maria das Palavras

 

Se já leram a Parte 1 e a Parte 2 do relato do fim-de-semana em Madrid já sabem que arrancámos de Lisboa para a Praça de Espanha e acabámos a ver um jogo no Santiago Barnabéu, tudo antes das quatro da tarde. Lá dissemos adeus ao Cristiano Ronaldo (a foto acima foi o Moço que tirou) e, para evitar ficar horas em filas para o metro (não há bilhetes de ida e volta e o diário não compensava para as viagens que precisávamos, por isso...), passeámos até às estações de metro mais adiante.


Encontrámos a chamada Porta da Europa, que são duas torres inclinadas (as Torres KIO, na Plaza de Castilla) ou, como as batizei, as Torres de Pisa lá do sítio. Se bem que aquilo ainda tem uma inclinação de 15º (a torre de Pisa é uma menina ao pé das torres, com uns 4º arredondados) e foram construídas a propósito da nomeação de Madrid como Capital Europeia da Cultura em 1992, se o Google não me falha. O obelisco (desatrosamente cortado na foto), colocado mais recentemente, é obra do arquiteto espanhol Santiago Calatrava.

 

Torres Kio | Porta da Europa | Madrid - Maria das Palavras

 

A seguir voltámos à Praça de Espanha, onde tínhamos iniciado a nossa jornada, desta vez para seguir pela Gran Vía. Tem teatros, lojas, muitos sítios para comer. Foi aqui que parámos para "picar" no Museo del Jámon (um dos, porque estão espalhados pela cidade), que já nos tinham aconselhado. No fundo aquilo é a nossa Portugália, mas com presunto, queijo e paella em vez de bifes. Comemos presunto de 3 qualidades, queijo curado e gambas al ajillo para termos forças para seguir viagem. Enquanto "tapeávamos" ainda vimos uma noiva e percebemos que estava a haver boda no "Museu do Presunto". Ele há coisas...
Fotos não tenho. Primeiro porque a fome era negra e nem me lembrei disso, depois porque era eu que envergava a máquina do Moço ao logo da Gran Vía e não mexi nas definições da bichinha, pelo que ficou tudo uma escuridão só. Mas posso mostrar-vos a cara que o António, comentador da parte 2 destas crónicas fez, quando percebeu que tínhamos ido ao Museo del Jamón bater mais um ponto turístico em vez de termos experiências super originais em Madrid como parkour no cemitério ou jantar restos de cozido madrileno com os sem abrigo à volta de uma lata a arder: 

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A seguir, descemos para a Puerta del Sol. A que não achei gracinha nenhuma. Talvez porque estava cheia de turistas (mais recheada de gente do que o estádio onde tínhamos acabado de  estar), talvez porque ainda não estava suficientemente escuro para estar iluminada, talvez porque face ao resto não me tenha impressionado, pronto. O afamado Kilómetro Zero, de onde partem todas as estradas de Espanha está marcado no chão, mesmo em frente ao edifício principal, mas está sobretudo marcado por dezenas de pessoas em tufos a querer tirar uma foto com o pé lá. O que eu queria mesmo encontrar era o urso, o que serve de símbolo à cidade. E depois de navegar por marés de turistas até ao fundo da Praça (no lado oposto ao km 0) lá vimos o urso a agarrar...o bróculo! 



 

O dia não terminou sem passarmos à Praça Cibeles, onde o Real Madrid festeja as suas maiores conquistas (é a foto com a fonte dos cavalinhos, que podem ver no carrosel acima) e a Puerta de Alcalá, na Praça da Independência. Aqui estamos mesmo à porta do Parque do Buen Retiro, mas nesta altura já escurecia e eu estava genuinamente cansada. Não tanto dos pés e pernas (apesar de ter abusado de ambos) mas mais por ter acordado à cinco da manhã e desde aí não ter parado. Por isso e porque eu e o Moço não fazíamos questão de conhecer a noite madrilena (já que tantas vezes evitamos a Lisboeta) saltámos o serão aconselhado nos bairros de La Latina ou na zona de Malasaña e fomos dormir ao Ibis Budget Las ventas, onde eu passei dez horas santas na cama.


Por esta altura já tínhamos aprendido algumas coisas importantes acerca da cidade:

  • Não há supermercados (à vista) no centro da cidade.
  • Os semáforos piam.
  • Os espanhóis (em Madrid em particular) estão um bocadinho à nossa frente na questão da igualdade porque vemos vários casais do mesmo género de mãos dadas (aliás têm a Chueca, o bairro gay, para comprovar, onde passámos depois).


Continua...

 

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14
Abr16

Crónicas de um fim-de-semana em Madrid (Parte 2)

Maria das Palavras

Se já leram a primeira parte do meu relato e ainda não adormeceram de aborrecimento, aqui está  continuação. 

Pois quando saímos do Mercado de San Miguel estavamos de bucho cheio. Não aguentava nem mais uma dentada de fosse o que fosse. Até reparar que estávamos pertíssimo de um marco que me tinha sido recomendado por várias pessoas: a Chocolatería SanGinés onde se comem (supostamente) os melhores churros com chocolate de Madrid. Como estou de costas na foto, não conseguem ver o meu ar guloso, mas o ar triste do senhor que vai a passar só pode ser porque , ele sim, estava cheio de mais para comer um churro. Eu arranjei espaço, como se vê pela minha garra afinfadora de churros à direita. O chocolate não era o meu favorito (preferia se fosse Nutella aquecida ou chocolate branco, como vi depois noutro sítio). Ainda assim para quem estava cheia comi a maior parte, com a ajuda do Moço, claro. 

 

Madrid - Chcolatería SanGinés | Maria das Palavras

 

Foi aqui, sentada numa mesa da agradável esplanada que disse ao Moço que provavelmente a seguir devíamos ir ver o Santiago Barnabéu. E ele:

 

- Ao estádio, agora? Daqui a nada é o jogo lá, deve estar uma confusão!
...

...

...

 - Espera...compraste bilhetes?!?!

 

Jim Carrey a celebrar como o Moço fez quando soube que ia ver o jogo.


Foi mais ou menos assim que o Moço reagiu à surpresa. É que nós já tínhamos visto que o jogo era numa altura ideal, mas os bilhetes a preço aceitável (e mesmo os caros) estavam praticamente esgotados quando pesquisámos e só havia um lugar em Paris e outro em Jerusalém. Mas, não satisfeita com isso, voltei a ver de véspera e descobri que havia mais lugares vagos, por causa de sócios que têm lugar reservado e não compraram bilhete para o jogo. Os bilhetes estavam disponíveis a partir de 30€ para esse jogo (Real Madrid VS Eibar) e podem comprar-se no site do Real Madrid e serem acedidos no telemóvel numa app chamada PassWallet (ou impressos, claro). 

Antes de irmos para o estádio ainda passámos à Plaza Mayor que é mesmo ao lado do Mercado de San Miguel (já vos disse que em Madrid é tudo a um passinho?) onde comecei a ver os dois fenómenos pedincheiros mais frequentes da cidade: gente mascarada de personagens da Disney  e afins - a sério, vi Minnies, porcas Peppas e o diabo a quatro, e homens-estátua de versão evoluída em posições em que o homem fica de lado suspenso no ar (que é como quem diz, que dá ainda menos trabalho que os homens-estátua comuns que têm de estar em pé e não deitados num suporte rígido). Vejam a galeria de fotos da Plaza Mayor e da zona da Ópera onde apanhámos o metro a seguir para ir para o estádio.


 

Viram os noivos que apanhámos na varanda do edifício mais bonito e emblemático da Plaza Mayor, a Casa de La Panadería? Fiquem a saber que este edifício foi comprado pelo grupo Pestana, que é português. E que este não foi o sítio mais estranho onde vimos noivos. A estátua, também da Plaza Mayor, é de D.Filipe III de Espanha, II em Portugal - apesar de eu ter tapado a cara dele com a do cavalo. Foi um dos sacanas da nossa dinastia Filipina , depois do desaparecimento do S.Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir (que ainda hoje está por aparecer aí numa noite nublada). Embora tanto quanto sei ele e o pai até foram fixes para nós, enquanto geriram em conjunto Portugal e Espanha, o filho dele é que nos deixou tão descontentadinhos que tivemos de fazer nascer o feriado do 1 de Dezembro, restaurando a nossa independência. E são 5€ pela aula de história.


No Santiago Barnabéu: Real Madrid VS Eibar


O jogo era fraquinho e isso interessou ZERO a julgar pelo ar de assombro feliz do Moço ao entrar no estádio. Quando muito até foi bom porque conseguimos assistir ao vivo a 4 golos, incluindo um do meu jogador favorito e um do jogador favorito do Moço, que, apesar de eu lhe querer bater por isso, não são a mesma pessoa - o dele é um ex-portista, claro. 

 

Estadio Santiago Barnabéu | Maria das Palavras

 

Antes disso, que me estou a adiantar: no metro conhecemos um casal de tugas que ia também ver o jogo (ou queria, porque não tinham ainda bilhete). Foi estranho, porque a rapariga falou para mim e eu respondi educada e querida, fizemos meia conversa mas eu não sabia se era suposto a partir daí sermos amigas para a vida ou cada casal podia seguir o seu caminho. Fenómeno curioso este do "porque viemos do mesmo país, podemos falar-nos como se nos conhecessemos". Na dúvida, seguimos o nosso caminho - até porque na confusão da estação do Santiago Barnabéu só se dessemos as mãos é que nos mantinhamos juntos e eu não estava preparada para esse tipo de intimidade. 


Ainda antes de entrarmos comprámos um cachecol para marcar a visita, a 10€, nas bancas à volta do estádio, mas que diz que é oficial. Depois fomos todos apalpadinhos e revistados para entrar. De notar que levávamos mochilas conosco com toda a nossa bagagem de fim-de-semana, incluindo a máquina do Moço que é "daquelas grandalhonas" - penso que até é esse o modelo, uma CANON Daquelas Grandalhonas. Eu estava um pouco preocupada com isso, mas parece que deixar garrafas e navalhas de fora é o suficiente. 


Ficámos lindamente sentados, mesmo a pé da bandeirola de canto. Tirámos mil fotos, a nós, às bancadas, aos jogadores - 90% ficaram desfocadas. Mas a minha favorita foi esta, do espanholito a estender a mão para o nosso Ronaldo e a gritar "Ronaldo, tu camisetaaaaaaaaa". Partilhei-a logo no meu Instagram porque o abençoado do Real Madrid tem Wifi no estádio!
 

 

Posso dizer com segurança que o pai dos miúdos gritava ainda mais que eles e insistia para que levantassem dois cartazes cor-de-laranja a pedir "camisetas" nos momentos mais oportunos para os craques, tipo a meio de jogadas. Não queria deixar também de mencionar um dos fotógrafos do jogo, daqueles que estão junto ao relvado, que passou o jogo a tirar selfies em vez de registar as jogadas.

Nota muito importante, aprendida por mim da pior maneira possível (não gozem): as casas de banho do estádio não têm papel higiénico nas cabines, só um rolo à entrada do WC. Tipo: nenhum. Tipo: nem sequer há suporte. Posso dizer que foi uma experiência que não contribuiu para melhorar a minha opinião sobre o uso de casas de banho públicas, mas safei-me de forma aceitável, vá. Não, não vou contar. O aviso está feito.


Já estão cansados do relato? É que ainda nem acabei o primeiro dia!

Continua aqui...

 

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13
Abr16

Crónicas de um fim-de-semana em Madrid (Parte 1)

Maria das Palavras

Fim de semana em Madrid - Maria das Palavras

 

Começo por vos dizer que um fim-de-semana em Madrid é tempo suficiente para ver e fazer tudo o que está nos principais guias, se não estiverem numa de entrar em todos os palácios e museus. É claro (antes que me atirem pedras) que não tenho a pretensão de ter vivido a experiência madrilena em menos de 48 horas em todo o seu fulgor e bem sei que muito mais haveria para ver, mas cumprimos a nossa missão: vimos os principais marcos da cidade, comemos os petiscos típicos, assistimos a um jogo no Santiago Barnabéu, visitámos um dos museus (um golpe de sorte que já vos conto) e, de Sábado para Domingo, esta que vos escreve ainda dormiu dez horas completas (lontra preguiçosa avistada em Madrid). 

Fomos na Iberia às 7h45 da manhã e voltámos às 23h10 de Domingo por 75€ por cabeça. Lá, quase tudo se faz a pé. Fizemos exatamente 6 viagens de metro em 2 dias (de e para o aeroporto - 5€ cada - , de e para a zona do hotel que era ao pé da praça de touros - 1,50€ cada - e de e para o estádio - 1,70€ cada). A noite no hotel ficou por 51€. Isto para fazerem contas à vida se quiserem fazer coisa semelhante: posso dizer-vos que os voos ainda podem ser comprados mais baratos, mas não nos dias que podíamos e horários que queríamos. Esta é a parte objetiva da viagem, agora deixem-me aborrecer-vos com o relato completo.

 

A viagem de ida

O despertador tocou às cinco e vinte da manhã e eu acordei com ele toda contente - não há nada como acordar e saber-se que se vai laurear a pevide. Apesar de ter feito uma piada no Facebook sobre grandes malas sou uma pessoa bastante prática e portanto cada um de nós levou apenas uma mochilinha com meia muda de roupa, telemóveis, carregadores, máquina fotográfica, carteira, documentos e uns lanchitos. Ah, claro, e o bloco de notas com caneta! Iamos leves e prontos para passear sem termos de perder tempo.

O Moço não me deixa mentir: isto era a minha mochila  (o comando serve para verem a proporção).

 

Mochila para Madrid - Maria das Palavras

 

Um amigo nosso veio buscar-nos a essas horas ridículas para nos levar ao aeroporto antes de ir trabalhar. E é assim que se distinguem os verdadeiros amigos: não só nos dão boleia às 6h da manhã, como o fazem sob o protesto da namorada.

Tomámos o pequeno almoço no McDonalds do aeroporto. Digo isto porque aí há uns tempos houve um grande sururu na blogosfera com os novos pequenos-almoços da cadeia de fast food e eu já os tomo há anos, sempre que vou parar ao aeroporto a horas indecentes. Foi aqui que estive a explicar ao Moço o nosso percurso em Madrid e o que havia para ver lá, porque a ir por ele íamos ao estádio do Real Madrid e ao do Atlético, pronto. Adorámos toda a viagem, mas continuo a achar que lhe tinha chegado...


Logo a entrar no avião aquele episódio básico de inaptidão social. Está o senhor a receber os bilhetes e a confirmar a toda a gente. A pessoa chega diz "Bom dia" ele verifica e diz "obrigado". Assim muitas vezes até chegar a minha: chego e estendo-lhe os bilhetes dizendo "obrigada". Ai Maria...

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A viagem é curtíssima, tal como o espaço para arrumar as pernas no avião. Já em Madrid, no metro, a caminho Praça de Espanha (mas há uma em todas as cidades espanholas, é?), talvez pela privação de sono misturada com a adrenalina de uma aventura que começa, passei mais tempo do que seria aceitável a gozar com a estação de metro apelidada de Pinar del Rey.


Uma manhã em cheio

Imaginasse eu que era tudo assim tão perto e tínhamos marcado uma viagem de um dia só (mentira). Saímos então na Praça de Espanha onde tirámos a primeira selfie e passámos sem reparar naquela que mais tarde percebemos (nas fotos) que era a estátua de Cervantes com Dom Quixote e Sancho Pança. 
Na Praça de Espanha começa a Gran Via, a artéria mais movimentada da cidade, mas por ora íamos ignorá-la. Recuámos até ao Templo de Debod sem esquecer o miradouro e desviámo-nos para o Pálácio Real, passeando pelos seus jardins, até à Catedral de La Almudena. Não entrámos em nenhum do sítios que estavam minadinhos de gente (muito mais que a Padaria Portuguesa à hora do pequeno-almoço), mas tirámos muitas fotos. Nesta altura a força do sol fazia-se sentir e o Moço tirou o casaco. Eu encaixei-lho em cima da mochila para não ter de o carregar e assim nasceu uma tartaruga. Vejam a galeria de fotos abaixo, clicando nas setinhas (e sem descurar as legendas).

 

 

Seguimos por umas ruas à direita, na direção de uma zona menos monumental, mas mais bonita (que ainda não tínhamos a certeza o que era) e deparámo-nos com o mercado de São Miguel. Já começava a ser hora de almoço e nós tínhamos comido há para lá de muito tempo. Resolvemos bem o assunto e o difícil foi escolher entre tantos petiscos (e navegar entre tanta gente). Começámos com uns croquetes de presunto e roquefort (que eram só mais-ou-menos). Depois comemos um cone de polvo frito. Péssimo de tão bom. E rematámos com os morangos mais deliciosos que provei este ano. E digo-vos outra vez: vejam a galeria de fotos abaixo, clicando nas setinhas.

 

 

  

Continua aqui...

 

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03
Mar16

7 Formas de fazer com que nos preparem o jantar (sem fingir muito).

Maria das Palavras

Refeição - Imagem Pixabay

Jovem, já te deu a preguiça completa de fazer o jantar? A mim acontece-me numa base diária. Gosto muito de cozinhar e inventar, mas não é por obrigação. Claro que o que o jantar tem de se fazer na mesma. E pedir não é tão divertido como usar uma destas técnicas:


1. O Masterchef.
Vamos fazer um jogo. Tens os ingredientes x e y. Tens de os usar no jantar e tens meia-hora. Surpreende-me. 

 

2. A falta de apetite. 
Ai...só de pensar em comida acho que enjoo, estou mesmo sem fome. Acho que não janto, faz tu para ti. (sobra sempre)

 

3. O elogio.
Quando fazes o jantar fica sempre tão bom! Até me babo só de pensar. És a/o melhor cozinheira/o de sempre...


4. A saudade. 
Amor, tenho tantas saudades daquela tua massa com atum. Hummm....Suponho que não terias paciência de a fazer agora?

 

5. A lesma.
Demora tanto tempo (estou só acabar de arrumar umas coisas! sim, sim, sei que já estão a bater as 22h...) que alguém decide começar.


6. A carteira. 
Pagar para ir ao restaurante ou chamar a Telepizza é infalível. Fazem-nos sempre o jantar sem refilar.

7. A mãe.
Quando tudo menos a preguiça nos falhar (inclusivamente a carteira), há sempre quem nos safe.

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08
Dez15

Como comer castanhas em 6 passos: Maria Style

Maria das Palavras

Apercebi-me que publiquei a receita da castanha assada infalível, sem explicar como fazer para a comer. Grande falha. Eis o processo simplificado:

 

Castanha assada (imagem Pixabay)

 

1

Esperar que alguém te descasque castanhas.

 

2

Dizer "hummm...adoro castanhas assadas" com ar guloso.

 

3

Esperar mais um pouco que alguém te descasque castanhas.

 

4

Se os passos anteriores não surtirem efeito, escolher de forma egoísta as castanhas mais tostadinhas e aparentemente de casca fácil de sair. Escolher logo todas as que estão nestas condições para ao pé de ti, mesmo que não as vás conseguir comer todas - só para assegurar que ninguém fica com eles (se queriam escolher as melhores, que tas descascassem!).

 

5

Além de descascar a castanha, desfazê-la em bocadinhos para garantir que não há vermes em lado nenhum e levar a castanha à boca (pausa para apreciar).

 

6

Se necessário, repetir o passo 1. 

 

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08
Out15

Guia de Londres: Um dia e meio

Maria das Palavras

Fui várias vezes a Londres, no passado. Estadias sempre curtas que tinha de aproveitar ao máximo. O regresso das chuvas faz-me lembrar esta cidade cinzenta e multicultural. Digo sempre que não é das minhas cidades favoritas e que não me vejo a morar lá, mas está-me a bater uma saudade, confesso. Assim sendo, lembrei-me de fazer uma boa ação: deixar-vos um guia para uma visita rápida a Londres. A Ryanair está com viagens super baratas (a partir de 19,99€) mas o alojamento é muito caro por isso quanto mais se visitar em menos dias melhor. E a pensar num fim de semana vosso, agora em Novembro ou lá para o início do ano, deixo-vos este guia, considerando que aproveitam a promoção da Ryanair, cheguem a Londres num Sábado às 9h30 e regressem no Domingo pelas 17h30. Querem?

Big Ben, Londres - Maria das Palavras

 

Este é um percurso sem horas em museus (só dois gratuitos e rápidos), sem visitas pagas (não há entrada no Natural History Museum, nem voltinha no London Eye, nem ida ao Madame Tussauds, nem musical caríssimo mas potencialmente de sonho no West End) e que deixa de fora alguns pontos que numa visita mais prolongada conseguirão martelar, como o mercado de estrada de Portobello, em Notting Hill (cenário do filme homónimo). É um percurso rápido (mas para fazer com calma) e em conta, que podem fazer num fim-de-semana e que vos deixa sentir toda a Londres, e, de acordo com a minha experiência (que cruzei com este one-day-guide), bater todos os must-do. Sintam-se à vontade para me corrigir nalgum ponto ou adicionar sugestões.

 

 

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27
Ago15

Como entrar na água em 6 passos: Maria Style

Maria das Palavras

A época balnear ainda não acabou e sei que os milhões de pessoas que me seguem (ok, as cinco pessoas que me seguem) estão ansiosos para saber a forma correta de se entrar num mar frio (até porque eu sou da zona centro e levo uma vida a praticar). Portanto, para quem não tem a sorte de se banhar nas praias das Caraíbas, aqui fica um guia muito próprio.

 

Pessoas na Praia - Maria das Palavras (PIxabay image)

 

Imaginem que chegam à praia cedinho, o Sol já se apresentou, os seus amigos querem ir à água e uma pessoa também alinha, mas tem alguma dificuldade em entrar de rajada. Siga estes 6 passos para entrar na água - Maria style: 

  1. A contemplação. Contemple o mar demoradamente enquanto questiona a sua capacidade de entrar na água gelada (leia-se: abaixo de 30º). Nesta fase é ocasional que as ondas tentem aproximar a água de nós e é essencial dar saltinhos ridículos para trás para não chegar a sentir a verdadeira temperatura da água, nem numa ponta do polegar. Leve todo o tempo que precisar. Tome atenção à sua envolvente, evitando crianças-chapinhadoras.
  2. O impacto. Molhe os pés e deixe-os de molho até que deixem de lhe doer os ossos (sabe o que é isto se se banha da Nazaré para cima). 
  3. A Habituação. Avance lentamente até a água fria alcançar a primeira zona de perigo situada entre a bacia e o umbigo. Lembre-se: o mundo será um lugar melhor assim que a sua cintura se ajustar à vida debaixo do mar. Nesta fase verá várias pessoas a chegar e mergulhar de rajada, salpicando-a instantâneamente. Não tema e aceite os salpicos como parte do processo de facilitação e entrada.
  4. O avanço. Dê passos pequenos enquanto se vai pondo em bicos de pés (adiando estupidamente o impacto da água em mais meio centímetro de pele) e suba os braços, dobrados pelos cotovelos acima do nível dos ombros e de mãos caídas, ao melhor estilo galinha-poedeira, avançado no mar. Não se esqueça de fazer cara feia. Quanto mais feia, mais o frio passa. Impropérios susurrados podem ajudar também. 
  5. O encosto final. Neste ponto já molhou as mãozinhas mas continua com os braços todos levantados em cima da linha da água e não desfez os bicos de pés. Respire fundo, tome balanço, limpe a sua mente e deixe que a zona difícil nº2 seja impactada pela água: a combinação ombro-sovaco. Mergulhe a cabeça de uma vez, se for necessário: pode ser que o cérebro congele e deixe de saber o que é o frio.
  6. A benção. Aguarde 2 minutos movendo-se freneticamente debaixo de água até se sentir confortável.

 

Ao concluir os seis passos o mundo tornar-se-á um sítio melhor e pode relaxar e divertir-se à vontade - fez por merecê-lo! É ainda importante manter a calma e resistir ao posterior gozo dos seus amigos, que entretanto foram almoçar, voltaram, jogaram Uno, bronzearam-se, mergulharam dez vezes, acabaram de ler a Anna Karenina e voltaram para casa. O importante é que conseguiu! Agora dê meia volta que já não são horas de estar na praia, vá. 

 

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19
Mai15

Guia simples para fazer malas complicadas

Maria das Palavras

As malas complicadas são as nossas (de mulher), mas a verdade é que muitos pontos deste guia servem para todos. Tenho anos a fio de experiência a fazer e desfazer malas, num CV bem recheado de viagens entre a terra-mãe e a terra-emprestada e abrilhantado por viagens de lazer para conhecer o meu país e alguns outros. Ganhei alguma prática e ligeireza que me empresta a ganância de achar que vos posso ensinar coisas.

Imagem: http://www.independenttraveler.com/

 

Costuma dizer-se que é tão difícil fazer a mala para dois dias como para uma semana, porque há coisas de base que têm sempre de ir. E, infelizmente, é bem verdade. Portanto vamos lá ver algumas regras essenciais by Maria para tentar facilitar a tarefa seja para que viagem for em propósito e duração:

1. Seleção, pós-seleção e pós-pós-seleção.

Comecem por espalhar em cima da cama ou outra superfície organizada tudo o que pretendem levar: entretenimento (livro, máquina fotográfica, telemóveis e outras tecnologias + carregadores), roupa interior, roupa de dormir, roupa de banho, roupa para o dia-a-dia, calçado e bolsas, potencial bijuteria ou maquilhagem, produtos de higiene, e proteção (casaco, chapéu, chapéu de chuva...).
Já está tudo? Agora tirem o que não vão usar. Vá, não se enganem. Tirem a sombra verde que nunca usaram antes. E os 5 tops que não devem usar - não precisam levar roupa a mais, a não ser que vão para um país sem lojas nem água potável, não se preocupem: vão conseguir sobreviver a emergências.
Já tiraram a primeira camada de coisas? Agora voltem a reduzir. Honestamente, vão mesmo usar aquilo? Vão mesmo ter tempo para vestir e usar tudo? Vão mesmo usar o creme para cotovelos que nunca usaram antes? Ou precisam mesmo de usar também nesses poucos dias o sérum para contorno do nariz? 

2. As cores neutras são as vossas melhores amigas.

Pretos, brancos, cinzentos, tons-terra do bege ao castanho escuro. Dão com tudo e vão bem entre elas. As peças essenciais devem ser desta paleta neutra (consoante as vossas preferências) e depois levam apontamentos de cor para não serem o aborrecimento em pessoa. 

3. Acessorizar com moderação.

Se cumprirem a regra acima ditada vai ser fácil cumprir esta: dois pares de sapatos e uma mala são mais do que suficientes. Quer-se um par de calçado mais prático (chinelos que tanto dão para andar no hotel como na praia e em passeios curtos) e outro confortável q.b. mas que componha mais o pézinho (ténis, sabrinas, sapatos confortáveis). A mala deve ter um tamanho intermédio e dar para usar com ou sem alça, variando assim o grau de formalidade. Só no caso de terem um evento muy chique para frequentar podem juntar um par de sapatos altos e uma mini-mala-chique (de preferência daquela molinhas que não ocupam tanto espaço na mala).

 

4. A roupa caracoleta.

Para já devem levar sempre que possível roupas que não se amarrotem com facilidade, depois devem usar a técnica milenar (ou não) que ajuda ainda mais a que não fiquem todas vincadas e melhor: ajuda a poupar espaço na mala em doses milagrosas. Enrolem a roupa. Enrolem a roupa. Repitam o mantra: enrolem a roupa.

 

5. Vistam tudooooooooo.

Tudo o que é mais volumoso vai convosco no corpinho. Sim, sim, têm de viajar confortáveis. Mas levam o par de calças maior nas perninhas e a maior parte das camadas que conseguirem vestidas: top, casaco, o lenço de emergência (que faz de casaco leve em caso de necessidade), o casaco maior, o chapéu na cabeça se  houver, a pulseira no pulso e os brincos nas orelhas, os maiores sapatos calçados, enfim...já perceberam a ideia, certo? Não devem ficar a parecer o boneco da Michelin, mas também não pensem só: vou levar o vestidinho leve com a chanatas e tudo o resto há-de caber na mala. Se der, ainda levam a máquina fotográfica pendurada ao pescoço e tudo. Sim, torna-se chato quanto têm de passar nas maquininhas do aeroporto. Mas isso é só uma vez e assim não desesperam com a mala.

E pronto, estes são os indicadores mais importantes para mim. 

Resta aceitaram para vocês mesmos que há sempre (SEMPRE) uma coisa importante de que se vão esquecer, seja a pasta de dentes, o creme protetor, o fato de banho ou os óculos de sol. Nesses momentos relaxem e pensem que tudo tem solução. Dêem graças porque não foi o BI ou passaporte e sigam viagem.

 

 

 

 

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15
Jul14

Mensagens de Amor: escreva a sua em três passos!

Maria das Palavras
Palavras e Cartas

 

O meu trabalho mete uma grande componente acerca de motores de busca e das pesquisas em si. Sabem qual é a expressão mais pesquisada relativa ao amor? A que dá título ao post: mensagens de amor.

 

São milhares de pessoas que se dirigem a um motor de busca na esperança que alguém desconhecido lhes diga o que hão-de escrever à sua paixão do momento (ainda que seja um momento eternamente prolongado). Como se alguém no mundo pudesse saber melhor o que cada um sente ou o que cada outro faz sentir.

 

Eu sei que falo do alto da minha gramática polida por centenas de livros que li e da minha paixão pela escrita. Mas também sei que no dia em que escrevi uma "carta de amor" (precoce) ao meu Moço (pronto, foi por email, sou batoteira) a sua resposta simples me emocionou tanto quanto o fariam mil versos de palavras decassilábicas com rimas perfeitas. Passo a cometer uma inconfidência e partilhar essa resposta: 

Não tenho muitas palavras para o teu mail (também não tenho jeito para a escrita) mas posso te garantir que o sentimento é mútuo e que fico feliz por sentires isso. É nos pequenos gestos que se vêm as grandes pessoas e tu tens demonstrado tudo isso. Desculpa se falo muito no futuro, mas sou um sonhador e neste momento fazes parte do meu sonho.


Ele não usou metáforas, nem outras figuras de estilo. Não mencionou as palavras paixão, amor, desejo, e ainda assim fez-me uma bonita declaração que guardo até hoje (no servidor de email, vá).

Por isso, para todos os que procuram palavras de outros, fica a minha sugestão para em três passos simples escreverem a vossa própria mensagem. Única, terna, verdadeira. E prometo que a pessoa do outro lado não preferiria nenhuma outra mensagem de copy-paste.

 


Escrever uma mensagem de amor em 3 Passos

  1. Pensar numa coisa única - um detalhe - que vos encante na outra pessoa. Uma característica física, ou de feitio, ou um hábito. Pode ser o cabelo sempre desalinhado, o fato de vestirem sempre azul, andarem sempre com um livro atrás, trautearem músicas enquanto conduzem, um riso engraçado, uma marca de nascença, separarem sempre a salada do arroz antes de começarem a refeição...qualquer coisa em que repararam já. Mostra que reparam nele/a, que é algo que não poderia ser escrito para outra pessoa.
  2. Pensar no que essa característica única vos faz sentir. Ou a pessoa em si, se a partir da característica for muito difícil. Arrepios? Vontade de correr para ao pé dela? Ternura? (não vale dizer tesão...ou vale, dependendo do cariz daque tencionam emprestar à mensagem)
  3. Compor as duas coisas numa oração. Por exemplo: "Sabes o que mais gosto em ti? A cicatriz que tens no lábio e tanto odeias. Dá-me a certeza que és real - custa acreditar." ou "Sinto-me a pessoa mais afortunada do mundo por ter o privilégio de te assistir a pentear a mesma madeixa de cabelo teimosa que te cai sobre a testa, todos os dias" ou "Para onde quer que vá tenho sempre na cabeça aquela música, a Happy do Pharrel Williams, porque andas sempre a cantá-la. Vês? Fazes-me feliz, mesmo quando não estás comigo."

 

E por aí adiante. Podem pensar nos locais onde já foram felizes e falar dessas memórias ou das intenções de lá voltar. Descrever primeiras vezes juntos (sem ser obrigatoriamente a óbvia). Se quiserem um dia faço um guia mais completo, com várias perguntas que podem tentar responder mentalmente, de forma a terem material para comporem um texto que dê para uma carta inteira em vez de uma pequena mensagem. A vossa carta, para a vossa pessoa. De mais ninguém, para mais ninguém.

 

 

Se precisarem de ajuda...bem, se estou para aqui com esta conversa toda, o mínimo que posso fazer é oferecê-la. Afinal desde que vi o filme Her que sonho ter a profissão do protagonista (que escrevia cartas de amor, como ganha-pão). O mail - para qualquer coisinha - é daspalavras[arroba]sapo.pt.


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