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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

21
Set17

Eu tenho-me em boa conta, mas...

Maria das Palavras

Uma amiga de faculdade veio falar comigo. Vai lecionar umas disciplinas na escola onde andamos, está um pouco à nora porque vai direta do estrangeiro para lá, sem hipótese de preparação. Contactou-me para saber se eu tinha alguns apontamentos, qualquer coisa que lhe servisse de orientação só para começar que pudesse enviar digitalmente, já que eu era tão organizada. 

 

Disse-lhe logo: não contes com isso, que eu sou daquelas que na altura se aplica, mas depois arruma para trás e esquece, portanto não terei organizado até ao fim as coisas. Além disso duas mudanças de casa depois...dificilmente encontrarei alguma coisa. Prometi que quando chegasse a casa procuraria, ela que me lembrasse. 

 

Cheguei a casa e dirigi-me à caixinha que tem CD-Roms antigos. Entre os outros todos (alguns nunca usados) três surgiram: 1º ano de curso, 2º ano de curso, 3º ano de curso - título Disciplinas e Apontamentos. 

 

Eu tenho-me em muito boa conta, mas não me sabia tão boa menina. 

Agora resta saber como lhe vou passar o material, visto que já não computadores com leitor de CD cá em casa!

 

 

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21
Jul17

Ops, o blog fez anos.

Maria das Palavras

À boa maneira de uma blogger que se ataranta com as tendências - a menos in do pedaço, há quem diga - esqueci-me de me dar uma palmadinha nas costas pelos 3 anos de blog, (não) comemorados no dia 11. 

 

Parece pouco. Talvez porque publico todos os dias, às vezes mais de uma vez, e isto de 3 anos significa 2.300 posts (este é o 2.301) mas já não me lembro de como era não ter este blog, não vos ter desse lado a ler. Tão pouco sei onde encaixei tempo para isto tudo quando o que não me sobra nunca é tempo. É a prova, posso supor, que quem caminha por gosto não cansa (odeio correr). 

Quase meio mihão de pessoas diferentes passou por aqui. Umas entraram só uma vez, muitas voltaram algumas, outras voltaram sempre e algumas reconheço pelos nomes. Um par delas são amigas para sempre. 

 

Mesmo sem me levar muito a sério e escrever dos dedos para fora, sem respeito a todas as boas práticas do marketing digital que até conheço, o blog cresceu enquanto a minha vida mudava e fui feliz em palavras digitadas. Criei recordações e 

Prontos para mais um ano de palavras?

 

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05
Jun17

Top 3 das frases que me tiram do sério.

Maria das Palavras

Angry Woman - Imagem Pixabay (raiva, zangada)

 

1. "Como te correu o dia?"

Tenho alergia a resumos do dia. Já vem dos tempos de escola, quando ainda nem tinha pousado a mochila e já me era requerido que falasse. Primeiro: não sou da marca de falar sobre a minha vida para a processar (talvez escrever sobre a minha vida). Depois, se houver algo relevante a dizer, hei-de chegar lá a meio de uma conversa devidamente contextualizada - ou se for demasiado relevante não preciso que ninguém me pergunte por isso que eu própria hei-de dizer logo. Terceiro: Obriga-me a um esforço mental que não aprecio para rever o dia que a) se correu mal não quero fazer, b) se correu bem tenham calma que já la vou nos meus próprios termos ou c) se não teve nada de relevante me força a admitir que foi um dia desperdiçado da minha existência. Conselhos para lidar com o assunto se quiserem que fale mesmo sobre o dia: primeiro mandem-se sentar e alimentem-me. 

 

2. "Mas já experimentaste [determinada coisa básica] para resolver esse problema" (por exemplo, se o computador apresenta um problema, perguntarem-me se já o reiniciei)

Resposta provável no tom mais irónico de que sou dona: Ah, não! Porque sou estúpida, é um problema que eu tenho. O meu cérebro não faz sinapses. De forma que a coisa mais óbvia não me tinha ocorrido. Mas também não posso ir já tentar isso, porque neste momento estou muito agradecida por te ter na minha vida, ó pessoa iluminada, meu salvador, e vou a correr construir-te um altar por me resolveres a situação, mas sobretudo pela oportunidade de te ouvir chamar-me imbecil.

 

3. "Tem calma."

Esta não é específica da minha pessoa. Funciona com qualquer mulher e o processo é o seguinte: a pessoa pode ou não estar enervada > usa-se a frase > a pessoa perde a cabeça. Não sei em que escola andam os homens, onde lhes ensinam que se nos mandarem ter calma, magicamente todos os nossos problemas se resolvem e ficamos SUPER aliviadas.

Expectativa:

- Oh não, o meu piriquito favorito morreu!

- Tem calma.

- Uff, boa, agora estou fixe. 'Bora enterrar o piriquito. 

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Realidade

- Olha, parti uma unha. 

- Tem calma.

- Ok, eu nem estava ralada por ter partido a unha, que até vou à manicura logo, mas tu achas que tens necessidade de me pedir calma? A mim?! Euzinha?! Eu estou MUITO CALMA e agora vais explicar-me porque é que achas que não!!!!

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10
Mai17

Diferenças entre a Maria que escreve e a Maria que fala.

Maria das Palavras

Maria das Palavras a beber cha

 

A Maria que escreve é mais meiga. Confessa ao teclado ou à caneta coisas que jamais diria em voz alta. Tem menos medo de se expôr. A Maria que fala tem sempre resposta para cá da ponta da língua, a cuspir uma espécie de sarcasmo diplomático, que entretém e convence quem ouve. A Maria que escreve também usa o humor mas tempera o grau de acidez. A Maria que fala também consegue ser doce, mas tem vergonha de usar algumas palavras, como se ditas é que elas ficassem registadas para sempre. 

 

A Maria que escreve usa a terceira pessoa para falar de si e das coisas que nunca quer esquecer. A Maria que fala acha isso parolo (até em quem escreve). É mais airosa e desapegada. 


A Maria que escreve quer deixar assente o que aconteceu e quando aconteceu para ter a certeza que um dia tem uma base de dados da sua vida, como se em 2023 fosse preciso saber em que dia esteve triste e porquê a 14 de Abril de 2017. A Maria que fala só quer reler as coisas boas para não recuperar sentimentos desnecessários no seu peito. A primeira revolve-os, apalpa-os, descasca-os, rói-lhes o caroço. A segunda ignora-os tanto quanto pode.  Deita-os fora. Sacode a cabeça para afastar o assunto. 

 

São essencialmente a mesma, mas olham de lado uma para a outra. Às vezes com desprezo. Outras vezes, a piscar o olho. Sobre uma chávena de chá.

 

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05
Jan17

Sou uma blogger de sucesso?

Maria das Palavras

Às vezes recebo algum comentário ou email que me empresta o título de blogger de sucesso (sim, normalmente é para pedir coisas). O que no sentido tradicional não é verdade. Não tenho leitores nem borlas suficientes (nem sequer recebo assim tantos emails), no mar gigante de conteúdos e opções que é a blogosfera portuguesa para assim poder ser chamada. Uma amiga de uma amiga diz que tudo é relativo. E aí eu entendo. Para alguém que acabou de começar ou que tem um blog específico sobre cactos irlandeses (e portanto 6 leitores fiéis ao longo dos últimos 10 anos) eu poderia chamar-me uma blogger de sucesso. Mas não gosto de me medir pelos outros. Até porque nesse caso teria de me medir também ao pé dos gigantes, dos mais-mais e dos médios da blogosfera e sentir-me o buraco de uma peúga.

 

Mas sabem uma coisa que posso fazer? Comparar-me comigo mesma e com as minhas espectativas. Estava a ver um vídeo da Camila Coelho acerca da maneira como começou a sua "carreira de blogueira". E da mesma forma que já vi noutras entrevistas de bloggers nacionais e internacionais (nomeadamente pipocas) há uma coisa que tenho de facto em comum com elas: quando comecei o blog não esperava NADA dele. Não o comecei (nem o continuei a alimentar) com o objetivo de ter mais de dez ou cem ou mil leitores por dia. De ter pessoas que me seguem e me ouvem e (também) me aconselham. Nem o comecei com o objetivo de ganhar uma embalagem de amaciador sequer. Nada. Se há coisa que tenho em comum (e é mesmo só esta*) com a maior parte das bloggers de muito sucesso é esta: o blog é muito mais do que aquilo que alguma vez sonhei ver dele. Mesmo à sua microscópica dimensão.

 

Não, não sou uma blogger de sucesso, pela definição do dicionário.

Mas sou uma blogger feliz e agradecida. Não será isso o sucesso?

*Mentira, a Camila Coelho também falou do apoio incondicional do marido. E eu tenho no Moço, desde o primeiro dia em que ele soube do blog (não, não foi logo), o meu fã nº1. Faz bem. Eu também sou a fã nº1 dele.

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23
Set16

12 Coisas que provavelmente devia saber fazer aos 30 (e não sei)

Maria das Palavras

1. Coser meias

Posso sempre pegar numa agulha e linha (será que tenho alguma em casa?) e enroscar furiosamente o buraquinho na meia até ter a certeza que não abre. Claro que depois parece que a meia tem um tumor...Já vos disse que a minha avó é costureira?

 

2. Usar lixívia na roupa

Nunca estraguei uma peça de roupa (o segredo é usar sempre só dois programas da máquina e nunca arriscar) e não quero começar agora. Na dúvida...não uso. Se ficar amarelada é porque o tom baunilha está na moda (está?).

 

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3. Manter salsa viva

Penso que tenho comprado sempre salsa suicida. O que que queria mesmo comprar era salsa-camelo (daquela que pode passar 40 dias no deserto sem beber água).

 

4. Manobras de reanimação

Pois se em 30 anos de vida nunca me deparei com uma situação em que fosse necessário, isso deve querer dizer que a probabilidade aumentou a partir de agora, certo? Ao menos tenho de aprender um Heimlichzinho.

 

 

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5. Fazer um "mojito"

Pronto, eu não bebo...mas...também não como cogumelos e sei fazer um guisadinho destes fungos que é a delícia de muitos. Tenho de fazer um curso de barmaid

 

6. Compreender a bolsa

Quer dizer, eu em teoria até percebo o conceito e o que faz subir e descer o valor de cada ação. Mas continua a ser impensável para mim ganhar e perder dinheiro com especulação e possivelmente até apenas rumores. (In)felizmente nem se põe a questão de investir, logo não me atrapalha.

 

7. Dizer "desculpa"

Nas pequenas coisas sim, claro, digo sempre. Nas importantes é que a palavra tem travão. E às vezes é a forma mais fácil de tudo ficar melhor, mesmo que as desculpas sejam para evitar.

 

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8. Tocar um intrumento

Já toquei piano e - não digam a ninguém - clarinete. Tenho noções básicas de música e não sou um burro a olhar para um palácio se me estenderem uma pauta (pouco intrincada). Mas...só me sobrou o dom de tocar as pombinhas da Catrina no teclado. Paciência. O sobrinho gosta.

 

9. Mudar o óleo do carro

Ehhh. Pois. Neste momento nem tenho a certeza se ainda me lembro como se abre a capota...é capota que se diz? Sou a vergonha da minha classe.

 

10. Dançar uma valsa

Com a salsa já vos disse que não me entendo. Nas outras danças é igual. Mas sei dançar bailarico ao som de Quim Barreiros, conta? Aqui está o Ricky Gervais a tentar o Mestre da Culinária. 

 

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11. Receber elogios

Começo logo a passear o olhar pelo tecto, como se fosse maluca, e encolho o queixo até ficar com três. Também consigo corar, o que dá sempre jeito (só que não). Até me safo a agradecer com palavras, mas a reação física diz tudo: coitadinha. 

 

12. Atirar ou apanhar qualquer coisas

"Ok, atira as chaves" é uma frase que ao pé de mim acaba sempre mal. Ou sou eu a atirar e atiro com tão pouca força que me caem aos pés (ou tanta que atingem diretamente o olho do recetor que fica a sangrar) ou sou eu a receber e a coisa atirada já sabe que vai parar ao chão. De chapa.

 

 

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E vocês? Sabem fazer estas todas? Vá, não me desanimem, sejam verdadeiros. Em quais falham?

 

 

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27
Ago16

Uma foto da semana, se me dar na gana #4

Maria das Palavras

Junto ao Tejo | Maria das Palavras

 

[Estou junto ao Tejo, neste dia muito especial que foi o Domingo passado. Estou pelos olhos do Moço, que na verdade são os que me vêm pior. Tem aquele tipo bera de cataratas que me atribuem todas as qualidades do mundo. Aos olhos dele sou linda, inteligente, generosa. E se é verdade que a espaços consigo ser alguma das três coisas, na maior parte do tempo não sou nenhuma delas. É do tipo de cataratas. Creio que lhe chamam amor. Se identificarem o pézinho do pequeno que agarro no muro, ficam a saber porque foi um Domingo tão especial. Também tem tudo a ver com amor.]

 

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08
Ago16

A Maria do pé-sujo

Maria das Palavras

Da coleção: factos sobre mim. Ando sempre descalça. Quando chego a casa não tenho aquele impulso (vivido por muita gente) de mudar para "roupa confortável" - se a roupa não for confortável, não a visto e pronto (nem acredito que giro e confortável tenham de ser antónimos). Nem sofro da pressa para desapertar o soutien. Mas descalço-me. Logo. Não porque os sapatos me martirizem ou porque tenha o síndrome sapato-não-entra (longe disso, já vos expliquei aqui). Porque gosto, porque quero, porque posso. E não me importo se o chão está acabadinho de lavar ou a precisar de um pano (em vez de pés), se tenho de ir à varanda polinizada buscar roupa, ou se está frio. Por isso, frequentemente, tenho os pés de um mendigo morto (sujos e frios). Ou do Hobbit, mas de um tamanho aceitável e com menos dois ou três pelos. O que justifica que a par do "bom dia" ou "amo-te muito" as expressões que o Moço mais me diz são "vai-te calçar" ou "vai lavar os pés". Nobres variações do clássico de adolescência entoado pela minha mãe: "não andes descalça". 

 

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