Imagino se levasse rosas na mão...
O Moço foi despejar o lixo e voltou a casa encantado porque só de sair à rua lhe cheirou a maresia.
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O Moço foi despejar o lixo e voltou a casa encantado porque só de sair à rua lhe cheirou a maresia.
Fomos espreitar o encontro de estátuas vivas em Espinho (não foi tão assustador como soa).
Moço: Isto deve ser muito difícil. Eu não ia conseguir estar quieto tanto tempo.
Maria: …tu nem sequer consegues estar quieto ao nível de um humano normal.
Em caso de dúvida ler aqui.
1
A cama nunca mais voltou a acordar com os lençóis no sítio. Não, não estou a ser ordinária. É que eu entro e saio da cama quase sem ela dar por mim. E durmo direitinha, perpendicular à linha dos lençóis, sossegada. Ele dorme assim:
2
A TV voltou a estar sempre ligada e há música por todo lado. Perdi há muito o vício da TV por companhia e passei a preferir o silêncio como banda sonora de quase tudo. Já ele: Porto Canal e Spotify ao poder.
3
A cozinha começou a ser frequentada. Sim, cozinhei tanto desde fevereiro, como uma pessoa normal cozinha num dia só. Eu juro que não era assim quando morava sozinha A.M. (antes do Moço). Mas parece que o facto de saber que era uma situação passageira deu lugar a uma preguiça que eu sempre soube que possuía. Portanto "preparar o jantar" passou a ser "ir buscar qualquer coisa ao frigorífico" e "pôr a mesa" era basicamente "tenta não fazer muitas migalhas no sofá".
4
Há “coisitas” espalhadas pela casa toda. Eu nunca fui freak da limpeza (até porque isso é uma mania que dá muito trabalho) mas sou obcecada por ter as coisas no lugar. De maneira que a minha casa podia fazer parte de um catálogo (não da Caras Home, mas do Povo’s Home, sei lá) a qualquer dia da semana porque toda a confusão está perfeitamente dissimulada. Agora já não: o iPad mora em cima do sofá, as calças que se tiraram moram em cima da cama (“porque são para voltar a vestir”, como se o resto da roupa fosse descartável), a mochila ficou pousada na entrada e o garrafão de água não desceu da bancada depois de ser usado.
5
O lugar que já tinha passado a ser a minha casa, agora passou a chamar-se lar. Agora sim: mesmo que ainda faltem trocar candeeiros, a mudança está feita e a vida nova começou.
Nunca sei exatamente onde ficam os limites do que devo partilhar aqui ou não. Em teoria, sei: tudo o que é da esfera muito íntima fica de fora. Na prática, escrevo coisas neste blog que jamais diria em voz alta e parece-me que isso é mais íntimo que o número da segurança social. Assim sendo, vou levando a coisa como me apetece e dentro de bom senso.
Alguém notou num comentário: não tens falado do Moço. E é verdade. A explicação é simples, mas não a tenho partilhado tanto como o tempo que ocupo a pensar nela e, olhando para trás, parece-me de mau tom, visto que tanto vos chaguei (e continuo a chagar) com a mudança que levou a minha vida e até me roubou tempo para escrever aqui mais e melhor.
O que se passa é que o Moço deixou de morar comigo. Pelo simples facto de ainda estar a trabalhar em Lisboa e eu me ter mudado para norte já há uns meses. Parece que o fim desta situação está à vista, apesar de ainda não ter data marcada. No entanto, passamos muito pouco tempo juntos e há muito menos episódios típicos nossos para vos contar. Já para não dizer que eu sou completamente inapta para relações à distância (tenho confirmado, mas já desconfiava), visto que gosto pouco de falar ao telefone para mais que coisas práticas e no geral sou estranha de saudades.
Tudo somado e dividido, tenho tido menos tempo para o Moço do que para o blog (sim, ainda menos) e isso reflete-se em cada texto. Mas está tudo bem, agradecida pela preocupação. Continuamos a ser os mesmos tontos apaixonados - mesmo quando passamos vários dias que mal falámos, quando tudo o que falamos são ninharias, até quando nos zangamos a sério. E isso é que interessa.
Que o mote deste atribulado 2017 que hoje te concede 31 voltas ao sol, continue a ser o mesmo pela nossa vida fora.
#estamosjuntos
Excepto quando tenta falar espanhol.
O Moço andou uns dias com tonturas (ou vertigens, é discutível). Pensámos que era só do cansaço mas afinal tudo aponta para problemas de ouvido interno, nomeadamente algo a que chamam "cristais desalinhados".
Eu sei o que estão a pensar agora. Foi o mesmo que eu pensei.
Cristais dentro do ouvido?! Ele com cristais e eu com bijuteria na orelha?! Não oferece nem um à namorada?! Forreta. Já nos estivemos a entender melhor...
[aceitam-se dicas e partilhas de experiências, btw]
Raciocínio do Moço: antigamente os miúdos que dissessem asneiras levavam com pimenta na língua. Com estas inovações, estão feitos ao bife. Levam logo com cinco.
Enquanto jantamos, vemos um dos empregados que se desequilibra e deixa cair meio batido em cima de um braço e o outro no chão. Diz o Moço:
- Pelo menos já sabemos quem é aqui o Great Portuguese Disaster.
Olá Moço é mesmo a única pessoa no mundo que despreza a ideia de jantar no sofá enquanto vê TV, não é?
(Em dias excepcionais, claro. Não como norma!)
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