Não jogo isso do Pokémon Go.
Pelo mesmo motivo que não vou ao ginásio.
É preciso mexer-me.
[Por isso, talvez até seja um bom jogo. E eu sou definitivamente uma batata.]
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Pelo mesmo motivo que não vou ao ginásio.
É preciso mexer-me.
[Por isso, talvez até seja um bom jogo. E eu sou definitivamente uma batata.]
A falar com um grupo de amigas chego à conclusão que todas já bebem um litro e meio (ou mais) de água ou chá, ou estão a mudar os seus hábitos alimentares de acordo com objetivos de saúde ponderados, ou estão inscritas no ginásio (ou crossfit!) ou fazem exercício em casa com vídeos de Youtube, O Instrutor ou várias das opções mencionadas.
Se forem lesmas amorfas e sem força de vontade, como eu, por favor deixem a vossa inscrição nos comentários abaixo. Estou à procura de novas amigas. É que ainda não me sinto preparada para aquilo do "se não consegues vencê-los, junta-te a eles".
Se há duas coisas que eu não sou é teimosa e orgulhosa. Como bem podem ver pelo relato seguinte.
Eu já não tinha de sair de casa por mais nada. Estava ao computador, quentinha e de chinelos fofos. Mas lembrei-me que tinha de ir deixar umas encomendas aos CTT. Foi aí que algo aconteceu. Lembro-me como se fosse hoje (foi hoje). Percebi que não queria mesmo sair de casa, por nada desta vida, nem para ir aos CTT, que é aqui a 7 minutos a pé, num misto de preguiça e pouca vontade de enfrentar o temporal lá fora.
Logo eu, que sou daquelas pessoas boas para sobreviverem a castástrofes que incluam ficar fechado em silos subterrâneos durante alguns anos, visto que me oriento perfeitamente feliz durante longos períodos entre a cama e o sofá (acho eu, nunca aconteceu). Sim, sim, viajar é das coisas que mais gosto na vida, gosto mais de ir ao cinema do que ver filmes na TV, adoro passear, mas enfim, não deixa de ser verdade que comparando com outras pessoas sou uma menina bem caseira (nada a ver com as tais das caseiradas).
Assim, decidi mandar uma mensagem ao Moço, que já estava fora de casa:
Não me apetece nada ir aos CTT...
Como é óbvio o que eu queria dizer com isto era: estou tão preguiçosa, não me apetece mesmo nada sair de casa agora e gostava que passasses lá tu depois de ires ao ginásio, que até é lá perto, e ainda melhor era seres tu a oferecer-te para eu não me sentir culpada por te pedir. Óbvio. Ora ele, que sendo homem não percebe duplos sentidos, muito menos múltiplos - e diga-se que também não acabou ainda de estudar todos os fascículos do Grande Dicionário de Mulherês para Português - disse, muito descansado:
Vais mais tarde.
Ora porra, não era assim que era suposto ser. Olhei para a janela, onde batia chuva tão violenta que era capaz de vergastar um olho. Disse-lhe que não, não me apetecia de todo sair de casa - tipo, o dia inteiro. E ele?
Se quiseres eu passo aí para te ir buscar e vens de carro comigo.
Pronto, desisti. Disse-lhe que ia sozinha, obrigada. Aí ele lá se lembrou da hipótese de ir só ele. Mas eu já tinha dito que ia eu, por isso ia eu. E foi assim, que saí para a rua fria, tão tarde quanto o horário de encerramento dos CTT me permitiu, para fazer aquilo que podia gentilmente ter pedido ao Moço para fazer.
E depois existo eu, que continuo a vestir manga curta porque ainda não venci a preguiça de ir trocar a roupa do armário pela que está arrumada há meses (com todo um processo de potencial seleção e lavagem pré-uso pendente).
Acordei durante a noite com um violentíssimo ataque de tosse. Um acidente prestes a acontecer. A boca seca, o copo de água vazio, a bexiga cheia. Tentei ao máximo controlar-me e adormeci. Levantar-me é que não.
Quando tiras a àgua quente da máquina do café.
Eu também fazia isto (e com idade para ter muito juízo, já). Às vezes, porque sou bicho de me deitar cedo, também ligava com o telemóvel para o telefone de casa para pedir silêncio a quem estava na sala.
Por cada vez que me dá a sede, mas a preguiça de ir buscar água vence, e escrever-vos-ia agora da minha ilha privada.
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