A chegar aquela altura do ano.
Em que todos os dias adio mais um dia a troca da roupa de verão pela de inverno.
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Em que todos os dias adio mais um dia a troca da roupa de verão pela de inverno.
Quem nunca reparou, só quando ia a sair de casa, que já levava uma nódoa na roupa, mas por falta de tempo e paciência, e assumindo que a consegue esconder q.b., segue o seu caminho sem se mudar.
[Caso de ontem. Mas para esconder a nódoa q.b. tive de assumir uma espécie de postura "parti o braço" durante o dia todo.]
Eu tenho um equilíbrio delicado entre a roupa passada e por passar. A minha mãe veio cá e estragou tudo. Passou-me um monte de roupa a ferro. Esvaziou-me a percentagem de roupa que pertence ao cesto de amarrotados. Agora não tenho onde a guardar toda.
#mulherdeumsóroupeiro
Por causa deste post em que queria ilustrar com algumas peças como ainda era cedo para começar a dizer adeus ao Verão, andei a passear (mais do que devia) no site da La Redoute. Conclusão: desgracei-me.
O vestido já tinha visto há uns tempo (adoro este género de camiseiro - ou lá o que é, a blogger in não sou eu) e estava pornograficamente a metade do preço. A blusa, em vermelho, sorriu para mim por menos de 10€, e comecei logo a imaginar-nos felizes, a dar longos passeios na marginal, abraçadas. O outro vestido...enfim, combina lindamente com o meu cadeirão amarelo da sala: como resistir a esse match made in heaven?
Tinha prometido a mim mesma que ia começar a poupar para umas férias das BOUAS (assim mal escrito e tudo, para verem o nível de qualidade) e vocês fazem-me isto (obrigam-me a andar no site da La Redoute para ver conteúdos para o blog).
Ao menos elogiem as peças. Vejam-nas lá e digam nos comentários: ui, adoro esta e sei como não conseguiste resistir àquela. Qualquer coisa que me convença que fiz a coisa certa.
Qual é a vossa favorita? Ou qual é que eu devia mandar devolver? Sejam fofos e repondam, respetivamente: todas e nenhuma.
Às vezes cometo este pecado, mas tento não o fazer: não viver o presente, já a pensar que o que é bom acaba. Como quem ao meio-dia de Domingo já suspira de miséria porque na segunda às nove se acabou a liberdade. Como quem na segunda música do concerto já se começa a lamentar porque não tarda acaba. Como quem está a começar a semana de férias e já chora lágrimas de sangue porque é só uma semana e passa num instante.
Foi isso que senti ontem ao ver as coleções de Outono a entrar. Parem o barco que eu quero sair. Ainda nem senti o Verão em toda a sua força e já querem por força enfiar-me num casaco de cabedal (antes isso que um colete de forças, mas ainda assim...).
Vamos só fazer uma pausa e apreciar as belezuras a usar no verão poder ser? Carpe Diem, porra.
Podem clicar para ver detalhe e preço. São La Redoute e Prof e meio puxadotas, mas pressupõe-se que de qualidade. Duas são peças de "tamanho grande" porque infelizmente nem toda a roupa é feita em todos os tamanhos e decidi juntar ao lote, porque as achei peças giríssimas e sei da dificuldade que às vezes há em encontrar roupa para todos os corpos e feitios, não é Magda?
Portanto vão 23 dias sem comer qualquer tipo de doce, comida processada, gorduras saturadas, fritos, gelados...meu Deus, GELADOS. Vou para experimentar um par de calças que ainda há uns meses me serviam (ou serão anos e eu tenho roupa a mais e nem tenho dado por elas?) e não passam desta anca de parideira (sem filhos). É que nem com exercícios de ioga ou manteiga aquecida a escorrer nas dobradiças. Não passam.
Agora tenho duas opções.
a) Choro baba e ranho enquanto ligo para a telepizza (carbonara extra queijo com pepperoni em vez de cogumelos, faxabor).
b) Convenço-me que preciso mesmo é de arranjar uns modelitos novos. Sendo otimista: é a oportunidade perfeita para ir às compras.
Não sei se já vos disse que esta blogger malfadada, pouco merecedora desse epíteto, nunca na vida teve calças da marca em questão (se clicarem nas imagens, lá chegarão). Mas como ganhei uma paixão assolapada e inexplicável pelo modelo do meio (para não dizer por estes três), o qual apelidei carinhosamente de Floribella Wannabe, creio que vou usar o dinheiro que ando a poupar em batatas fritas (provavelmente não chega, já viram o preço logo dessas?), para me dar uma recompensa pelo esforço que ando a fazer. Isto se ninguém mas quiser oferecer (para já a marca ainda não se pôs na fila, mas se alguém tiver contactos que grite, que eu faço olhinhos de gato das botas).
Em vez de estrear roupa com veludos e lantejoulas no Natal, uso a mesma camisolona de lã de ontem (e do ano anterior).
Mais alguém sem vontade de trocar a roupa de Verão pela de Inverno? Pelo trabalho que dá, que o corpo já vai pedindo menos bíquinis e mais lãs, mesmo...
Mas que tal eu embrulhada num lacinho? Tenho uma séria paixoneta por blusas e vestidos de costas abertas. E esta em particular tem o defeito de estar com um preço quase tão bonito como a camisola. Não acham que ela pertence no meu roupeiro?
E porque é que é tão óbvio que eu não estou a pedir que ma ofereçam pelo Natal? Porque se ma oferecessem no Natal eu não a podia usar no jantar da consoada, como gostaria. Portanto: óbvio. Não é para que ma ofereçam no Natal. Tem de ser antes...
Agora a sério...antes que eu me esbardalhe nas contas e esvazie a carteira só porque estas peças todas estão a menos de 15€ (menos as botas) temos duas opções: a) vejam lá qual gostam mais e aconselhem-me para eu comprar só essa. Ou b) façam uma vaquinha e por todos ofereçam-me as minhas peças eleitas todas. Pronto. Era isto. Obrigada e voltem sempre.
O xailinho de malha larga que levo aos ombros foi a minha avó que mo fez. Guardou-o no meu enxoval até ao dia que mudei de casa para morar com o Moço. Reparem que não mo deu enquanto morei sozinha, apesar de eventualmente o Moço também se ter mudado para lá comigo. Deu-mo quando arranjámos os dois a nossa casa atual. Disse-me que era um espera-maridos. Para as mulheres se aconchegarem um pouco enquanto o marido não vinha da pinga ou da lavra. Não me casei, mas ela esperou pelo momento certo para mo dar.
Quando as temperaturas começaram a descer fui buscá-lo à gaveta dos pijamas, onde o guardo, ao fundo. Sabe bem, quando não há tanto calor que se precisa de mais uma camada, mas já faz falta um aconchego aos ombros. Sentei-me no sofá ao pé do Moço (por quem efetivamente espero muitas vezes) e perguntei-lhe se sabia que aquilo era um espera-maridos, com um tom terno, de quem vai contar exatamente o que vos contei. Diz ele, com ar gozão:
- É agora...isso é um xaile de avó!!
Pronto, não me chateei porque também é efetivamente um xaile. Que efetivamente é usado por pessoas de idade - está para vir a tendência para as mai'novas outra vez quando a primeira blogger IN publicar uma foto de xaile. Mas depois fui ao Google pesquisar por espera-maridos e percebi a desilusão dele. Além dos xailes e de alguns doces assim chamados, há toda uma categoria têxtil de espera-maridos com a qual ele talvez ficasse mais entusiasmado...
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