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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

26
Out16

A técnica de Pomodoro (e a app!)

Maria das Palavras

Perguntas: Ai Maria, que raio, não te cansas de escrever no blog todos os dias? E como é que tens tempo para isso?

Respostas: a) Às vezes canso-me e b) não é fácil. 


Claro que não estou exatamente "aqui" todos os dias e se sei que me vou ausentar e não vou ter tempo escrevo algum post que agendo quando estou mais folgada para publicar em momentos de ausência. E quando "estou" organizo-me para não me perder. Esta é a parte difícil. Concentrar-me numa coisa de cada vez, quando só no computador há tanta coisa por fazer (e fora dele mais um mundo). 


Recentemente li acerca da técnica de Pomodoro, registada por Francesco Cirillo. Basicamente centra-se no conceito daqueles temporizadores de cozinha. Sabem?

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A ideia é que durante o "tempo Pomodoro" a pessoa se concentre unicamente naquela tarefa (25 min), sem outras distrações, mas ao fim desse tempo desvie os olhos e faça qualquer coisa mais divertida ou diferente - de preferência física - por um pouco (5 min). Parece que estamos sempre a parar, mas na verdade, é uma técnica que ajuda comprovadamente à produtividade. Segundo o pomodorotechnique.com devem seguir-se alguns passos e regras: por exemplo, calcular quantos "Pomodoros" precisamos para cada tarefa, certificarmo-nos que durante a contagem afastamos todos os estímulos exteriores (ou seja, fechamos a tab do facebook e afastamos o telmóvel com a janelinha de Whatsapp) e aproveitar de forma inteligente todo o tempo do contador.

 

Não, não precisam de ir à cozinha! Nem ao IKEA! Há várias apps e extensões desta técnica (procurem por Pomodoro). Claro que qualquer temporizador faz o mesmo efeito, mas já agora, vamos usar a técnica com estilo, não? A que estou a usar é uma extensão do Chrome chamada Simple Pomodoro. Usem e abusem dela, adaptando às vossas necessidades e tempos (podem diminuir o tempo de trabalho ou aumentar a pausa, consoante vos aprouver, desde que não abusem e respeitem o conceito, senão não vale de nada). Há-de ser muito bom para várias atividades, mas parece-me que funcionará lindamente para estudar! Experimentem. Bom trabalho!

 

Pomodoro Add ON

 

 

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19
Out16

Apoio ao Cliente para o Apoio ao Cliente

Maria das Palavras

Call canter (imagem Pixabay)

 

Depois de um terceiro contacto frustrante relativamente à falha de serviço de TV pus-me a pensar nisto. Eu sei que a culpa não é dos assistentes telefónicos, ou no chat, muitas vezes contratados através de terceiros, separados da empresa, com acesso a pouca informação senão os guiões que os fazem parecer robots. Eu também já trabalhei num call center (que era inbound, o que até facilita) e já me senti tonta por ter de repetir saudações e fórmulas mágicas sem as poder adequar ao cliente ou à conversa. 

 

Eis o que faz falta: um apoio ao cliente para o apoio ao cliente. 


O que em teoria até deve existir em muitos casos, mas na prática se traduz em "bola" (estou a fazer gesto de zero com os dedos) para todos. Eu percebo - a menina não tinha mais nada para me dizer senão que "estamos a resolver com a maior celeridade possível", ou o "espero que aguarde" ou o "preferíamos que não houvesse problema nenhum". Mas como eu não fui ao chat para fazer terapia e sentir-me validada na opção de "aguardar" pacientemente, o que procuro é algo mais tangível: estamos a fazer X para resolver a questão Y, neste momento o departamento Z está a tratar da última fase, estimamos que esteja resolvido em menos de W horas, gostaríamos de o compensar com um saldo de P no vídeoclube.

O problema não é da menina. É da marca, da empresa por quem dá a cara, que tem de ter o cuidado de veicular informação mais detalhada para disponiilizarem ao cliente. Que tem de agir em situações de crise (mesmo que seja uma mini-crise como uma falha do gravador do serviço de TV) facultando aos assistentes a capacidade de atribuir formas de compensação ao cliente. Senão criam-se frustrações várias:

 

1. O cliente-papagaio

Quando se vai ao chat um dos campos obrigatórios é o assunto. Eu digito: "Para quando a reolução do problema com o gravador da box de TV?". Aguardo um bocadinho e quando o assistente chega o que é que pergunta: QUAL É A MINHA QUESTÃO! Deixe-me repetir...

 

2. A balança a pender para o lado

Quando chegamos às 50 linhas de conversa eu já repeti o problema e assistente já sabe (porque perguntou) quando o reportei, quantas vezes reportei, o meu nome, o meu NIF e como estou vestida. Finalmente, depois do interrogatório (parece que é para despistar ameaças terroristas no chat ou então devem ter muitos casos de pessoas que nem são clientes e querem mesmo passar o dia nos chats a conversar com a operadora) eu tenho uma única pseudo-resposta para a questão lá de cima: vou ter de aguardar. A sério? Eu passei cinco minutos a responder às suas questões e você não sabe responder à minha? Tendo em conta que é uma falha genérica...não podia ter dito logo antes de perder tempo...Faz lembrar aqueles encontros em que só ela é fala que se desunha e ele faz a-hã a-hã a-hã e no fim "vá, foi giro, depois ligo-te" #sóquenão.


3. A sensação de vazio

E não é só porque ainda não tomei o pequeno-almoço. É porque aí vão três contactos que não foram senão perda de tempo. E no fim, a pessoa que lá tenta ajudar sem ter ferramentas para isso diz (porque está no guião) "Posso ajudar em mais alguma coisa?". Como se tivesse podido ajudar nalguma. E lá vou eu, sem respostas, sem serviço de TV, sem aqueles minutos da minha vida, continuar o meu dia. 

 

Conclusão: a falha no serviço de TV, ainda por cima temporária nem me afeta assim tanto. A falta de uma resposta eficaz que de facto me assegure que sou valorizada enquanto cliente, afetou-me mais um bocadinho. Grande.

 

 

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15
Set16

Que horas são?

Maria das Palavras

Burguer O'Clock - Sugestão Maria das Palavras

 

 

Sei que tenho algumas leitoras de Sesimbra e queria aproveitar a oportunidade para fazer duas coisas: recomendar-lhes esta hamburgueria OU bater-lhes se já a conheciam e não me disseram nada. Fomos lá por insistência da minha irmã no aniversário da minha avó (avós fixes comemoram aniversários em hamburguerias da moda) porque estávamos na zona, tinha bom ar, os preços eram ajeitadinhos e tinha opções que davam para todos os esquisitos do grupo (bifes para o meu pai, pão de banana para a minha mãe, opção vegetariana, peru, etc...cada um com a sua mania). 

 

Imagens Burguer O'Clock Sesimbra - Sugestão Maria das Palavras

 

Adorei. Tem muito mais do que hambúgueres e os hambúrgueres enchem um abade. As entradas são deliciosas e o linguini nero com camarão ficou-me debaixo de olho. Aliás, basta dizer que tem o selo de recomendação da minha avó.

Mas vou confessar-vos uma coisa: a comida era boa (e bonita, que também faz falta os olhos comerem), mas o serviço é que foi verdadeiramente genial. Não têm aqueles fru-frus de muito restaurante da moda em que não dá para trocar ingredientes ou tem de se pagar à parte. Mais - gostava mesmo de saber o nome para lhe deixar aqui uma pancadinha nas costas sentida, - um dos rapazes (não é o da foto, mas admito que possa ser igualmente prestável) até fez um molho especial para o Moço, que não estava na carta! Creio que na foto ele é aquela cabecinha ao fundo, precisamente a preparar  molho. Os ingredientes dos outros molhos tinham todos maionese que o Moço não pode comer e ele faz-lhe um especial com iogurte e lima (e mais uns perlimpimpins) que estava uma delícia. E fez com gosto, com toques disto e daquilo, não foi só para desenrascar.

 

Recomendo o sítio, pois claro. E recomendo um aumento para o tal rapaz que teve todo o impacto na nossa opinião e nesta recomendação. Porque foi muito além da sua obrigação. Ide lá meninas de idade casadoira que ainda por cima este potencial chef está solteiro, de acordo com uma das vizinhas da esquina que lhe gritou cusquices e fez perguntas indiscretas quando íamos a sair. Ahahahah

 

Mais Sobre o Burguer O'Clock

 

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Sesimbra (Rua Dr Peixoto Correio 67):  5ª a 3ª das 11:00 à 01:00

Contacto: 210 895 374
Cotovia (R Fernando Caldeira 8A Sampaio): 2ª a 5ª das 11:00 às 18:00, 6ª e Sáb das 11:00 às 24h.

 

 

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13
Jul16

5 Sites do Ca'tano para Planear uma Viagem

Maria das Palavras

Assumindo que já sabem onde querem ir e contaram os trocos disponíveis, sem chegarem à conclusão que só dão para chegar ali ao café do Sr.Américo que é na esquina, chegou hora de porem as mãos na massa e pesquisar, pesquisar, pesquisar...e marcar. Eis os sites e ferramentas que uso normalmente para planear e marcar as minhas viagens in and out (links nas imagens).

 

 

Booking.com

 

 

Dizem que já não compensa em termos de preço, mas continua a ser uma das ferramentas de pesquisa mais poderosas para o alojamento (seja hotéis, apartamentos, turismo rural), com uma série de reviews bem categorizadas, muita informação e muitas fotos bem selecionadas. Mesmo quando não marco alojamento através do Booking vejo sempre - SEMPRE - a página do Booking para descobrir mais sobre ele e tomar uma decisão final. Claro que é preciso ter um filtro ao ler os comentários. Há utilizadores capazes de classificar mal um alojamento porque o pequeno-almoço era fraco por não ter rúcula selvagem colhida ao pôr-do-sol.

Airbnb

 

Para apartamentos, em modo particular, é uma ferramenta fácil, cheia de opções de filtros para pesquisar exatamente o que queremos e intuitiva. Promove o contacto com os donos de alojamentos particulares de forma segura - eles pedem sempre identificação para ficar registada na base de dados tanto do lado de quem tem a casa para arrendar, como de quem quer lá ficar. Atiro-me normalmente para os que têm mais comentários (positivos, claro) e com um fator prioritário: localização.



TripAdvisor

 

Embora também sirva para aconselhar sobre alojamentos e pontos a visitar, uso sobretudo este site para descobrir sítios para comer. Fora do país já se revelou uma salvação. Dentro do país também nunca me falhou. Ultimamente, por cá, também tenho gostado muito do Zomato - perco-me por plataformas com fotos dos menus. 

Odisseias

Claro que é impensável que a escolha recaia fora da Odisseias, se temos vouchers na mão e escolha por todo o país. Já fiquei em sítios fantásticos que só descobri por causa dos packs (Monte Góis ao poder) e já comi em sítios - onde quero sempre voltar - também por causa da Odisseias (ai aquele bife com queijo da Serra no Hotel da Montanha...). Referi exemplos antes de ter uma parceria, sempre com packs que me ofereciam à mão ou vouchers comprados no site. Hoje em dia, por causa da parceria, estou sempre a passear no site e ainda me perco mais.

 

Opodo

 

Se é para andar de avião, a primeira pesquisa, certinho como a morte, será na Opodo. Um agregador de opções de voo que se tem revelado sempre imbatível. Às vezes compro lá, outras vezes vou direta à operadora depois de descobrir o voo ideal lá. Mas passo sempre, sempre. E é a primeira visita quando começo a sonhar com um destino - para perceber o grau de realismo de eu chegar a esse destino num futuro próximo. Ainda não usei decentemente o Google Flights, que supostamente faz isto tudo e ainda melhor, mas uma vez tentei e não encontrei o que queria, enquanto o Opodo nunca me falhou e recomendo de forma segura.

 

Blogs: Turista Profissional

Dica extra:

Na finalização do plano de viagem (já vos disse como faço aqui) e mesmo depois, na preparação para a viagem já marcada, procuram-se sempre os guias de viagem. E se é verdade que os guias formais são úteis e bem organizados, não é menos verdade que as dicas mais preciosas são as das pessoas que escrevem sem estarem limitadas editorialmente. Aquelas que além de te dizerem que o bilhete do metro custa 2€, te explicam que se disseres que só vais até à estação X só pagas 1€ ou te dizem que as bananas da banca do canto do mercado é que são as melhores, ou acrescentam que, sim, são só 10 minutos a pé, mas é a andar em calçada irregular e não aconselham o caminho. Os blogs brasileiros e e em língua inglesa são sempre poços de sabedoria nestas coisas das viagens do ponto de vista da pessoa real. Não deixem de visitar uns quantos. 



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28
Jun16

5 passos para planear uma viagem

Maria das Palavras

Ah, Junho. Quando marcar qualquer coisa com alguém se torna uma missão impossível, porque além das dificuldades normais, dos fins-de-semana que começam a ser ponto de paragem quase obrigatória em batizados, casamentos e chás de bebé (acrescento eu, nesta altura da vida: e festas de 30º aniversário), surge o fenómento: vou estar de férias. Parece, dizem estudos nomeadamente alguns, que a maior parte dos portugueses planeia as férias em Abril e Maio (coisa para me dar um AVCzinho por ser com tão pouca antecedência). Mas o que é isso de planear uma viagem? Para mim, são estes os passos obrigatórios: 

 

5 passos para planear uma viagem | Mariadaspalavras.com | Imagem Pixabay

 

Passo nº 1
Existir: para mim existir é querer viajar. Se existem, parabéns! Estão prontos para começar a planear a vossa viagem e habilitados a passar ao segundo passo.


Passo nº2
Listar os sítios onde sempre sonhámos ir e aqueles onde nunca nos importámos de ir. Vale tudo desde a viagem mais maluca que faremos se nos calhar a sorte grande, ao país que está na lista de desejos mais realistas há 200 anos (mesmo que só tenhamos 30), ao recanto mágico do nosso país do qual ouvimos falar tantas vezes e onde nunca fomos, até voltar à casa daquela tia que tem uma criação de coelhos em Azeitão e nos fazia bolo de laranja em pequenos. Nem sequer estou a brincar com a última. Durante muitos anos, na minha infância, férias eram mito para os meus pais. Eu pegava nos meus tarecos e ia passar uma semana a casa dos meus avós. Que moravam no andar de cima. Ora, o importante é respirar um oxigénio diferente por uns dias.


Passo nº3

Fazer um orçamento realista de quanto se pode gastar e, assim, escolher o destino de entre todos os listados, bem como o tipo de férias de que falamos, consoante o nosso grau de tolerância e disponibilidade financeira, que podem ir de campismo a hotel de luxo, passando pelos apartamentozinhos, normalmente muito em conta para grupos. 

Passo nº4

Escolher as datas: conciliar trabalho, compromissos, destinos (época alta e época de monçoes a evitar). Deve guardar-se uma margem antes da decisão final das datas para poder brincar com os preços dos voos e hotéis. O melhor é marcar com alguns meses de antecedência ou, se o vosso coraçãozinho aguentar, aproveitar as last minute calls nas agências, voos, estadias. Daqui a uns dias já vos digo os sites todos que uso para marcar (ou sonhar com) as minhas viagem e que ajudam muito a orientar e conter o orçamento nesta fase. . 


Passo nº5

Passo final antes de reservar em definitivo a estadia e definir a duração da vagem: o que queremos absolutamente visitar naquele sítio? Há sempre espaço para a surpresa e para explorar ao sabor do vento (ou deve haver) mas certamente que não querem perder o ponto A ou B por serem famosos (a Torre de Pisa?), por terem tudo a ver com vocês (um templo budista?) ou porque um amigo o descobriu há uns tempos e ficou-vos na memória (uma cascata escondida?). Certifiquem-se que as estadias são perto desses sítios ou que os transportes ajudam facilmente a chegar lá e que têm dias suficientes para tudo o que não vos passa pela cabeça deixar de fora, sem andar também à pressa.


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15
Abr16

Tive uma ideia de génio.

Maria das Palavras

Daquelas capazes de me pagar a conta da EDP até ao fim da vida. Um site que mostrasse o que se deve vestir de acordo com a temperatura. Por exemplo, 19º é tempo para camisola, casaco curto, e jeans.

Fui ver: já existe (embora seja alguém a pender para o encalorado).  

Ó sorte marreca! 

 

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09
Fev16

Viver por uma lente.

Maria das Palavras

Viver por Uma Lente - Maria das Palavras

 

É uma das doenças do século. Milhões de pessoas todos os dias (biliões) vivem através de uma lente. Não falo de miopia, astigmatismo e casos de cataratas avançadas. Falo do vício da câmara, do smartphone, do iPad em punho para fotografar ou filmar...do viver por um ecrã, por uma lente. Viver com um intermediário, em vez de viver diretamente.


No outro dia fui a um café-bar. Fui em busca de waffle com gelado, ou não fosse eu, mas um grupo animado de mulheres pediu uns shots coloridos e flamejantes. Assim que chegaram à mesa...brindaram?...beberam?...nada disso! Sacaram dos telemóveis. Instagram primeiro, momento depois. Perderam o brinde porque foram bebendo uma a uma para a câmara, com a assistência das amigas. A diversão estava em registar, em mostrar a outros que não estivessem lá a grande loucura que fizeram juntas - só que não. Perderam o momento, beberam de um trago e fizeram cara feia, uma de cada vez, desencontradas. 


Assim é em concertos, em viagens. As pessoas vêem a interpretação da sua música favorita com uma câmara pelo meio. A olhar para o ecrã, para se certificarem que o enquadramento está bom até ao fim. E quando chegam ao fim, esqueceram-se de a ver diretamente. De sentir sem filtros.

 

E deslocamo-nos para obter a foto perfeita da Torre Eiffel, quando há tantas fotos de cor e enquadramento perfeito da Torre Eiffel num browser próximo de si. Quando nos devíamos deslocar para fazer a melhor captação possível...com o olhar. Registar as cores irrepetíveis de uma paisagem, inimitáveis por qualquer meio tecnológico, por mais FHD 3D XPTO que seja, através dos nossos olhos. 

Depois preocupamo-nos porque ao meio da tarde daquela viagem já estamos sem bateria na máquina ou no telemóvel, quando devíamos estar preocupados que isso signifique que passámos demasiado tempo a fazer click e muito menos a ter experiências únicas, de mãos livres. O selfie stick para o diabo. Os outros não têm de ver que estivemos ali. Nós próprios não precisamos de nos lembrar que estivemos ali, se não estivemos por mais nada senão captar para recordar, sem viver.


Equilíbrio: procura-se desesperadamente. "Consumir com moderação" deviam as máquinas digitais ter como aviso na embalagem. Lá nisso o bom do rolo, a gastar-se depressa, era nosso amigo. 

 

Eu também gosto de fotografias: as da praxe, as únicas, as das caras bonitas e feias, as que provam que estive lá, fiz aquilo e com quem. Mas espero não me esquecer nunca de experimentar o que está foto, se não em vez de, ao menos antes de fotografar.

 

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05
Ago15

5 passos essenciais para lidar com o fim das férias

Maria das Palavras

Flip flops | Chinelos - Pixabay Public Domain Images


Lá diz o ditado (que acabei de inventar) que os precoces vão em Junho, os poupados vão em Julho, os populares vão em Agosto e os sábios vão em Setembro. Sábios porque os últimos a rir, riem melhor. E se é verdade que vão sofrendo enquanto vêem todos os colegas e amigos progressivamente virar de cor de lula a dourado invejável, têm sempre a tal semana em mente. Os outros vão ter de saber lidar precocemente com o fim das férias. 


Felizmente estou cá para ajudar. Jovem, se regressaste de férias e te apetece mais enfiar a cabeça na máquina de lavar roupa em modo de centrifugação do que voltar à rotina, este texto é para ti. Segue os seguintes passos e faz uma transição mais suave:

 

  1. Vai buscar areia à praia mais próxima (ou compra daquela dos gatos no Continente) e espalha à tua volta, no sítio onde passas mais tempo. Se é em casa e ainda moras com a tua mãe, explica que é para efeitos terapêuticos e depois ela terá oportunidade de aspirar. Se é no trabalho, diz ao chefe que no dia seguinte pode trazer a pazinha e brincar contigo. Aposto que lhe vai apetecer trazer a pá.
  2. Arranja daquelas lâmpadas que usam para fazer crescer os pintaínhos e emitem uma luz muito forte e liga uma ou mais junto de ti. Tornas assim obrigatório o uso de protetor solar e óculos de sol. Vais suar que nem um porco...mas um porco em modo pseudo-férias.
  3. Continua a vestir roupa de banho, adicionando progressivamente camadas. De forma que no primeiro dia estás só de calções (ou biquíni), no terceiro já envergas uma camisa de padrão floral e no sétimo já tens o fato completo com havaianas.
  4. Arranja gravações que repitam os sons que se tornam familiares em ambiente de férias e põe a tocar ao longo do dia. Por exemplo, se passas férias no Algarve, colocas no background pessoas a falar Inglês. Se passas férias em Itália, colocas em background pessoas a falar brasileiro. Se foi uma semana a passear em Évora, uma gravação em loop com porreiro pá! de voz anasalada. E por aí adiante.
  5. Reserva uma hora por dia em que possas estar sozinho, fecha-te na despensa e chora baixinho repetindo "para o ano há mais, para o ano há mais", libertando assim as energias negativas todas de forma concentrada. Se conseguires, chora para dentro do frasco onde guardas o arroz e já fica temperado.

 

Podia pedir desculpa pela dose de parvoíce desmedida neste post, mas como compreenderão, também estou a tentar sobreviver à TPF (Tensão Pós-Férias). Agora se me permitem, vou ali à despensa.

 

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29
Jun15

Falemos sobre ursos de peluche.

Maria das Palavras

Urso de Pelúcia Gigantesco com mais de 2 Metros

Acho mesmo que alguém devia falar sobre isto e talvez possa ser eu. Vou falar diretamente para as pessoas que têm um bebé a caminho nas redondezas, por entre amigos e família, e estão a pensar nessa dádiva (literalmente) gigante que o bicho entufado de pelúcia em proporções gigantescas, à medida do seu carinho pela criança que aí vem: estão-se a passar ou quê?!


Além de acumular ácaros para burro e potencialmente desenvolver doencinhas de pulmão às crianças, e a não ser que os pais da criança presenteada morem num palacete, respondam-me a esta perguntas:

1. Gostavam de ter um mostrengo gigante a ocupar-vos o espaço de uma peça de mobília numa das divisões?

2. Querem mesmo ensinar a criança, de pequena, a confiar em entidades grandes e peludas?

3. O que é que acham que os pais vão fazer aquilo quando o anjinho virar pré-adolescente e quiser uma decoração rock-punk do quarto?

 

E agora? Ainda acham um bom presente?
Vá, amanhem-se lá com qualquer coisa entre o útil e o mais-fácil-de-esconderarrumar e enviem as toneladas de carinho na forma de algo que não incomode tanto. Sei lá, beijinhos. Não, isso também não...

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19
Mai15

Guia simples para fazer malas complicadas

Maria das Palavras

As malas complicadas são as nossas (de mulher), mas a verdade é que muitos pontos deste guia servem para todos. Tenho anos a fio de experiência a fazer e desfazer malas, num CV bem recheado de viagens entre a terra-mãe e a terra-emprestada e abrilhantado por viagens de lazer para conhecer o meu país e alguns outros. Ganhei alguma prática e ligeireza que me empresta a ganância de achar que vos posso ensinar coisas.

Imagem: http://www.independenttraveler.com/

 

Costuma dizer-se que é tão difícil fazer a mala para dois dias como para uma semana, porque há coisas de base que têm sempre de ir. E, infelizmente, é bem verdade. Portanto vamos lá ver algumas regras essenciais by Maria para tentar facilitar a tarefa seja para que viagem for em propósito e duração:

1. Seleção, pós-seleção e pós-pós-seleção.

Comecem por espalhar em cima da cama ou outra superfície organizada tudo o que pretendem levar: entretenimento (livro, máquina fotográfica, telemóveis e outras tecnologias + carregadores), roupa interior, roupa de dormir, roupa de banho, roupa para o dia-a-dia, calçado e bolsas, potencial bijuteria ou maquilhagem, produtos de higiene, e proteção (casaco, chapéu, chapéu de chuva...).
Já está tudo? Agora tirem o que não vão usar. Vá, não se enganem. Tirem a sombra verde que nunca usaram antes. E os 5 tops que não devem usar - não precisam levar roupa a mais, a não ser que vão para um país sem lojas nem água potável, não se preocupem: vão conseguir sobreviver a emergências.
Já tiraram a primeira camada de coisas? Agora voltem a reduzir. Honestamente, vão mesmo usar aquilo? Vão mesmo ter tempo para vestir e usar tudo? Vão mesmo usar o creme para cotovelos que nunca usaram antes? Ou precisam mesmo de usar também nesses poucos dias o sérum para contorno do nariz? 

2. As cores neutras são as vossas melhores amigas.

Pretos, brancos, cinzentos, tons-terra do bege ao castanho escuro. Dão com tudo e vão bem entre elas. As peças essenciais devem ser desta paleta neutra (consoante as vossas preferências) e depois levam apontamentos de cor para não serem o aborrecimento em pessoa. 

3. Acessorizar com moderação.

Se cumprirem a regra acima ditada vai ser fácil cumprir esta: dois pares de sapatos e uma mala são mais do que suficientes. Quer-se um par de calçado mais prático (chinelos que tanto dão para andar no hotel como na praia e em passeios curtos) e outro confortável q.b. mas que componha mais o pézinho (ténis, sabrinas, sapatos confortáveis). A mala deve ter um tamanho intermédio e dar para usar com ou sem alça, variando assim o grau de formalidade. Só no caso de terem um evento muy chique para frequentar podem juntar um par de sapatos altos e uma mini-mala-chique (de preferência daquela molinhas que não ocupam tanto espaço na mala).

 

4. A roupa caracoleta.

Para já devem levar sempre que possível roupas que não se amarrotem com facilidade, depois devem usar a técnica milenar (ou não) que ajuda ainda mais a que não fiquem todas vincadas e melhor: ajuda a poupar espaço na mala em doses milagrosas. Enrolem a roupa. Enrolem a roupa. Repitam o mantra: enrolem a roupa.

 

5. Vistam tudooooooooo.

Tudo o que é mais volumoso vai convosco no corpinho. Sim, sim, têm de viajar confortáveis. Mas levam o par de calças maior nas perninhas e a maior parte das camadas que conseguirem vestidas: top, casaco, o lenço de emergência (que faz de casaco leve em caso de necessidade), o casaco maior, o chapéu na cabeça se  houver, a pulseira no pulso e os brincos nas orelhas, os maiores sapatos calçados, enfim...já perceberam a ideia, certo? Não devem ficar a parecer o boneco da Michelin, mas também não pensem só: vou levar o vestidinho leve com a chanatas e tudo o resto há-de caber na mala. Se der, ainda levam a máquina fotográfica pendurada ao pescoço e tudo. Sim, torna-se chato quanto têm de passar nas maquininhas do aeroporto. Mas isso é só uma vez e assim não desesperam com a mala.

E pronto, estes são os indicadores mais importantes para mim. 

Resta aceitaram para vocês mesmos que há sempre (SEMPRE) uma coisa importante de que se vão esquecer, seja a pasta de dentes, o creme protetor, o fato de banho ou os óculos de sol. Nesses momentos relaxem e pensem que tudo tem solução. Dêem graças porque não foi o BI ou passaporte e sigam viagem.

 

 

 

 

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