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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

22
Set16

Maria com medo do escuro

Maria das Palavras

Diana - Lights Out | Terror na Escuridão

 

Fui ver um filme de terror ao cinema há um par de semanas. Muito bom, por sinal. Lights Out - Terror na Escuridão. O tipo de terror que mais me assusta, e portanto o que mais gosto, sempre foi o das coisas que não posso racionalizar ou compreender: quando mete espíritos. Por princípio não acredito em nada que não possa apalpar, mas se estiver errada prefiro não saber. É daquelas coisas...

Os filmes de terror em que tudo tem uma explicação humana entretêm-me muito e, claro, seriam mais fáceis de replicar na vida real. Acontece que eu sei como lidar com o terror da vida real (muito embora estar carregadinha de pânico me pudesse toldar os movimentos). Mas sei chamar a polícia, sei dar com um tacho na cabeça de alguém, sei gritar por ajuda. Em teoria, pelo menos. 
Quando os filmes de terror tratam do sobrenatural são argumentos altamente improváveis de acontecerem numa quinta-feira qualquer da minha vida (diria mesmo impossíveis, lá está, não acredito em bruxas e não quero saber se estou errada). Mas...imaginando que acontece. Bom, eu não sei lidar com fantasmas - a não ser que calhasse o Gasparzinho e pudéssemos jogar ao peixinho - e creio que a polícia ou um vizinho ou transeunte que chamasse para me ajudar também não saberiam. Creio ainda que a técnica da joelhada estratégica não resultaria. E esse é o verdadeiro medo: não posso racionalizar a situação, nem a solução, por mais que seja hipotética.

 

Conclusão: nunca gostei particularmente de me mover no escuro e sozinha em casa, mas a coisa faz-se, distraio-me e pronto. Só que desde que fui ver este filme imagino a Diana (depois vêem, é uma menina simpática - ou não - que morreu há uma cambalhada de anos e se move na escuridão) em todas as divisões da casa que têm a luz apagada. O problema é mesmo eu ter uma capacidade de visualização muito poderosa. Sei perfeitamente como ela sairia, mão suja das garras primeiro, se me fosse catar a mão enquanto eu tento acender a luz da casa-de-banho.

 

Já sei como funciona, um dia destes esqueço-me e depois só volto a este mini-pânico quando vir o próximo filme de terror mesmo muito bom. Vou deixar de ver filmes de terror? Nop. 

 

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24
Ago16

O Livro Literalmente Bonito

Maria das Palavras

Miss Peregrine's Home for Peculiar Children | O Livro (capa)

 

Já o tinha em casa há algum tempo, foi-me oferecido talvez pelo Natal, talvez pelo meu último aniversário, nesta bonita versão em inglês, bem como o segundo volume da saga. Já tinha ouvido falar dele pelo mundo dos blogs e, sem esperar, veio parar cá a casa. Sabia que era uma história com o seu lado negro (ou achava saber), mas ao mesmo tempo, um conto para crianças, comparado a Harry Potter. Desde cedo me apaixonei pelo livro e não consegui refrear a vontade de partilhar convosco (no Instagram) como o livro era - além de encantador - bonito. Literalmente bonito.

 

 

 

Muito menos assustador ou mórbido do que algumas fotos (nomeadamente a capa) querem fazer parecer. É verdade que a determinado momento, sozinha em casa, comecei a ouvir barulhos e a encolher-me. Mas é sobretudo uma história que saltita entre a fantasia e a realidade e durante muito tempo não sabemos qual é que predomina. E muito bem escrito. Não consegui largar. Não descansei enquanto não o li todo, na esperança de saber afinal o que se passava e como se desenrolava. E não era de todo o plano lê-lo de um trago. Mas a mística deste livro é inegável e prendeu-me desde logo - aliás considero que a primeira metade do livro é até melhor que a segunda, para verem como logo de início o livro é empolgante.

 

Miss Peregrine's Home for Peculiar Children | O Livro (carta)

 

E depois...as imagens. Toda a estética do livro aliás, desde os títulos, aos rodapés, faz como que seja um livro literalmente bonito. E as fotos e recortes são o casamento perfeito com as palavras. São 50 fotografias que eu julgava encenadas para ilustrar a história. Só no fim, na entrevista com o autor que faz parte do livro, fiquei a saber que as fotos já existiam todas. São fotos antigas, de colecionadores e compradas em feiras. Algumas procuradas propositadamente para ilustrar determinada parte. Outras deram mesmo origem ao livro e a episódios do mesmo - apaixonaram de tal forma o autor que ele as integrou.

 

Miss Peregrine's Home for Peculiar Children | O Livro (foto)

 

Eis as boa notícia (para mim): ainda tenho o segundo livro da saga para ler, Hollow City. A má notícias é que não tenho os restantes (são quatro). Entretanto, este livro que já tem trejeitos de cinematografia e foi escrito por um cinematógrafo - Ransom Riggs - vai mesmo dar em filme. E, claro, com a mão de Tim Burton. Não sei quando chega às nossas salas mas a estreia mundial está marcada para Setembro e eu acho que vai ser quase tão bom como o livro - da sua forma distinta. Eis um dos trailers já disponíveis por essa internet fora:

 

 

Recomendo. Muito. Entrem neste mundo da Miss Peregrine. 


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19
Fev16

O super-herói menos in do pedaço

Maria das Palavras

 

[Se puderem, cliquem no PLAY e acompanhem o post com a respetiva banda sonora. Para entrarem no mood. Ajuda a perceber o filme, juro.]

Se a Maria (eu, que falo na 3ª pessoa quando me dá na telha) fosse um super-herói, seria o Deadpool, que na verdade é um anti-herói. Tirando o facto de ele ser imoral e javardão, dizer muitos palavrões, matar pessoas ocasionalmente, ter super-força, regenerar-se e gostar de vestir vermelho, temos tudo em comum. Basicamente é um super-herói muito pouco in, muito prático, com tendência para ironizar e que reage a tudo (seja ao ataque ou à defesa) com sentido de humor. 

Nem toda a gente vai gostar deste filme, que é tão fora do normal, que pode tornar-se pateta, mas desafio-vos a não rirem na cena das mãozinhas T-Rex ou quando ele tira à máscara no final do filme. 


Curiosos? Então vão ver. Se não forem Inácios e forem ao cinema, não se esqueçam de ficar bem sentadinhos até as luzes da sala acenderem, que há cenas depois dos créditos - nunca mais digam que não sou vossa amiga.

 

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17
Fev16

A diferença está do lado de cá

Maria das Palavras

Danish Girl

 

Fui ver o filme A Rapariga Dinamarquesa há umas semanas, com duas das pessoas com quem mais gosto de ir ao cinema. A minha amiga de sempre, que tem a minha idade. E a minha irmã, um bom conjunto de anos mais nova do que nós. Apanhei uma valente desilusão, mas não foi bem com o filme. 


Não sei em que momento da vida cresci para a realidade das diferenças (sei que não é de sempre) ou se é questão geracional ou de feitio. A minha irmã viu o filme com uma curiosidade saudável para perceber como era ser um transexual há tantos anos atrás num sociedade intolerante e desinformada (talvez intolerante porque desinformada). A minha amiga, torceu logo o nariz ao tema e nem deixou que o filme a supreendesse, toldada pelo preconceito. Pareceu-me desligada do seu tempo e parte da sociedade que o filme retrata. Talvez há dez anos atrás, sabendo menos, tolerando menos, sendo menos, eu tivesse tido a atitude dela. Mas é afinal, tristemente, uma reação do tempo presente: já temos informação, mas continuamos a não ser tolerantes - ou até evitamos a própria informação, toda a que não diga que ser diferente é ser doente. Toda a que admita desvios à norma. Toda a que nem queira desenhar normas, porque a individualidade é um facto.
A minha irmã aprendeu, então, mais do que como era a sociedade de há tantos anos face à transexualidade. Aprendeu que ainda há muita gente que ficou para trás e não quer seguir em frente, num exercício de não-aceitação de realidades diferentes da sua. Aprendeu que se pode ter 29 anos em 2016, na aldeia gobal do mundo e ter a mente fechada numa cave da década de 20.

A minha amiga não gostou de ver o filme, lá no cinema. Eu não gostei de a ver a ela, lá na cave. 

Pode ser que para a semana a leve a ver a Carol...

 

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20
Jan16

Bem Bom #3: Cinco Filmes a Não Perder

Maria das Palavras

Já que fui falar do Star Wars, mantenhamos a tematica. Não sei se posso dizer que estes são os meus favoritos (como fazer tal escolha?), mas são cinco filmes fantásticos, relativamente recentes, que me supreenderam pela positiva e que - apesar de já ter mencionado um ou outro - não queria deixar de fora da minha rubrica de recomendações. Cinco filmes que não esgotaram bilheteiras, mas me tiraram o fôlego, cada um há sua maneira. Cinco filmes que recomendo a toda a gente, mesmo que não vivam sob o cliché dos clássicos oscarados que são "obrigatórios". Cinco filmes de géneros diferentes, vistos em alturas distintas e que têm apenas uma coisa em comum: não esperava nada deles quando comecei a vê-los. Não é esse, afinal, o segredo?

 

 

 

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