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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

14
Out16

A letra da música*

Maria das Palavras

Não sou daquelas apaixonadas por música. Não coloco banda sonora para quase nada do que faço, dou-me bem com o silêncio. Usava a música por companhia nas viagens de Expresso, mas a verdade é que me conseguia isolar sem elas. Gosto de desafinar cantar no carro, é verdade. Praticamente não oiço rádio - só por efeito colateral do Moço. Entre isso, não ver TV e abrir poucos vídeos que me passem à frente no Facebook, quase só gosto de música muito antiga e versões delas, ali na vizinhança do Ray e do Frank. Depois, de vez em quando, num contexto qualquer (um filme, um momento, um anúncio) há uma música nova que me provoca uma sensação. Quase sempre por causa da letra mais do que da música. A letra, que eu sou das palavras. 

 

A questão é: como é que uma música que diz "Shopping dos Olivais" pode ser tão genuinamente bonita?

 

*E se eu vos disser que este post estava escrito e agendado antes da polémica entrega do Nobel de ontem? Coincidências do diabo. Não quer dizer que seja bem entregue, continuo chocada e dividida, mas mais que isso encantada com a polémica que põe as letras ao centro. E com a minha capacidade de adivinhação, parece-me, ao escrever um post tão em voga hoje....há dois dias. 

 

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11
Out16

3 coisas que me irritam solenemente em concertos

Maria das Palavras

3 coisas que me irritam solenemente em concertos - Maria das Palavras

 

1. O Bis
Vamos ser honestos, vamos? Essas músicas JÁ ESTAVAM NO ALINHAMENTO. Portanto quando fazem aquele numerozinho de ir embora e ficam à espera que o pública insista...no fundo estão só a enganar-nos. E nós aplaudimos. Ai que adoro ter de me pôr de joelhos por uma coisa que eles já tinham programado, vou-lhes bater palminhas por me fazerem de imbecil e tudo. É assim: têm mais para tocar toquem. Não têm: vão-se embora. Simples. Não gosto é de andar ali naquela: sera que vão voltar ao palco pela 65ª vez ou posso mesmo ir-me embora? É que acaba por se tornar numa espécie de Pedro e o Lobo. O público continua a pedir e eles continuam a vir. Quando não vêm mesmo já ninguém acredita e ficamos ali a pedinchar para o boneco.


2. Albufeira, quero ouvir-vos!
Paguei o bilhete, certo? Então quem canta SÃO VOCÊS! Nada dessas mariquices de "agora vocês" para o público (sobretudo nas notas mais difíceis, bem vos topo às vezes). É que não só eu não fui lá para ser eu a cantar o refrão (que aí até tenho uma escolha que é ficar calada) como não paguei para ouvir as centenas de marmanjos desafinados à minha volta. Se não quisesse ouvir alguém que soubesse cantar tinha ido ver o Pedro Abrunhosa, am I right
 
 
3. Ficha técnica ao vivo
Agora vamos lá apresentar os músicos todos que isto o vocalista é tão importante como o rapaz dos ferrinhos. Verdade. Mas se num dueto isto é tolerável, numa orquestra sinfónica nem tanto. Depois dos músicos todos vêm os técnicos de som, de luz, o departamento de relações públicas, o Horácio que montou o palco. Poupem-me. Eu também tenho um músico lá em casa e não me importo de ler o nome dele no programa em vez de ouvir um nome de cada vez, numa lista mais longa que algumas das músicas. E depois há sempre aquele fenómeno: quando começa o ditado de nomes ainda batemos palmas com vigor. Quando chega lá atrás ao baterista as palmas já estão tão fracas e regulares, como quem está ali a bater castanholas já sem ouvir quem está a aplaudir, que o homem até fica com o ego desnutrido. 
 
 
 

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10
Ago16

Um ESPETAculo de jantar...

Maria das Palavras

Enquanto me perdoam o trocadilho, se não se importam, vou colocar uma banda sonora à maneira e depois mostro-vos em que constou o jantar temático do último Sábado. 

 


E pronto, se já puseram o Rui Miguel a dar o mote, o tema não é segredo: espetadas. Ah, já estava explícito naquela piada deliciosa do título?...Ou com a maravilhosa música (por favor oiçam o refrão)...Não?...

Pois que tinha dez bocas para alimentar e uma tarde para cozinhar (ok, à tarde estive a ver Uma Família Moderna enquanto me escondi do calor, mas preparei algumas coisas antes). Para tornar a coisa mais interessante, porque fazemos isto regularmente, rodando o anfitrião, decidi arranjar um tema. Pensei no tema: frango assado da esquina com empadas da Padaria Portuguesa e batatas de pacote (pertinente ainda assim e do agrado de todos), pensei no tema tupperware (e cada um trazia o  seu) mas acabei por me entusiasmar e fazer tudo em torno do pau. Salvo seja. 


Mostro-vos parte do menu para salivarem (apesar de ser tudo muito simples saudável, dentro dos possíveis) e quem sabe, para se inspirarem para um qualquer jantar em vossa casa. Não sou nenhuma fada do lar, mas a coisa até correu bem (entre pesquisa no Google e invenções) - a não ser que os meus amigos sejam mentirosos e eu tenha o palato avariado.

 

cogumelos.jpg

 

Talvez não comecem já a salivar visto que..isto são só cogumelos crus. Pronto, confesso, tirei muitas fotos ao início, mas nem tanto com as coisas prontas. As entradas foram estes cogumelos no forno temperados com sal, pimenta, alho e regados com azeite. Mas também umas espetadas de queijo mozarella com tomate cherry e manjericão que tristemente foram feitas em cima da hora não viveram o suficiente para verem o flash da máquina. 

 

espetadas peixe.jpg

 
A estrela da companhia foram as espetadinhas de peixe caseiras: salmão, perca do nilo, bacon em fatias que enrolei e pimento verde e vermelho. Mais uma foto tirada antes de ir ao forno, claro. Agora nunca vão acreditar que não queimei tudo. Só prometo que não servi isto em sushi. Como eram dez espetadas bem contadas para dez pessoas (qu'isto o peixe é caro, melher!) fiz também umas lulinhas guisadas. O acompanhamento foi um puré de batata doce que fiz na Gabriela (nome carinhoso da Bimbycá de casa) e como é super rápido e fica bom acho que se vai voltar a repetir rapidamente cá em casa. 

 

espetadasfruta.jpg

 

A sobremesa envolvia gelado com molho de chocolate e canudinhos de bolacha, mas para não perder de vista o tema (e a aura de saúde) mostro-vos só as espetadas de fruta: uvas, melão, abacaxi (seria ananás?), morangos e framboesas. Estou a escrever e a salivar por uma espetadinha destas...adoro fruta já preparada (sim, esta fui eu a preparar por isso não tem tanta graça).

 

pudimmirtilos.jpg

 

Aqui não há nada espetado, mas espeto aqui com a foto na mesma, só para verem que não fui mesmo uma maluca obsessiva com o tema...mais ou menos. É um pudim de mirtilos, mas feito com iogurte e gelatina, como já expliquei aqui. Isso e porque gostei da foto. Para subir o nível da sobremesa (como se as sobremesas tivessem algum nível importante - para além do de glicemia) juntei mirtilos frescos e acachapei-lhe três folhinhas de manjericão ao centro. 

E antes que perguntem: sim, houve sobras:

 

sobras_espetadas.jpg

 

 

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18
Jun16

Era uma casa muito engraçada. Não tinha vizinhos novos não tinha nada.

Maria das Palavras

Depois mudou-se o casal novo para cá. E apesar da minha simpatia atrapalhada continuei a ser uma vizinha silenciosa. Já eles fazem sessões de música dos anos 80 (pensem em Doce e coisas desse géneros, nada de muito glamouroso) a altos berros às tardes dos fins-de-semana. E eu que não me lembro da última vez que dormi uma sesta ao Sábado (sem que estivesse doente), dou por mim a querer ter a opção de o fazer sem música dos Modern Talking a embalar-me - tão perto que quase sinto os cabelos dos tipos a fazerem-me cócegas nas orelhas...é o karma, não é?


[E a porra da música que agora não me sai da cabeça?]

 

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29
Abr16

Carga de Ombro

Maria das Palavras

"Põe o teu ombro junto ao meeeeu, carga de ombro é legaaal."

 

Foi com o refrão que dá nome ao álbum que saímos do São Luiz. Samuel Úria a cantar e tocar guitarra sai de sala caminhando entre o público e o coro afinado em "uuu" vai atrás dele. Batemos todos palmas ritmadas e aos poucos a sala segue a banda e esvazia o teatro. Ou foi o final de concerto mais bonito a que assisti alguma vez ou o momento da minha vida que mais se pareceu com uma sessão da Igreja Universal do Reino de Deus.

 

[Foi muito bom. Vão ao Porto, se puderem. No concerto oferecem o novo CD.]

 

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29
Abr16

Samuel Úria, o meu cupido.

Maria das Palavras

O Moço e eu como "nós" era coisa para ter um mês quando comecei a pensar o que raio lhe podia dar pelo aniversário. Teria de ser memorável. Ou bem que a coisa corria bem e era o primeiro presente, que ficaria para a história, ou bem que a coisa corria mal e seria aquela namorada que nenhuma outra sirigaita conseguiu superar (ao nivel das prendas). 

O Moço é músico e tarado por música. E é daquelas pessoas capazes de criar paixões platónicas por artistas verdadeiramente inspiradores. Uma das suas paixões platónicas é Manel Cruz, ex-Ornatos Violeta. Outra é Samuel Úria e todo o seu [na altura] novo disco, acabado de sair do forno, chamado "O Grande Medo do Pequeno Mundo". E havia nesse disco uma poção mágica: uma música que combinava os génios e as vozes de ambos e que o Moço me tinha feito ouvir já duas mil vezes em poucas semanas. Eu gostava. Muito. Não só porque é aquela altura da relação em que até a pimenta que faz o outro espirrar nos parece ouro de 24 quilates, mas porque é uma música verdadeiramente bonita, com uma letra verdadeiramente bonita - vocês sabem que eu sou das palavras.

 

Foi assim que a dúvida do primeiro presente se desfez na minha cabeça. O CD era a parte óbvia. Os bilhetes para o próximo concerto a parte especial. O autógrafo do Samuel, que me tinha proposto a conseguir, custasse o que custasse, a cereja em cima do bolo. Não custou muito. O Samuel Úria é todo sem tiques de estrela, embora seja uma. Respondeu-me rapidamente por mensagem de Facebook e marcámos encontro à porta de um hotel para ele me assinar o CD. 

À hora marcada lá fui. E lá estive. Mas o Samuel nunca apareceu. O telemóvel calado (ele tinha o meu número, mas eu não tinha o dele). Esperei tanto quanto pude e me permitiu a vergonha - o segurança do hotel deve ter considerado chamar a polícia por haver uma miúda - eu - a montar acampamento na entrada. 

Passado um tempo, já refeita da desfeita, volto a falar com o Samuel e...fico a perceber o que se passou. Querem adivinhar? Eu estive à espera numa das portas do hotel. Ele esteve na outra. Cada um a secar do seu lado, até à exaustão. E ele a mandar SMS para o meu número...que eu tinha digitado mal quando lhe dei. Lá conseguimos marcar novo encontro, numa hora de almoço que ele tinha agendada com outras pessoas. Interrompeu a refeição de propósito para me dar duas palavras e três frases no álbum (ou mais, nos dois casos) e ainda fez questão de me mostrar as SMS que me tinha de facto enviado (para um número que não era, afinal, o meu). 


A reação do Moço ao receber o presente? Não se pode descrever com palavras. Mas ainda hoje este "Lenço Enxuto" é "aquela" música. Obrigada padrinho, Samuel. 



[Isto tudo é para dizer que hoje vamos voltar a ver o Samuel Úria, no palco do São Luiz, a apresentar o seu novo trabalho: Carga de Ombro. E atenção, minhas gentes a norte, a seguir vai ao Porto.]

 

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15
Jan16

Moço esperto.

Maria das Palavras

O Moço anuncia que ouviu uma música na rádio que descreve perfeitamente a nossa relação. 
Pus-me logo a pensar que balada romântica seria. Talvez uma versão moderna do clássico "She" ou uma música melosa do Bryan Adams. Qualquer coisa digna do Moulin Rouge. Ou uma música portuguesa de voz doce e poesia afinada - Rui Veloso? 

Nada disso. Era esta. Ouçam bem a letra. 

 

 

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06
Out15

Sou a blogger menos in do pedaço #74

Maria das Palavras

Já vos contei que fui a um casamento e não conhecia metade das  músicas que entusiasmava o pessoal (da minha idade) na pista? Não sei categorizar mas parece-me que eram kizombas e/ou pseudo-kizombas e/ou músicas de influência africana e/ou brasileira com letras como isto: levanta o vestido, deixa-me cheirar, deixa-me ver a cor - juro que não estou a inventar, mas provavelmente vocês sabem, eu é que não...

 

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