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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

06
Fev21

Ilha Terceira em Dois dias e Meio

Maria das Palavras

Ilha terceira - Açores - Guia no Blog MariadasPalavras.com


Antes de voltarmos a confinar, sem dobrar regras da DGS e de teste negativo em punho, visitámos mais uma ilha portuguesa. Foi uma visita muito rápida e afetada pela maior tempestade deste Inverno nos Açores até aquele momento (diziam os locais, e como cancelaram jogos do Benfica lá, tem mesmo de ser grave).

Senti-me meio louca e entusiamada, por estar a ir de impulso, sendo que em plena pandemia todo o cenário viagens estava muito afastado da minha mente. Mas fico muito feliz por ter ido, sendo que a única altura em que senti algum risco foi no avião, onde não há qualquer cuidado especial na distribuição de pessoas...Dizem que os aviões tem filtros de ar XPTO que matam bichos, mas ninguém me safava se a senhora desconhecida do lado me espirrasse para cima. Estava mesmo a 2cm, não dois metros. Ainda assim, cumprimos todas as regras previstas, de máscara FPP2 sempre na cara, e a verdade é que correu tudo bem.

Fiquei dividida em partilhar agora este texto, não quero motivar ninguém a viajar quando não o deve fazer, mas acredito que o meu público (que diva!) é bastante sensato e vai tomar isto como um guia para quando for novamente possível fazer uma viagem assim. E sonhar com viagens nunca fez mal a ninguém. Além de que a Ilha Terceira, mesmo debaixo de tempestade e através de uma máscara ficou muito acima das expectativas! Perdia-me por lá com gosto.


O que visitar?

Dia 1: Vou dizer o que fizemos e o que faríamos, se tivessemos apanhado melhor tempo e pudessemos reorganizar alguns passos. Acordem pela fresca para aproveitar bem a luz do dia se forem no Inverno! Então comecem por visitar Angra do Heroísmo. Larguem o carro e passeiem pela cidade a pé. Vejam o Vasco da Gama e casa das caras assutadoras junto à azulinha igreja da Misericórdia, passem por outras igrejas coloridas a caminha do mercado, passeiem junto à Marina e à Praínha. De um lado verão o Forte de São Sebastião, do outro o imponente Monte Brasil. Acabámos por não visitar nenhum dos dois, mas teríamos ido dar um belo passeio ao Monte Brasil e ver os veados, não fosse o temporal.

De tarde fomos ao Algar do Carvão, um dos sítios mais bonitos, mas que se paga e tem dias e horas de visita limitados (consultem antes de ir). Podem ir igualmente ir à Gruta do Natal (também se paga e podem fazer pack das duas). Por perto, aqui pelo centro da ilha, fica a Lagoa das Patas.

O que visitar na Ilha terceira, Açores, Guia Maria das Palavras



Dia 2: Começamos na Praia da Vitória, de areia negra, e depois de também a olharmos lá de cima do miradouro junto ao farol, continuamos pelo norte da ilha, percorrendo a estrada tão junto ao mar quanto possível. As casas são quase todas muito coloridas (aqui a Robiallac não deve sentir crise) e neste início de Janeiro muitas estão enfeitadas para o Natal, com luzes, gnomos no jardim e pinheiros enfeitados cá fora, como vemos nos filmes americanos.
Parem sempre que vos apetecer ver a vista, mas uma das paragens obrigatórias são as Piscinas Naturais de Biscoitos, que é zona de banhos (de água fria) - se estiver bom tempo para isso.
Continuamos a contornar a ilha até começarmos a entrar na bonita mata da Serreta. Fomos pelo caminho íngreme (de carro) até à Ponta do Queimado (gostei tanto das escadas para o mar). O ideal é que depois entrem na Zona da serreta para a Serra de Santa Bárbara e passeiem nessa floresta encantada.

Dia 3: Para nós foi só meio dia. O que aconselho para esta manhã é ver o Ilhéu das Cabras do Miradouro da Laginha (ou outraz zonas ao largo da costa da zona chamada Feteira) e subir à Serra do Cume para a que dizem ser a melhor paisagem da ilha. Para mim foi só nevoeiro, mas acredito, pelas fotos que vi. Se não houver previsão de bom tempo não deixem para o fim e tentem ir noutros dias. A boa notícia é que andar de carro pela ilha é um deleite em qualquer zona: vacas, quadrados verdejantes ladeados por muros, o mar ao fundo ou ao nosso lado...Podem ainda, por ser perto do aeroporto, acabar com o percurso das Furnas de Enxofre. Tem um percurso pedonal, que está estimado em 15 minutos, mas algo me diz que pode durar mais.

 

Onde ficar?

Ficamos no Alluar Lodge, em Ponto Judeu. Perto de Angra e do lado do mesmo lado da ilha do aeroporto. Com vista das janelas gigantes para o Ilhéu das Cabras.

Vista para o Ilhéu das Cabras, Onde ficámos na Ilha Terceira? - Maria das Palavras.Blog

 

Não sei se é o melhor sítio, mas são uns fofíssimos bangalows (quentinhos, que nesta altura foi importante) onde o pequeno-almoço é entregue diariamente numa cesta amorosa com uma série de delícias (incluindo queijo da ilha e iogurtes da Quinta dos Açores, fruta, granola, leite e café quente, dois tipos de pão, enfim...). A opção de dois quartos (e dois wc) tem uma área comum com mini-cozinha completamente equipada.
Eis o disclaimer: nos dias de grande tempestade em que lá estivemos...sentia-se o abanão com as maiores rajadas de vento! Nada de assustador, mas senti-me prestes a encarnar a Dorothy no Feiticeiro de Oz.
Ficaria de novo? Sim. Com bom tempo, para também usar a piscina e aproveitar ainda melhor a vista incrível da cama!!


Onde comer?

Onde comer na Ilha Terceira, Blog maria das Palavras


Os meus favoritos foram O Caneta para a típica Alcatra e espetada de filé mignon, a Ti Choa para toda a seleção de petiscos regionais num só lugar (10,90€ por pessoa), e o Beira Mar no Porto de São Mateus (comer à janela com vista para o mar e Monte Brasil) para peixe, lapas, cracas e a maravilhosa sopa de marisco no pão. 
Também comemos na Tasca das Tias (não fiquei fã). Mas queríamos mesmo era ter ido à Taberna do Roberto e ao Cachalote (para bife na pedra), recomendações que não pudemos seguir por estarem fechadas.

Para safar, ouço dizer que a Quinta dos Açores tem um bom hamburguer (mas se eu tivesse ido lá o que não me escapam eram os gelados).

O que provar?

 

Ilha Terceira - Guia do Blog Maria das Palavras - O que provar?



O doce de vinagre - que NÃO sabe a vinagre! É uma espécie de arroz doce. Os donuts da Make me Nuts que não são os melhores que já provei, mas sabem a vitória quando só encontramos a lojinha aberta na manhã antes de ir embora. Os queijos da Vaquinha (podem - e devem - comprar para levarem, mas dão-vos a provar um pires com uma seleção das quatro variedades). E SOBRETUDO as queijadas Rainha Dona Amélia, que na verdade me sabem a broinhas de mel fofas (comprem no Forno, no centro de Ponta Delgada). 
Tinham-me falado do doce de malagueta, do bolo de torresmo e das Chiken Wings da Rouloutte da Praia da Vitória, mas não cheguei a provar nenhum desses.

Certamente que indo aos restaurantes provarão as lapas, cracas, as morcelas e a alcatra (que não é uma posta de carne é um prato cozinhado, tipo carne estufada para comer em massa lêveda ensopada com o molho!), mas fica a nota para não se esquecerem!

 

Et voilá. Quem me segue no Instagram viu imagens disto tudo (e ainda estão fotos no feed com a descrição dos dias e um destaque guardado com todos os Stories). Recordo também que fizemos uma viagem a São Miguel em 2019 sobre a qual falámos no Podcast Mensagem de Voz e tem também destaques nos guardados no Instagram e vários posts no feed que reúnem as nossas dicas. E se voltarem a 2014 podem ler sobre os nossos três dias e meio na ilha da Madeira.

As nossas ilhas são imperdíveis, apaixonantes e arrumam a um canto várias das minhas viagens internacionais. Quero conhecer todas as que não conheci e voltar àquelas onde já estive. Por isso não hesitem em deixar também as vossas dicas nos comentários.

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07
Set19

O Flagelo da Rapariga que Viajou sem o Marido

Maria das Palavras

Quem acompanha o Instagram sabe que em pouco mais de um mês fiz duas mini-viagens sem o Moço (com quem não me casei entretanto, acalmem-se, usei liberdade criativa no título). Estive 5 dias a passear na Áustria com uma amiga e na semana passada 3 dias em Sevilha como a minha sister


Não viajei com o Moço, nem tive férias com ele durante o verão, porque ele mudou de trabalho mesmo antes de começar a estação e os planos foram por água abaixo (por uma boa causa). Mas também podia ter sido só porque tinha combinado viagens com outras pessoas. 

Dando uma novidade ao mundo: eu e o Moço não estamos agarrados pela anca. O que é muito bom porque isso significaria que seríamos gêmeos siameses e sermos irmãos tornaria a coisa muito estranha (não foi o Eça que escreveu a minha vida). 


Daí que tenha achado tão divertidos quanto preocupantes alguns comentários e olhares quanto ao facto de eu ter viajado "sozinha" - sem ser a trabalho. Trabalhar aparentemente até posso (obrigada sociedade), mas querer andar na galderice para meu bel-prazer já é um bocadinho a roçar o título de porca. 


As três reações mais frequentes aos nossos programas separados foram: 

 

1. Mas está tudo bem, convosco? Acabaram?  (tom preocupado)

Está tudo ótimo conosco. Não estaria se, por exemplo, uns dias separados, sem justificação médica ou laboral, fossem sinónimo de chatice. Aí a porca estaria nas couves. E a porca só foi à Áustria. E a Sevilha. Couves-free.

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2. A minha mulher/o meu marido não iam deixar. (com expressão de atrevimento)

AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH.

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3. "Acho bem" mas com ar de desconcerto. 

Como quando me dizem que fico muito bem de franja. Há uma certeza metida a chicote na voz, mas um ar de dor de desarranjo intestinal na expressão facial.

 

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Certo que a maior parte das pessoas não reagiu. Porque viajar com alguém que não o namorado ou marido ou companheiro, por opção, não é digno de uma reação. E gabo-me de me rodear de pessoas assim. Mas ainda há um longo, muito longo, caminho a percorrer na mentalidade das pessoas. Até porque não estou a contar a parte em que a minha ideia inicial era fazer uma escapadinha europeia sozinha e TODA a gente reagiu como se eu estivesse a dizer que ia injetar malária. 

 

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15
Ago19

Guia de 4 Dias e picos na Áustria

Maria das Palavras

"O prometido é de vidro", já dizia o outro. Quem acompanhou no Instagram já sabe da minha escapadinha à Áustria, que em tempo útil foram 4 dias bem contados em 3 cidades. Com viagens, são 5 dias. Eu tinha vontade de ir a Viena desde que vi o filme da Princesa Sissi algures na infância e ganhei vontade de ir a Hallstatt desde que tenho esta televisão nova (uma história que também contei lá pelo Instagram).  

 

Viagem Maria das Palavras à Áustria: Viena, Salzburgo e Halstatt em 4 Dias


O Moço não podia tirar férias, este não era um destino de sonho dele, recrutei uma amiga (ela tem candidatura contínua para viagens) que também tinha a Áustria na checklist e partimos num Outonal fim de Julho. Quem diria. 


O nosso roteiro foi o que se segue: 

 

Roteiro de 4 Dias na Áustria - Maria das Palavras

 

Dia 1: Voo de Lisboa para Viena no Sábado de manhã. Chegada a Viena pela hora de almoço. Durante a tarde choveu a cântaros, comprámos um chapéu de chuva e fizemos turismo gastronómico. Fomos ao Palácio de Belvedere (por pouco não nos escapou porque achámos que estava fechado) e fomos engrupidas num concerto de Mozart sem condições (onde ficámos menos de 5 minutos) porque a Ópera - onde realmente queríamos ir - não opera (passo a expressão) em Julho e Agosto. Passámos a noite no Pertschy Palais Hotel que apesar de mais velhito do que aparenta nas fotos (e de não ter ar condicionado) está muito bem localizado e não trocaríamos. Fica mesmo no centro histórico, pelo que só de sair do metro em Stephenplatz, vemos logo a Igreja de São Pedro e as ruas lindas e limpas de Viena. 

 

Palácio de Belvedere - Maria das Palavras na Áustria

 

Dia 2: Já encantadas com Viena, rumámos de manhã à estação de comboios para ir para Salzburgo - AKA onde quem viu o filme Música no Coração se vai passar dos carretos. Para não variar apanhámos chuva. Quem nos manda ir no Inverno? (Ah, espera, era Julho...). A cidade é linda! A minha parte favorita foi a rua Getreidegasse, a rua das lojas, que é estreita com edifícios lindíssimos, mas só atravessar o rio, ver as praças, catedrais, fontes e estátuas, tudo para fazer a pé, vale a pena. Não fizemos nenhuma tour paga da Música no coração, mas deu para delirar com o cemitério da abadia de São Pedro, onde se escondem os Van Trapp, a fonte da Residentzplatz, os jardins de Mirabell e mesmo tirar uma selfie com o gnomo que entra no Do-re-mi. Dispensava ter ido ao forte. O funicular é caro e a pé é um esticão. A vista é bonita, mas a cidade cá de baixo é mais. Ficámos no Star Inn Hotel Premium Salzburg Gablerbräu, by Quality, que fica do mesmo lado do rio que a estação de comboio, também numa zona muito bonita e perto o suficiente de tudo. O alojamento aconselho, cuidado e bem localizado, o pequeno-almoço pago à parte, não. Vão antes comer um Bagel ao Coffee Press.

 

Salzburgo - Maria das Palavras na Áustria

 

Dia 3: Alugámos um carro e fomos passar o dia a Hallstat que é um verdadeiro postal. Que cidade mágica. Fizemos o caminho (pouco mais de uma hora) debaixo de chuva torrencial, mas quando chegamos o tempo deu-nos tréguas - é possível estacionar em parques pagos nos arredores (estacionámos no P1 e deu para fazer tudo a pé). É um daqueles sítios onde as imagens falam por si. Passeámos, mas não subimos de funicular às minas de sal, nem fizemos passeios de barco, já que o tempo nem deu opção. A cidade, que é património mundial da Unesco, tem um percurso pedonal a que chamam Upper Stairs que também permite ver um pouco de cima a perspetiva (mas completo, cansa muito, por isso subimos um pouco e voltámos a descer...ahahah). No regresso tivemos direito a sol para apreciar o percurso que também vale a pena. 

 

Maria das Palavras em Hallstatt, Áustria

 

Dia 4: Regressámos a Viena durante a manhã para explorar o que ainda não tínhamos visto. Como o Hofburg (apesar de termos estado tão perto). Foi a tarde das surpresas. Primeiro, ao passar pelo jardim Burgarten vimos um borboletário e, por impulso, entrámos. Adorei a experiência, eram imensas borboletas enormes (para os meus padrõezinhos) e até valeu a pena suar em bica para estar lá um bocadinho. Depois cometemos a loucura de ir andar até Hundertwasser, as casas coloridas que achei que fossem mais memoráveis e daí para a roda gigante de Viena (faz-se, mas era escusado). Ao chegar à roda gigante, dizem que a mais antiga da Europa, é que percebi que era todo um parque de diversões - o Prater, fundado em 1766! Qualquer coisa entre a Disney e a feira de Maio de Leiria. Não se paga para entrar no parque, só por cada diversão (5€) e foi aí que dei mais graças por ir com a minha amiga em vez do Moço, porque ela alinhou em andar no brinquedinho mais alto, que nos dá uma panorâmica fantástica da cidade (toma lá, miradouro) e nos atira para o chão a 180km/h! AHAH. Deixei os orgãos vitais lá em cima.

 

Viena, segundo dia - Maria das Palavras

 

Dia 5: Esqueci-me de dizer que nesse noite em Viena ficámos no Hotel Mailberger Hof e lembrei-me agora ao descrever a manhã do dia 5 porque foi o melhor pequeno almoço da viagem, num jardim dentro do hotel, com louça digna da Bela e o Monstro, e muitas opções. Também é sobejamente perto do centro, a pender para o lado da Ópera. O voo de regresso a Portugal era por volta da hora de almoço, mas ainda conseguimos picar o ponto mais famoso: o Palácio de Schönbrunn (santinho!) onde morou a princesa Sissi. Tão pequenino que inclui um Zoo no "quintal". Visitámos os jardins gratuitos e subimos ao Gloriette para a melhor vista do palácio, com Viena ao fundo. Dá para passar um dia inteiro, só a passear por lá, sobretudo se perderem o amor ao dinheiro e quiserem ir dentro do palácio e às áreas reservadas do jardim. 

 

Schönbrunn Palace - Maria das Palavras na Áustria, Viena

 

O que gostei mais? Em Viena, o palácio de Belvedere (visto dos dois lados) e o parque de diversões. Em Salzburg, simplesmente passear pelas ruas. Em Hallstat, que exista no mundo - estivemos um bocadinho num parque que o Google chama de Small Island, um bocadinho para lá de toda a comoção de turistas e vale a pena.  

 

E a comida? Alguém pode passar o sal aos austríacos? O especialidade deles é um panado e isso já diz muito. Foi por isso que fizemos para aí metade das refeições em italianos. Mas lá provámos as especialidades.

  • Provámos o Schintzel onde é suposto (no Figlmüller, Viena - notem que há dois, um para quem tem reserva e o segundo para quem não tem) e é um panado gigante bom, mas não passa de facto de um panado. As batatas com molho a acompanhar que apareciam na maior parte das fotos eram boas, mas se estivessem quentes não se perdia nada.
  • A famosa Sachertorte também provámos na origem (café Sacher, junto à Ópera), mas para comer bolo de chocolate com doce de alperce podíamos ter provado em qualquer lado. Nheca. 
  • Em Salzburgo fomos ao famoso Sternbrau e em Hallstatt comemos noutro restaurante tradicional. Em ambos provámos pratos típicos, cheias de saudades de comida tuga bem temperada e acompanhamentos tragáveis. A mostarda salvou tudo. 
  • Uma palavra para vocês: Käsekrainer! A melhor salsicha que comi na vida e isso sim vale a pena. Mete queijo, é estaladiça (quase prima do chouriço) e está tudo dito. É comida de rua, em Viena, e prometo que vão repetir (e querer trazer para casa). A primeira (e melhor) comemos no Wiener Würstl, junto à saída da estação de metro da Stephenplatz, bem no centro.
  • Também comemos Pretzels de rua em Salzburgo, mas...eeehhh. Venha antes a Bola de Berlim da Aipal.

 

O que provamos na Áustria - Maria das Palavras

 

Outras dicas:

- Do aeroporto para a cidade de Viena e vice-versa não vale a pena pagarem para andar no CAT (o serviço expresso). Por mais uma mão cheia de minutos vão no S7 (comboio da OBB) para Wien Mitte e daí de metro ou a pé para onde quiserem. Fica 2,40€ se não me engano + o bilhete de metro, se usarem, que são 1,80€. Já o CAT são 12€ e também vai até ao mesmo ponto.

- Entre cidades, usem o FlixBus sem medo. É uma espécie de bilhete low cost para comboio, que até usa as operadoras usuais onde o bilhete é mais caro (ou seja, vão no mesmo comboio onde poderiam pagar o dobro). Compram online e é só mostrar o bilhete no ecrã do telemóvel ao motorista. Mas melhor ainda, é não fazerem como nós e comprarem os bilhetes com antecedência que fica muito mais barato e aí até podem ir à OBB diretamente (que é tipo a CP, mas vermelha).

- Também pela restrição de tempo, mas porque não fazíamos questão, não entrámos em nenhum palácio e não sentimos falta. Talvez porque assim não sabemos o que perdemos, mas na verdade assim também não nos limitámos às horas de visita - fecham cedo, por isso se fazem questão consultem os horários.

 

 

Et voilá. Espero que daqui retirem alguma coisa de útil, vejam mais fotos no Instagram (há destaque do Stories com o nome Áustria) e se visitarem o país, partilhem comigo!

 

 

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12
Jun19

Um Expresso para o passado

Maria das Palavras

Na última sexta-feira revi-me num sítio que frequentei duas vezes por semana, por anos a fio. O terminal de expressos de Sete Rios. Sem estar preparada para isso, a nostalgia deu-me uma chapada. O percurso do metro aos Expressos, passando pelas lojinhas da estação, os (mesmos?) pedintes na base das escadas de acesso, os pombos à caça de migalhas, a fila para os bilhetes, a voz "AUTOCARRO CINCO, LINHA SETE", os senhores que parecem todos Toy's com bigode e umas mulheres encasacadas até aos dentes enquanto outras se passeiam descascadas em Havaianas, seja qual for a estação do ano.

Foi-me tudo tão familiar que instintivamente fiz a dobrinha no bilhete para o motorista rasgar a parte lhe pertence com facilidade, contei os lugares mentalmente para saber qual a minha cadeira, mesmo que não veja "onde estão os números" (há 300 maneiras de os colocar, aparentemente, e sempre alguém que vocaliza a pergunta), o medo de que nos levem  a mala que ficou lá em baixo, com a portinhola bem aberta até o autocarro arrancar. O wifi que é cem vezes melhor que num Alfa.

Infelizmente uma coisa - a que procurei mais avidamente assim que as recordações me assaltaram, a que só ali tinha a certeza de encontrar sempre - não estava lá. O Dove Caramel no bar do terminal. Assim sendo, acho que não volto tão cedo.

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07
Abr19

Roteiro de 4 dias na Bélgica | Parte I

Maria das Palavras

Vale a pena fazer uma escapadinha europeia à Bélgica? Sim. Conseguem encontrar voos baratos e é um país como muito para ver (e comer), além da capital. Eis a nossa viagem de Março. Dito assim parece que é uma por mês - quem me dera...

 

Maria das Palavras na Bélguca - Roteiro de 4 Dias (Foto em Bruges)

 

Fomos pela Ryanair (do Porto) numa quinta de manhã e regressámos na madrugada de Domingo para Segunda - voo às seis da manhã (os voos ficaram a 110€ por pessoa). Não se esqueçam que agora nas low cost têm mesmo de acrescentar mala. Há dois aeroportos possíveis para onde podem ir para Bruxelas, sendo que o de Zaventem fica mesmo em Bruxelas e o de Charleroi fica a pouco menos de uma hora. Nós fomos para um, voltámos de outro. Alugámos carro que levantámos em Zaventem à chegada e deixámos em Charleroi na partida. Foi pouco mais de €100 o aluguer e o gasóleo lá é mais barato (além de que não se pagam portagens) pelo que voltaríamos a fazer o mesmo, usufruindo da liberdade que o carro nos deu.


Ficámos em casa de amigos, o que foi duplamente bom (matar saudades de quem gostamos e poupar uns trocos em alojamentos), mas não me permite dizer muito sobre opções de alojamento (safem-se entre o Booking.com e o AirBNB, se não tiverem a app MyFriendsLiveThere).

 

Dia 1: Chegámos por volta da hora de almoço e seguimos para Dinant. A cidade é linda, pequena e fiquei particularmente orgulhosa de a ter acrescentado ao nosso roteiro, pois não é muito mencionada pelas pessoas ou guias online. Fica uma hora para sul de Bruxelas. Conseguimos estacionar gratuitamente e passear a pé (a cidade é pequena). Verão muitos saxofones, visto que é a terra de Adolph Sax e espero que tenham mais sorte do que nós a encontrar o de Portugal (há vários a representar países).   Há mais atividades (grutas, passeios ao ar livre, castelos), mas o que não devem perder é a vista do rio para a Igreja Colegialle de Notre Dame (não a do Quasimodo), a ponte dos Saxofones e a vista da Citadela (um forte que fica em cima da cidade e que pode ser acedido a pé, de carro ou teleférico). Há um biscoito típico de Dinant que podem comprar se quiserem testar a força do vosso esmalte (impossível trincar).

 

Cidade de Dinant | Bélgica - Roteiro de 4 dias Maria das Palavras

 

 

Dia 2: Na Sexta, aniversário do Moço, fomos cedo e tranquilos até Bruges. Fica a uma hora e vinte de bruxelas. Se forem de carro, estacionem no parque coberto junto à estação (Chantrellstraat 4262, 8000 Brugge, Bélgica, da Interparking) - paga-se, mas diz quem sabe que é a melhor opção. O centro da cidade vai encantar desde o primeiro momento. Passeiem muito incluindo a Grote Markt (= praça central) e a rua "das fotos" Rozenhoedkaai, sintam o aroma a waffles nas ruas, façam o passeio de barco pelos canais, vejam os doces a serem feitos na Zucchero e o chocolate artesanal na Pralinette. Vão tropeçar em lojas de chocolates a cada dez segundos. Sejam fortes. Ou não. Podem ainda procurar os moinhos de Bruges, o museu do Tintim (que no fundo é uma loja) ou a cervejaria De Halve Maan onde podem entrar para ver o processo de fabrico, beber uma 'jola e ver a cidade do topo (não o fizemos, mas li sobre isso). Almoçámos na La Bruschetta. Pelo nome podem perceber que não é comida típica, mas foi uma dica para comer bem, sem arruinar a carteira, num sítio onde é tudo puxadote.

 

 

Bruges | Bélgica - Roteiro de 4 dias MariadasPalavras.com

 

Da parte da tarde visitamos Ghent, que fica precismente a meio do caminho entre Bruges e Bruxelas. Vi-a com uma espécie de Bruges mais urbanizada. Mais uma vez larguem o carro e ponham-se a passear. Notem que o parquímetro pode não dar papel se puserem a matrícula. Desçam a KorenMarkt, vejam o trio Catedral/Campanário/Stadshal , depois passem a ponte St Michael e subam pelas margens Korenlei ou Graslei. Ou vice-versa. Mantenham sempre os olhos abertos para as paredes com graffiti, uma das imagens de marca desta cidade. Aliás, a Graffiti Street ia ser o meu ponto favorito da cidade. Mas depois fomos ao De Frietketel provar as melhores batatas fritas do mundo (e ainda por cima baratas), antes de voltarmos a Bruxelas, e a minha perspetiva sobre a vida mudou. O De Frietketel não fica perto do centro, mas valeu o desvio.

 

Ghent - Roteiro de 4 dias na Bélgica | Maria das Palavras.com

 

Continua...

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01
Abr19

Descobertas do Mês | Março 2019

Maria das Palavras

Rufem os tambores. As recomendações que vão mudar a vossa vida estão...noutro lado, provavelmente. Mas estas são as minhas e são partilhas de coração. Quatro categorias, selecionadas a meu bel-prazer, onde o único critério de entrada é: chateei toda a gente que conheço para experimentar isto e agora é a vossa vez. 

 

A série: Big little lies

Entrou nos favoritos de Março por um triz, visto que ia escorregando para Abril. Comecei esta série do HBO no Sábado e acabei...no Sábado. Eu sei, shame on me, que passei seis horas seguidinhas do meu dia agarrada à televisão. Vocês chamam-lhe preguiça, eu chamo-lhe um figo. Li o livro no ano passado e adorei - a Liane Moriarty foi a minha autora favorita de 2018, como talvez se lembrem (a cábula dos três que li aqui). A série tem algumas diferenças para o livro, mas a essência é a mesma e o elenco de luxo torna-a imperdível. Sete episódios: vá lá pessoal, dêem bom uso ao mês grátis de HBO, já que vão pôr em Abril para ver Game of Thrones. 

 

Pequenas Grandes Mentiras - Liane Moriarty | Review Maria das Palavras

 

A cidade: Dinant

Para os mais distraídos, fui á Bélgica num fim-de-semana prolongado em Fevereiro (porque o prolonguei, não porque ele tenha nascido assim). Já prometi que escrevo o roteiro em breve - foram 4 dias, 5 cidades - mas a surpresa foi Dinant. Não sei se gostei mais de Dinant ou de Bruges, mas sei que já era suposto gostar de Bruges e de Dinant não me tinham falado. Eita cidadezinha linda. 

 

Dinant | Bélgica - Maria das Palavras

 

O restaurante: Treestory

Ah, quem não adora comida de Geórgia? Muita gente. Mas só porque não conhece. Passei só um dia do mês em Lisboa (nem 24 horas chegaram a ser) mas chegaram para a descoberta gastronómica do mês: o Treestory. Não vale a pena lerem o menu que pouco vão perceber e as mocinhas também não falam o português mais claro do mundo (espaço para me engasgar quando disseram que o prato para provar todas as sobremesas eram 150€, mas afinal eram 15€). Até os meus sogros foram a torcer o nariz e voltaram de bandulho cheio. Vão e peçam ajuda para provar um pouco de cada coisa (ou peçam pelas fotos do Instagram - a que deixo aqui em baixo foi a que me convenceu a ir experimentar o restaurante e arrastar 8 pessoas comigo. E foi o petisco favorito de todos). 

 

 

 
 
 
 
 
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O livro: Sou um Crime, Trevor Noah

Não o li, ouvi-o no Audible, contado pelo próprio (na versão original: Born a Crime"). Estava na minha lista de desejados há muito tempo e sabia que era uma auto-biografia do comediante que apresenta o The Daily Show que é jeitoso e tem uma pronúncia engraçada. Tendo em conta que cresceu na África do Sul, não esperava um relato de conto de fadas. Tendo em conta que o conheço como apresentador de um conceituado programa norte-americano, não esperava metade do que aconteceu.  Só lido. Contado não tem graça - só se for pelo Trevor.  Não é comédia. É a vida real como não a conhecemos. 

 

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20
Mar19

Eu fui à Bélgica, de avião...

Maria das Palavras

Quem sabe cantar este título?  

 

Cumpri a música ou lengalenga infantil e fui à Bélgica de avião. Não encontrei o borrachão pelo caminho (ou no aeroporto) porque já o levava comigo. Em 4 dias visitei 5 cidades, entre as quais duas que entram diretamente para o meu top de cidades europeias favoritas.

 

A Bélgica, estranho agora, não faz parte da wishlist de viagens de pessoa nenhuma que eu conheça. É daqueles países a que se vai porque, enfim, queremos ir a todo o lado, e muito provavelmente o tuga até tem lá família ou amigos (foi o meu caso). Mas quando se diz "queria mesmo ir" normalmente a resposta está em Londres, Paris, Amsterdão, Roma, Praga,...Nunca está em Dinant ou Bruges, cidades de um encanto muito própriio que fiquei felicíssima por conhecer, não só porque cheiram a waffles

 

Partilharei convosco o roteiro e todas as opiniões (mesmo que não queiram), mas para já partilho o conselho: vão à Bélgica e deixem-se supreender. 

 

 

 

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19
Nov18

Fui ao Brasil, adoeci e descobri a cura.

Maria das Palavras

2018 | Maria das Palavras - Pontal de Maracaípe

 

Para quem não sabia que fui ao Brasil: é bem feito, acompanhassem o Instagram! Muito haveria a dizer sobre a belíssima jornada que fiz nesse belíssimo país com bons amigos, mas o facto importante é que vim de lá doente.

 

A DOENÇA

Eu explico. As rádios do nordeste brasileiro só passam 1) religião, 2) debates favoráveis a Bolsonaro  e...3) música brasileira. Em particular, música sertaneja. A pessoa começa por reclamar, depois desdenha e quando dá por si está a cantar o "sofázinho de dois lugares" com alma (não  pesquisem). Felizmente é uma doença cuja consequência máxima são abanicos de corpo e microfones invisíveis nas mãos. Chega até  a ser agradável embora ainda se tenha algum pudor em contar à família: "olá, eu sou a Maria e consumo Luan Santana".

 

Conclusão: viemos todos de lá com a impressão que íamos Ludmillar o Natal, pois os batuques e letras sui generis não nos abandonavam a mente e o White Christmas estava claramente a perder, debaixo do sol e do ritmo brasileiro. 


A CURA

Ontem, como combinado mesmo antes da viagem, eu e o Moço fomos ver o Bohemian Rhapsody. E esse filme magnífico do qual não é suposto gostarmos curou-me complemente. Afinal, ninguém pode passar duas horas a ouvir Queen e ainda ceder a Wesley Safadão. 


 

PS.: Poupem-me o hate por dizer que a música sertaneja é doença.  É brincadeira de quem se deixou viciar. Dizem que o amor também é e ninguém se chateou com o Espadinha por isso. Além disso, já fiz uma playlist no Spotify...do Moço.

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20
Mai18

5 Dicas Preciosas para irem aos Passadiços do Paiva

Maria das Palavras

Maria das Palavras | 5 Dicas para fazer os Passadiços do paiva

 

Estou longe de ser uma expert em qualquer coisa que conte como actividade física, mas estou a tentar tirar mestrado na arte de bem viajar, seja lá fora ou cá dentro. Um passeio a Castelo de Paiva deve constar da lista de qualquer pessoa que tenha por objetivo conhecer o mundo. Começando pelo nosso belo canto à beira mar plantado. Eis as dicas recolhidas este fim-de-semana: 

 

Dica primeira
Em podendo, fiquem alojados por perto. Vai saber bem fazerem os Passadiços frescos e retemperar forças por perto logo a seguir. Não que sejam de uma exigência física soberba (esta lontrinha fê-los sem se cansar muito), mas mexe com o gémeo da perna. A minha sugestão é a que experienciei na primeira pessoa e portanto a única que posso recomendar: O Rio Moment's.

 

Piscina e envolvência Rio Moments - Estadia em castelo de Paiva

 

Turismo rural de luxo, é o que é. Inserido numa paisagem verde deslumbrante onde só se ouve o Paiva a correr e os pássaros, com os seus próprios mini-passadiços (e mini-cascata), a acompanhar de simpatia, bom-gosto, pequeno-almoço variado e caseiro, jacuzzi e uma piscina que também não calha mal. A repetir. O quarto nº10 era o nosso, dono desta varanda. 

 

Quarto 10 do Rio Moments - Maria das Palavras - estadia em Castelo de Paiva

 

 

Dica segunda
Vão numa época de calor moderado e ao início da manhã ou fim da tarde. O percurso que fizemos só apresentou dificuldade na subida inicial (que nem se paga, a bilheteira é no cume dessa subida) e de resto foram 8 quilómetros tranquilos, quase sempre planos ou a descer. E começámos já passava das quatro. Mas ainda assim fui mais despida do que já me tinha apresentado ao mundo este ano e tive calor. Bem calçados, escuso de dizer, não é? 

 

Dica terceira
Comprem o bilhete online antes, que pode esgotar (custa 1€). Como têm de indicar onde querem entrar, aconselho que façam o percurso no sentido Areínho-Espiunca. Foi o que li nas minhas pesquisas antes de ir e foi o que aconselhou também a senhora do hotel onde ficámos. Não posso comparar, porque não sei como seria ao contrário, mas tirando a subida inicial (que me fez entregar a alma ao demónio), posso dizer que nem estava muito cansada no final, portanto é capaz de fazer sentido. Claro que podem sempre fazer os dois sentidos se forem tolos quiserem. Mas eu sem a motivação de conhecer a paisagem, já não voltava para trás. paisagem passadiços do paiva.jpg
O que fizemos foi deixar o carro no parque (gratuito) de Espiunca e apanhar um taxi para a partida no Areínho. Foram 16 euros (que dividimos com outras duas pessoas que iam fazer o mesmo percurso) e um quarto de hora de viagem. Assim, no final, já estávamos com o carro ao pé e não era preciso esperar por nada, nem preocuparmo-nos.

 

Dica quarta

Comam bem! Quer acabem perto da hora de almoço ou de jantar, peguem em vocês e vão a Alvarenga ao Abrigo da Paiva. Peçam carne da raça arouquesa (que mimo!), embora quem nos recomendou o restaurante se eprca nas pataniscas. Mais recomendações cinco estrelas, com a garantia de qualidade Maria e Moço, para a duração da vossa estadia: Dona Amélia em Castelo de Paiva e O Parlamento em Arouca (obrigada a quem me fez estas recomendações ótimas via Facebook e Instagram, aquando do meu pedido de ajuda).

 

Dica quinta

Aproveitem tudo. Não façam a visita a Castelo de Paiva só pelos Passadiços (embora sejam imperdível), nem façam os Passadiços só para chegar ao fim, sem se deliciarem com a paisagem. Fizemos o percurso em duas horas e meia com uma paragem para petiscar (vão prevenidos com água e lanchinhos, embora haja um bar mais ou menos a meio) e muitas fotos pelo meio, mas até podíamos ter demorado mais. A praia fluvial do Vau fica a meio e há muito para a apreciar em cada miradouro.

 

No meu perfil do Instagram (@mariadaspalavras) guardei um tópico "Castelo de Paiva" onde podem ver mais desta nossa visita ilustrada. Bons passeios!

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20
Mar18

Diário da Islândia #4 | Ainda na Capital

Maria das Palavras

Local de Partida: Reykjavik, Islândia

Local de Chegada: Reykjavik, Islândia

 

Ora movendo a conversa da lagosta que neste dia ainda há muito por comer. Hããaa...dizer! E mostrar! E se acharem mínima graça às fotos, vale lembrar que há mais no Instagram @mariadaspalavras que não serão publicadas aqui (para não vos maçar). 

A chuva começou  picar-nos por volta desta hora, mas não constituiu problema: o próximo passo era visitar o Harpa, o maior centro de espetáculos do país e também com uma arquitetura vanguardista. Aproveitámos para recarregar baterias em todos os sentidos: descansar um bocadinho e dar energia à máquina fotográfica. 

Harpa Concert Hall - maria das Palavras na Islândia | Reykjavik

 

Depois continuámos pela linha da água com uma vista assim a este nível, mesmo enevoada: 

 

vista da costa em reykjavik - maria das palavras na Islândia

 

Até chegarmos ao Sun Voyager (ou Sólfar), uma escultura dedicada ao Sol e representante da esperança, que faz lembrar um cruzamento entre um esqueleto de baleia e um barco viking: dois elementos muitos fortes na Islândia, apesar de não ter visto nenhum fora das lojas de recordações (nem baleias, nem vikings). 

 

sun voyager - reykjavik - maria das palavras na islândia

 

Percebe-se porque têm uma estátua dedicada ao Sol nesta terra - embora não se perceba como estão ali aquelas pessoas na foto sem escorregar. Tão depressa ele não se esconde meses a fio, como se deita com as crianças. No Inverno, neste Fevereiro, anoitecia pelas 18h, pelo que começámos num passeio vagaroso de volta ao nosso alojamento. E passear nesta cidade é ver cores, ver luzes de Natal, ver candeeiros às janelas. Isso e roulottes de waffle com Nutella onde também se pode pagar com Multibanco - já disse que lá se paga tudo com Multibanco? Era eu a comer o dito e a Nutella a voar ao vento. Mas feliz. 

 

maria das palavras na islânida - as ruas de reykjavik

 

Excluindo: (1) o Perlan que deixámos de parte propositadamente - é um museu sobre a beleza natural da Islândia e tencionávamos vê-la ao vivo, com um bonito miradouro, mas já tínhamos ido ao da igreja, (2) o Museu Falológico (sim! isso) e (3) uma parte da rua das compras (que não tencionávamos fazer porque o luxo na Islândia é comer); depois desta humilde passeata, tínhamos dado à volta à cidade pelos pontos mais importantes. E sim, um dia chega perfeitamente para experimentar Reykjavik, mesmo que quiséssemos fazer as outras coisas. O nosso roteiro de um dia foi assim, em 7 quilómetros:

Roteiro de 1 dia em Reykjavik - Maria das Palavras na Islândia

 

E depois chegou a refeição para a qual andávamos a guardar as pupilas e as papilas. Como já disse 367 vezes sobre esta viagem, comer é deveras caro na Islândia. O problema é que também é extremamente bom: peixe e marisco fresquíssimo, borrego de chorar por mais (lamb! lamb! lamb!), o tal do pão de centeio feito na terra quente das hot springs e Skyr upa-upa-nada-a-ver-com-o-que-se-vende-cá-e-de-todos-os-sabores. A gastronomia deles e os chef's são reconhecidos e já tínhamos posto uma fatia de viagem de parte para ir a bom restaurante, deleitar a barriguinha. 

Com a ajuda do Trip Advisor e uma reserva feita antecipadamente, ainda em terras lusas, fomos ao Resto. Onde comemos um folhado do bacalhau mais fofo que tive o prazer de conhecer, um queijo incrível no forno, borrego muito bem confecionado e o peixe  com lagosta que moram nos meus sonhos. 

 

resto - restaurante em reykjavik - maria das palavras na Islandia


Felizmente não temos hábito de beber alcoól às refeições e as sobremesas não eram do meu agrado, o que tornou possível ir lá comer sem ficar a lavar pratos. Estou a brincar. Não foi assim tão caro, embora o seja para os padrões de quem está agora habituado a deliciar-se no Porto ou em Espinho. Aliás, percebemos logo que não ia ser incomportável (além da pesquisa feita). O sítio era fino o suficiente para ter onde pendurar os nossos casacos, mas não tanto que não tivéssemos de ser nós a pendurá-los. Fino o suficiente para servir água (sempre da torneira que eles não bebem outra) em garrafa de vidro, mas não tanto que no-la servissem no copo. Mas era uma atmosfera linda, de meia luz e música calma. E a comida: aiiii...

 

drool

 

Um contraste perfeito com o nosso regresso ao quarto. Onde um vizinho do lado quis meter conversa connosco a explicar um drama qualquer com bagagem que lhe tinha acontecido e eu, que falo bem inglês, percebi pouco mais do que Hi. E o WC do nosso andar parecia um filme de terror, com t-shirts molhadas num canto do chão, papel higiénico espalhado e tudo e tudo. Ah, os fins de noite perfeitos...

 

Não saiam daí, que no próximo texto da Islândia começamos a chegar a cenários ainda mais inacreditavelmente bonitos. E muito em breve...CAVALINHOS!

 

[Cliquem aqui para ler todos os episódios do Diário da Islândia publicados até ao momento e adicionem-me no Facebook e no Instagram da Maria - @mariadaspalavras - para saberem quando saem novidades fresquinhas. No caso da Islândia: geladas.]

 

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