27
Mai15
A fome que é negra e Pragas Familiares
Maria das Palavras
Hoje esperei - literalmente - horas para almoçar com um amigo. Esperei tanto que já nem estavam a servir refeições no tasco da esquina onde combinamos. Já sentados, a devorar dois pregos ensossos e um cachorro em pão ressequido, ele diz-me:
- Isto está mesmo bom, não está?
A provar que tudo na vida é relativo. Bem me dizia o meu pai quando eu recusava "pão de ontem": hás-de querer pão com bolor para comer e não o terás.