A História de Amor Mais Amada
A Byfurcação descreveu Romeu & Julieta da forma certa, pensei eu, quando recebi o convite para a ante-estreia. Nunca achei que fosse a história de amor mais bonita. Na verdade, costumo descrevê-la assim:
Eram dois adolescentes parvos que ficaram cheios de pica quando se conheceram numa espécie de baile de finalistas com máscaras porque não tinham a conseguido dinheiro suficiente para a viagem a Lloret del Mar. Quando perceberam que os pais (que eram maus vizinhos) se odiavam e proibiam a relação, ainda mais se empenharam naquilo dando-lhe trejeitos de tragédia épica, porque o que os adolescentes mais gostam na vida é de contrariar os pais (e fazer drama). Depois houve falhas de comunicação no plano que era suposto juntá-los, porque na altura não havia Whatsapp, e a coisa deu para o torto. Morreram. Mais dois adolescentes finados por parvoíce e desta vez não foi nas ondas da Costa. Fim.
Mas, como disse, a Byfurcação descreveu-a como a história de amor mais amada. O que, para mim de forma incompreensível, visto que corre mal de todas as maneiras possíveis, é verdade. Agora, em vésperas de estreia começaram a lançar mensagens cruzadas sobre a a peça na versão deles (que é sempre diferente do cliché) e eu estou deveras intrigada:
Eles são ela e ela é ele?!
Vou pegar no Moço (mais ou menos, ele é que vai pegar em mim, salvo seja), e vamos em direção ao micro-clima de Sintra (roupinha quente, calçado confortável, como manda o convite) para ver este Romeu & Julieta e quem sabe...comer um pastel.
Vamos daqui a pouco...Curiosos? Também eu...