A Melhor e Mais Feia Árvore de Natal - Parte I
No ano passado até se pode dizer que já morávamos juntos, mas não tínhamos a "nossa" casa. Ele já passava lá todo o seu tempo e tudo o que era seu já me ocupava o armário, as gavetas, o coração, enfim. Já chegávamos a casa do trabalho para os braços um do outro. Mas não tínhamos a "nossa casa".
Não quis fazer árvore de Natal naquela que não era a "nossa" casa. Ninguém ia passar lá o Natal e aquele era um espaço que eu ocupava há muito tempo mas que não tinha tido nunca o significado de família (que para mim é sinónimo da época que se aproxima).
Ele e a minha irmã espernearam, mas não havia nada a fazer: a casa não era nossa, era minha. Eu não sentia Natal naquela casa e portanto ali não haveria uma árvore.
No entanto, comprámos um enfeite. Nós os dois, entre tantas peças bonitas no Gato Preto, escolhemos um que teria como destino a nossa primeira Árvore de Natal, na nossa primeira casa. Essa casa que era um plano e hoje é uma realidade (não digam ao senhorio que eu disse que a casa era nossa).
Pedimos para embrulhar. Confesso que já nem me lembro que enfeite era, ao que se parece. Hei-de descobrir no dia em que tirarmos um bocadinho para fazer a árvore, algures no próximo mês se é uma estrela, uma rena ou um boneco de neve...ou nada disso (aceitam-se apostas).
Depois há outro problema. Nesta altura toda a gente se esgatanha para ter a árvore mais bonita (leia-se a que terá mais likes no facebook). A mais dourada, mais vistosa, maior, mais hipster-chic ou glamour-classic. E eu odeio ir em modas...
(continua)