Chamei pela minha mãezinha.
Não vos cheguei a contar. No fim-de-semana em que tinhamos basicamente de encaixotar toda a casa de Lisboa (sem falta) recusei qualquer ajuda. Nem era carregar as coisas, era só mesmo reuni-las. Quão difícil poderia ser? Muito.
Quando chegámos as 20h de Sábado e tinhamos esvaziado exatamente uma (UMA!) divisão comecei a entrar em pânico. Fui até à cozinha beber um copo de água e e quase lacrimejei a pensar nessa divisão - a mais temida - onde nem saberia por onde começar para não partir tudo.
Tenho algumas caraterísticas incompatíveis: sou muito independente e gosto de fazer as coisas sozinha. Por outro lado, não tenho paciência para nada detalhes (como acondicionar cada prato) ou esperar que as coisas que levem o seu tempo a arrumar...levem efetivamente o seu tempo. E tempo era coisa que nem sequer tinhamos. Creio que foi quando disse esta tolice inexequível em voz alta que o Moço me disse que tinhamos de pedir ajuda e mai'nada: Vamos deixar cá tudo e comprar as coisas novo.
Liguei ao SOS. A minha mãezinha. E de facto quem tem uma mãe tem tudo, mas quem tem a minha tem mais.