Como te tens alimentado, Maria?
Recebo centenas de emails diariamente a perguntar como me tenho portado no pós-66 dias sem porcarias, o desafio que me fez recusar tudo o que era gorduras e açúcares durantes os primeiros dois meses do ano e um pouco mais. Mentira. Ninguém quer saber, mas eu conto na mesma.
Tenho-me alimentado melhor? Mantive os hábitos saudáveis?
Não. A resposta é um redondo não. Por várias razões. A primeira é que não consigo. Disfarcei que tenho a força de vontade de uma barata de carapaça mole porque, mais do que gulosa, sou teimosa: portanto assim que proferi a promessa sabia que a haveria de cumprir. No entanto, essa promessa acabou. E logo a seguir à dieta veio a viagem à maravilhosa Nova Iorque (acompanharam no Instagram? Querem mais fotos ou posts sobre a viagem? Talvez um vlog com alguns dos bocados que filmei para o nosso álbum de memórias pessoal?). Ora, associado a uma viagem a NY vem muita pizza, muito donut, muito cupcake e diversos tipos de pequeno almoço que envolvem maple syrup. Como se isto não chegasse, quando regresso à rotina, não é bem a rotina estável de há uns tempos. Sou eu a morar sozinha, com arrumações para fazer e viagens a Lisboa ou Leiria quase todos os fins-de-semana. Que é como quem diz: sou eu, sem vontade de fazer comida decente só para eu comer e a correr de um lado para o outro, a precisar de petiscar a horas e em sítios onde há pouca granola.
Conclusão: não, o corpo não se habitua a comer de forma saudável a partir dos 20 dias de privação ou lá o que era. Mas a conjuntura também não tem ajudado. Ops.