Comprar casa ou não: eis a questão.
Pequena sondagem: moram numa casa comprada ou arrendada?
Eu diria que aos 31 seria capaz de responder com a primeira opção, mas a vida é muito poucas vezes aquele que pensámos que íamos fazer dela. O que não significa que seja pior. Quando estava em Leiria sabia que queria ir para fora: não porque não gostasse da minha cidade (#leiriaélinda) ou das minhas pessoas, mas porque sempre tive trejeitos de independência e sabia que queria criar um espaço novo, só meu.
Em Lisboa convenci-me que seria para sempre. Cheguei a considerar trabalhar fora, quando as pessoas ainda o faziam por vontade e não por necessidade, mas não cheguei a dar o salto - e mesmo aí considerava que fosse uma coisa temporária. Na última casa em que morei, cheguei a pensar que se tivesse mais um quarto, era bem capaz de me convencer a nunca mais mudar (e sabe Deus - mais quem já as fez, como as mudanças são custosas).
Depois levou tudo uma cambalhota e vim parar ao Norte, onde sempre onde sempre adorei passear, mas nunca considerei poisar. Sou feliz aqui e moro numa casa que me apaixonou assim que abri a porta e depois as janelas para a rua. Não por ser uma casa nova (que não é) ou perfeita (que não é) mas porque tem luz de dentro para fora e de fora para dentro.
Mas mesmo vendo-me a ser fiel tanto a esta casa como à outra, já não sei como garantir que isto vai durar muitos anos, quando há pouco jurava que nunca moraria ao pé da praia (e cá estou eu, um rato de cidade a poucos metros da areia). Suponho que o trauma de não controlar a vida vai assentar e um dia estarei (estaremos) preparados para esse passo. Hoje não é o dia, e por um lado é uma pena, agora que até tenho contactos privillegiados no mundo imobiliário, com uma amiga da maior confiança a trabalhar na agência Comprar Com Arte (aproveitem vocês, se estão nessa fase).
Ela ajudou-me a escrever um texto no blog Aprender Uma Coisa por Dia, com 5 Dicas para Comprar casa. Não deixem de espreitar!