#desastresnacozinha: especial aniversário
Não sei se já vos tinha dito, mas eu sou uma apressada. Quando tenho uma coisa para fazer e as ferramentas à disposição, quero despachá-la logo e ficar descansada. Por exemplo, se tiver um jantar para uma dúzia de pessoas lá em casa, o Moço bate-me nas mãos para eu não começar logo a pôr a mesa quando acordo.
E ontem dei outra vez um ar da minha graça. Queria fazer um bolo de aniversário que o Moço gostasse e pudesse comer sem estragar as suas 1001 dietas (o bichinho é este, e diz quem gosta de banana que é delicioso, mesmo sem levar açúcar, nem farinha, nem manteigas). Pus mãos à obra de vespera, o bolo é super fácil, ficou pronto num piscar de olhos. Tirei-o do forno. Já tinha preparado o prato e alinhado as velas para ele. Por isso, apressada - ja disse que sou apressada? -, desenformei o bolo a queimar as mãos. Foi fácil porque agora uso sempre formas de silicone. E que lindinho estava o bolo. Fui buscar o côco ralado para lhe pôr em cima e salpiquei-o de branco.
Lembrem-se que o aniversário era só no dia seguinte, mas eu estava a despachar trabalho. E já tinha as velas em cima da mesa...não esperei, coloquei logo as velas no bolo também. Sim, as velas para soprar daí a 24 horas. Não, nem sequer vai ser cá em casa.
O bolo ficou imponente, 30 torres azuis erguidas, dei uma palmadinha nas minhas próprias costas e afastei-me da cozinha.
Talvez já tenham adivinhado o desfecho...as velas são de cera que derrete quando aquece (surpresa!) e o bolo estava acabadinho de sair do forno. Por isso quando voltei à cozinha, passados uns minutos, as velas estavam tortas, caídas, com a cera azul amolecida para dentro do bolo. Não tinham base, era velas com cotinhos. Molho de vela em 30 buracos de bolo bem contados.