Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

Out15

Dos embicanços #6

Maria das Palavras

Pessoas crescidas que chamam "chapelinho" ao acento circunflexo.

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Ideias e Baleias 15.10.2015

A ilusão de que as pessoas "crescem" apenas que o corpo cresce é comum.
Pelo que tenho observado, os adultos continuam a comportar-se como crianças. Têm manias, fazem birra, brincam quando podem, repetem hábitos de quando eram crianças, comem e não comem o que comiam/não comiam em crianças, etc etc.
Conheço muitos homens de várias gerações e a norma é portarem-se como crianças (não da mesma forma, mas a essência está lá). Nas mulheres não se nota tanto isso porque constroem uma imagem de responsáveis, mas também já vi mulheres muito brincalhonas.

O exemplo do "chapelinho" é um reflexo das memórias de infância e da permanência parcial nesse estado mental. E que ficará para sempre, por norma.

Acontece com todos nós, excepto com aqueles que são excessivamente cinzentos, sinal de que a criança interior está morta ou bem lá no fundo.

Já escrevi muito...
Maria das Palavras 15.10.2015

Cuidado: Ser brincalhão/estar em contacto com a criança interior e ser infantil em idade adulta são coisas diferentes.

Claro que o chapelinho, é mesmo como diz o título: apenas um embicanço. Nada de grave.
Ideias e Baleias 15.10.2015

Sim, claro que são diferentes.
O que tenho visto são pessoas do primeiro grupo, não dos que são infantis.

Não é grave. Como disse, é um reflexo da permanência da nossa infância nos nossos actos de adulto. Não é defeito, é característica.