Em defesa das meias
As meias têm muito má fama no Natal. São tidas como aquele presente de vão de escada que ninguém quer e toda a gente recebe.
Eu não sei quantos à saúde dos vossos pezinhos, mas cá por casa (leiam com calma não sei se estão preparados para saber isto)...usam-se meias.
Verdade.
Mais: nesta altura usam-se meias numa base diária. E, muito embora, tentemos cortar as unhas pelo menos uma vez por ano, ou de dois em dois, com o serrote do meu tio: as meias também se rompem de gastas.
E eu que me assumo que já recebi muita prenda que não queria ao longo da vida, posso dizer que a desilusão nunca foram meias. Já recebi álbuns de fotos que não me servem para nada na era digital, CD's de bandas que me passam ao lado e roupinha feia, por exemplo.
Uma meia pelo menos é aquela peça segura. Quão feia pode ser uma meia? No máximo é a meioca branca ou tem um cartoon que não é da nossa preferência. Mas para arrumar debaixo das botas serve que é um mimo. É muito difícil errar.
Por isso eu digo: abaixo o desdém contra a meia. A meia é melhor que um naperon com cisnes. A meia é melhor que uma enciclopédia. A meia é melhor que os Mon Cherry que nunca gostei.
A meia é a prenda de quem mostra que te conhece: sabe que tens pés.
#usomeias