Este blog não é sobre livros #14: O Fabricante de Bonecas de Cracóvia
Tem sido difícil arrancar-me do meu marasmo com a leitura. Foram precisos, literalmente, dois avião avariados para me dedicar com afinco a este. Não porque fosse desinteressante, gerou-me logo sentimentos mistos. Por um lado tem uma daquelas capas que apetece emoldurar, um nome que promete tanto e um tema que se cola à segunda guerra mundial, acerca da qual tenho um fascínio (negativo, pois claro). Por outro lado, mete magia e bonecas que do nada começam a falar. Tendo a não gostar de livros que não decidem se são realidade ou fantasia.
Ainda assim, provando que o aspeto das coisa e das pessoas interessa sempre mais do que queremos admitir (aquela história das primeiras impressões) peguei nele - uma prenda de Natal - quando tinha outras dezenas em espera.
E gostei. Não o recordarei como um livro que conta uma grande história (a história é singela, como às vezes as coisas que realmente interessam). Mas fica como o livro que conseguiu explicar com bonecas e magia e ratazanas uma coisa tão feia e crua e real como uma guerra. Para além da capa e dos terrores da guerra, continua aser um livro bonito. Ora experimentem.