Eu manjerico, tu manjericas, nós martelamos.
Quando saí de Leiria perdi o 22 de Maio (que era um simples feriado municipal) e ganhei o 13 de Junho e uma tradição que nunca tomei por minha. Fui ao Santo António algumas vezes (prometi sempre que seria a última) e desde a primeira, que acabou comigo encerrada num elevador avariado às seis da manhã, à ultima, a comer sardinhas sobrevalorizadas num tasco de Carnide, nunca lhe tomei o gosto.
Agora venho para norte, contente por me livrar disso, ao menos. Quando me deparo com o terror. Já vi à venda no Continente da terra martelos (MARTELOS) para o São João. Já ouvi aconselhar o alho porro para fugir às marteladas na cabeça, por meio do seu aroma (des)agradável. Como explicar isto de forma civilizada? Se casamentos de grupo e cerveja nos pés não faziam o meu género mais a sul, marteladas na cabeça a norte também não entram o meu programa ideal.
Digo aos Santos, o mesmo que os rapazes dizem às miúdas em quem não estão assim tão interessados: o problema não são vocês, sou eu. Mas estão à vontade para me encher a caixa de comentários com motivos para se adorar qualquer uma das celebrações (e ofensas várias por não ser o caso).