N.amor.ado
Costumo dizer que o que nós temos não cabe em palavra nenhuma. Muito menos numa tão feia, de vogais ásperas, cheia de letras, tão comprida mas com significado a menos.
Bem sabes a história do que me custou anunciar-te à família:
- Vou ao Porto com o meu namndjssdghgc.
Foi mais ou menos assim. A família rebentou em gargalhada com o meu jeito-sem-jeito. Acho que nunca digo a palavra inteira, deste rótulo que parece que não assenta. Digo:
- Este é o Moço.
E espero que percebam que és o meu namoeddubhhhh. Sejam espertos.
Não é que me envergonhe de ti - caramba, como poderia?! O problema é da estúpida da palavra.
Hoje olhei com mais atenção para o vocábulo a que sou avessa. Reparei na palavra mais pequena (mas infinitamente maior) que esconde. Acho que vou treinar-me a dizê-la. Ou então não.
[o Dia dos Namorados é amanhã , mas o Dia dos Namiujporyfgsj é sempre]