26
Jan15
O que não fazer no Dia dos Namorados
Maria das Palavras
Já percebi que o tema prolifera apesar de ainda faltarem umas semanas. Os saldos já não são novidade desde o ano passado e é preciso dar um toque ao consumidor mais distraído, para começar a gastar. Já há tantas dicas de como supreender e o que oferecer, que achei que o que fazia falta era uma not-to-do list.
Atentem nos meus parcos mas incisivos conselhos.
- Jantar fora. Depende dos gostos claro. Se gostam de alimentar as varizes passando muito tempo em pé à espera, menus especiais (para passar especialmente fome e pagar especialmente muito), comida crua, empregados impacientes, aquele barulho inconfundível de restaurante cheio...by all means, sigam para essa opção. Mas para sossego e intimidade, nada como um jantar romântico em casa - tudo preparado com antecedência, para não dar trabalho nesse dia. Velas acesas, tudo nos conformes. Se em casa há petizes, até compreendo que a experiência caótica do restaurante pareça apetecível. Nesse caso já deviam ter marcado há 4 semanas façam já a reserva.
- Aproveitar a data para um pedido - seja de namoro ou de casamento. Só pode correr mal de duas maneiras. A metade da laranja diz que sim e ficam com uma data horrível e muito pouco exclusiva para comemorar o sucedido em anos futuros. Ou, a metade da laranja diz que não e ficam mais ressabiados do que nunca com esta data já pseudo-depressiva. Vá lá, o cupido não andou a gastar setas para viverem no mundo dos clichés, escolham um dia só vosso para essas mariquices.
- Comprar prendas caras. Deixem isso para as datas mais vossas e menos comerciais. Se querem mesmo oferecer escolham algo simbólico. E pelamordedeus não gastem dinheiro com aquele urso de peluche gigante branco a agarrar um coração vermelho que diz "Amo-te muito". Não há quem tenha onde enfiar isso. E lembrem-se que se a coisa correr muito bem, um dia, esse mono que compraram, vai ocupar um canto do VOSSO quarto.
- Assumir que se tem planos com alguém. Saíram um par de vezes e estão tão cabeça-na-lua que se esqueceram que pode ser cedo para começar a exigir esta comemoração. Não assumam nada, ok? Na dúvida também não se comprometam em ir àquelas sessões de auto-pena dos jantares de solteiras (a não ser que sejam mistos e vão à pesca). Mesmo quando a solteira era eu (e fui-o todos os anos a.m. [antes do Moço] as reuniões de amigas solitárias ao género eu-sou-mais-eu nesta data davam-me vontade de bater com a cabeça nas portas. Acho que nem é preciso dizer que, neste caso, não se aplica prenda nenhuma. NENHUMA. Se houver algo de facto marcado para a data, ele pode no máximo aparecer uma rosa - não é nada de fantástico, nesta altura até à porta do metro dão rosas, e fica bem. Mas nada de gestos drásticos, ok?
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