Os primeiros dias do ano.
Engraçado como tentamos dar significado a tudo o que acontece nos primeiros dias ou horas de cada ano novo. Se encontramos um cêntimo no chão vai ser um ano de sorte, se partimos um copo vai ser um ano complicado. Começa bem! Ou: começa mal! Isto é bom ou mau prenúncio.
Ainda há quem diga que cada um dos doze primeiros dias do ano lança o mote para cada um dos doze meses. O que para muita gente significava só que Janeiro ia ser um mês de ressaca e Fevereiro ia ser um mês pouco produtivo no trabalho.
Cerca de 110% das pessoas gosta de contemplar o mar logo no primeiro dia, vendo qualquer coisa maior nas ondas do que a hipótese de afogamento. Um infinito qualquer. Uma liberdade qualquer. (Eu escolho antes a liberdade de desejar um bom ano do sofá com mantas, que sossego é que o mais quero para o resto de 2018.)
São dias de fazer planos e implementar resoluções que vão durar cerca de uma semana e meia.
E não há problema nenhum em nada disto. Não há problema nenhum em querermos forçar simbolismos e energias renovadas, mesmo que não passem de ilusões passageiras e crenças que a passagem de uma hora do dia 31 de dezembro para a outra do dia 1 de janeiro vai mudar alguma coisa. Porque independentemente do que acontece no futuro, o que importa é a forma como vivemos o presente. Se for com um sorriso de esperança nos lábios, tanto melhor.