Porque não tenho falado do Moço.
Nunca sei exatamente onde ficam os limites do que devo partilhar aqui ou não. Em teoria, sei: tudo o que é da esfera muito íntima fica de fora. Na prática, escrevo coisas neste blog que jamais diria em voz alta e parece-me que isso é mais íntimo que o número da segurança social. Assim sendo, vou levando a coisa como me apetece e dentro de bom senso.
Alguém notou num comentário: não tens falado do Moço. E é verdade. A explicação é simples, mas não a tenho partilhado tanto como o tempo que ocupo a pensar nela e, olhando para trás, parece-me de mau tom, visto que tanto vos chaguei (e continuo a chagar) com a mudança que levou a minha vida e até me roubou tempo para escrever aqui mais e melhor.
O que se passa é que o Moço deixou de morar comigo. Pelo simples facto de ainda estar a trabalhar em Lisboa e eu me ter mudado para norte já há uns meses. Parece que o fim desta situação está à vista, apesar de ainda não ter data marcada. No entanto, passamos muito pouco tempo juntos e há muito menos episódios típicos nossos para vos contar. Já para não dizer que eu sou completamente inapta para relações à distância (tenho confirmado, mas já desconfiava), visto que gosto pouco de falar ao telefone para mais que coisas práticas e no geral sou estranha de saudades.
Tudo somado e dividido, tenho tido menos tempo para o Moço do que para o blog (sim, ainda menos) e isso reflete-se em cada texto. Mas está tudo bem, agradecida pela preocupação. Continuamos a ser os mesmos tontos apaixonados - mesmo quando passamos vários dias que mal falámos, quando tudo o que falamos são ninharias, até quando nos zangamos a sério. E isso é que interessa.