Serviço Público: A arte da reunião com os amigos
Após estudos levados a cabo durante anos, com diversos grupos de teste, posso partilhar convosco o segredo que leva a que não vejamos determinado conjunto de amigos de ano a ano (ou ainda mais espaçadamente). O problema é quase sempre as agendas apertadas ou pseudo-apertadas. À medida que avançam os compromissos profissionais, sentimentais e outros que tais a disponibilidade desce e os amigos ficam na base da pirâmide de Maslow - afinal, online ou via telemóvel dá-se sempre um jeitinho, não é?
Vão reconhecer esta conversa num grupo de Whatssup perto de vós:
- Então pessoal que data dá jeito?
- Epá, esta semana estou super ocupada.
- No fim de semana tenho de levar o puto a ver os avós.
- Este mês ando cheio de trabalho.
- E se for a 12 do mês que vem?
- A 12 faz anos a minha prima.
- Por acaso já tenho um jantar nesse dia.
- Epá, com essa antecedência, não consigo, e se for amanhã?
- Já disse que esta semana não posso.Próxima segunda?
- Pode ser antes terça? Às segundas tenho yoga.
Este é o segredo: marcar a data e anunciá-la. Quem vai, vai. Quem não vai, fica para a próxima. Ponto.
Os que são só pseudo-ocupados dão um jeito e vão e os que estão mesmo ocupados às vezes vão , outras ficam. Mas não se espera pela data perfeita (tal como não se espera pelo homem perfeito) sob pena de deixarem de reconhecer os cheiros uns dos outros (as caras sempre vão vendo no Instagram).
Às vezes, milagrosamente, juro que até vão aparecer todos, mesmo aqueles para quem a data não dava jeito.