Super Lua
A lua estava igual.
A lua é sempre e só um planetazinho secundário, empoeirado e cheio de buracos. Não há equipa de limpeza que lhe valha, e os buracos são tão grandes que nem para jogar golfe servem. Não tem luz própria, de maneira que até para se fazer ver depende de outros.
Só está relacionada com o amor de duas maneiras:
- Não tem oxigénio. Como tal, também nos deixa sem fôlego.
- Orbita em torno de outro planeta. Como quem se esquece de si para viver em função do outro.
Nisto de se ver a lua e achá-la bonita, aplica-se a velha e boa regra: a beleza está nos olhos de quem vê.
É por isso que a lua pode ser só um satélite vulgar com crateras inconvenientes.
Ou pode ser uma musa inspiradora, símbolo de amor. É só estar a olhá-la de uma praia, pela mão dele. Isso é que é uma super lua. Mesmo que seja só um quarto minguante.