Pode brincar-se com tudo e ninguém é obrigado a prestar atenção a essas tolices. Por exemplo, eu não me interesso por rendas de bilros, por isso se alguém conversar sobre isso eu viajo para o espaço psicológico intitulado terra-chama-planeta-Maria. Da mesma forma, não subscrevo páginas de rendas de bilros, muito menos as comento. Por isso quem odeia humor negro e tem espamos com anedotas como "Não se goza com a pedofilia? Só se a criança for mesmo muito má na cama", pode sempre não ler o Guilherme (Por falar noutra coisa) que fez esta piada, em vez de o ameaçar com porrada. Quem não acha sequer que o que o Sinel de Cordes diz é digno sequer de ser chamado piada, tem direito à sua opinião e a não ler nada do que ele escreve (ele sempre fez piadas sobre violação, não foi só depois da lei dos piropos).
[a série #humorsemfronteiras tem o alto patrocínio da minha capacidade de abstração e riso]
Pode brincar-se com tudo, embora não o possamos fazer ao pé de toda a gente.
Não tem a ver com a proximidade do problema até: há paraplégicos que são os primeiros a espalhar piadas sobre o problema que têm, cegos que dizem "estou a ver, estou", familiares de pessoas que o cancro levou (como eu) que são os primeiros a contar anedotas sobre o assunto. Mas a máxima de alguém que gosta de contar anedotas do género "O que é pior do que um bebé num caixote do lixo? Um bebé em dez caixotes do lixo.", deve ser "conhece o teu publico".
[a série #humorsemfronteiras tem o alto patrocínio da minha capacidade de abstração e riso]
Pode brincar-se com tudo, embora às vezes ainda não seja o momento adequado. O típico too soon. Por exemplo, posso contar a anedota "Mãe, posso brincar com o avô? Podes, mas depois arruma os ossos na caixa" ou "Mãe, não gosto do avô! Está bem, come só as batatas", mas não o posso fazer na semana do funeral do meu avô.
[a série #humorsemfronteiras tem o alto patrocínio da minha capacidade de abstração e riso]