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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

31
Dez21

Os meus 12 livros favoritos de 2021

Maria das Palavras

Foram 62 lidos até agora - será que hoje ainda acabo um?...Revi todas as leituras que fiz no meu bom velho aliado Goodreads. Nem todos os seleccionados foram 5 estrelas e nem todos os 5 estrelas foram selecionados. Mas creio que foi esta a seleção que mais me surpreendeu, mais recomendei e mais vou recordar em anos futuros. E, sim, dói-me o coração de não fazer caber uma lista mais extensa, onde inclua Jo Nesbo, o Pátria, ou o gráfico e lindo O Menino, a Touperia, A Raposa e o Cavalo. Mas a pessoa tem de escolher.

Os quatro ventos - Opinião Maria das Palavras


Os Quatro Ventos, Kristin Hannah
A autora que mais me surpreendeu este ano foi esta, porque eu já tinha lido dela O Rouxinol e não achei imensa graça. Mas em 2021 tenho dois romances históricos dela no top. Este passa-se durante os anos da Grande Depressão e da Dust Bowl no Texas. Elsa terá de tomar decisões difíceis para proteger a sua família e nós quase sentimos o pó na garganta. 
Quero ler.

Maybe You Should Talk teo Someone, Lori Gottlieb
ALERTA livro favorito do ano! Uma terapeuta fala sobre a sua história e a dos seus pacientes. É todo baseado em histórias reais embora se tenha protegido o anonimato dos pacientes misturando algumas histórias e alterando nomes. Provoca uma reflexão profunda enquanto nos abre um pouco a porta do que é a terapia, mas lê-se como se de ficação se tratasse, no sentido em que queremos saber o que acontece às "personagens". 
Infelizmente não está traduzido ainda, mas se se sentirem à vontade para ler em inglês, por favor, façam-no.
Quero ler.

A anomalia - opinião Maria das Palavras

 

A Anomalia, Hervé Le Tellier
Começou morno e acabou como um favorito do ano - a página 117 para mim foi um ponto de viragem decisivo. Que teia fenomenal de histórias e mistério. Um avião aterra e dá-se o fenómento mais estranho de sempre. Não vou contar mais para não estragar. Não é tanto sobre o que acontece, é muito mais sobre como reagimos. Se gostam de thrillers, aqui está um muito original.
Quero ler.


Apneia, Tânia Ganho
A tradutora do livro acima é a autora deste. E que livro! Fiquei em Apneia durante todo o livro. Uma história lenta e intensa sobre uma mulher que se divorcia e a sua luta para ter a guarda do filho. A manipulação, o desespero, sentem-se na nossa pele e só voltamos a respirar quando chegamos ao fim (que não me agradou, mas é coisa pessoal). Que bom foi conhecer esta autora portuguesa em 2021. Quero ler tudo o que publique!
Quero ler.

The Other Passenger, Louise Candlish
Lamento que também este ainda não esteja traduzido em português, mas é o thriller mais cheio de twists que li este ano, e portanto um dos que mais gostei. Um homem faz todos os dias a travessia no rio para chegar ao trabalho, em Londres, com o seu amigo Kit - que desaparece misteriosamente. Preparem-se para esta viagem louca. Sempre que acharem que sabem o que se passa, o livro dá mais uma volta!
Quero ler.


Se deus me chamar não vou - opinião Maria das Palavras

 

Se deus me chamar não vou, Mariana Salomão Carrara
Como um livro tão pequenino pode ser enorme. É a vida vista por uma menina de 11 anos, Maria Carmen. Uma menina que quer ser escritora e regista a sua visão do que acontece. Comovente e cru. Curtíssimo e tão cheio.
Quero ler.


O Peso do Pássaro Morto, Aline Bei
Tal como o livro anterior trata-se de um livro muito curto, apenas editado no Brasil e que por cá se vende numa livraria online (está nos links). Escrito em verso e, portanto, ainda mais rápido e leve de ler, mas nem por isso menos pesado. É a história de uma mulher dos 8 aos 52 anos, sobre dor e força.
Quero ler.

pachinko - opinião Maria das Palavras


Pachinko, Min Jim Lee
Último livro de que falo que só temos para já disponível em inglês, prometo. Segue a vida de uma família de origem coreana, que emigra para o Japão. São várias gerações e uma cultura completamente diferente da nossa. Um mundo para entrarmos e descobrirmos, passo a passo. A Sunja é o nosso ponto de ligação entre toda a história. 
Quero ler.

O Lugar das Árvores Tristes, Lénia Rufino
Mais uma autora portuguesa que passou diretamente para o top, com a sua primeira obra. A Isabel procura respostas sobre a sua família e nós vamos procurar essas respostas com ela, a partir da sua aldeia do interior, por mais que se escondam atrás de mentiras e segredos. Tão bem escrito.
Quero ler.


O vicio dos livros - Opinião Maria das Palavras

 

O Vício dos Livros, Afonso Cruz
O livro sobre livros que arreda todos os outros. Não é segredo para ninguém que eu sou tontinha por tudo o que este autor escreva. Mas esta coleção de textos sobre cultura, livros e detalhes das suas viagens deixou-me sem palavras. É para leitores vorazes, sobretudo, porque acho que quem não gosta de ler, jamais conpreenderá o que perde.
Quero ler.

 

Seven days in june - opinião Maria das Palavras

 

Seven Days in June, Tia Williams
Sabemos agora que a Topseller vai trazer este livro para o mercado português em 2022 e isso deixa-me felicíssima. Foi o melhor romance (de amor) que li no ano, ainda em inglês. Por ser tão imperfeito, tão fora da norma, tão pouco tradicional. Eva e Shane conheceram-se por 7 dias em Junho no passado e reencontram-se no presente. Vamos conhecer os dois momentos em pormenor.
Quero ler.

A Grande Solidão, Kristin Hannah
Acabamos como começámos: com Kristin Hannah. Este foi até o primeiro livro favorito do ano, o primeiro a que atribuí 5 estrelas. A Leni é uma adolescente que se muda com a família para o Alasca. Mas numa terra cheia de perigos, que conheceremos em detalhe, o maior de todos está dentro de casa. Épico. E como numa data destes livros que descrevo, a única coisa que me desagradou foi o finalzinho de todas as pontas atadas - só porque a vida não é assim.
Quero ler.


Aí os têm. Se se quiserem desgraçar já e comprar alguns usem os links que vos deixo, que me podem dar uns cêntimos de crédito na Bertrand. Que me permitem comprar mais livros para vos aconselhar mais livros. Win-win, certo? Ahah. 
Tenham um ano brilhante de leituras - e não só. 
E não deixem de partilhar se já leram algum destes (o que acharam) ou que outro me recomendem!

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21
Dez21

A blogger menos in do pedaço em 2021

Maria das Palavras

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Falhei todas as resoluções. Comecei o ano a viajar - literalmente, os primeiros quatro dias e mesmo debaixo de um temporal soube-me muito bem - acho que foi por causa da comida na Terceira. Ao longo do ano visitei duas ilhas portuguesas e uma italiana. Passei semanas de férias inteiras a preocupar-me. Passei semanas de trabalho inteiras a preocupar-me. Li muito, para cima de 50 livros (and counting). Li mais ebooks que livros em papel. Passei novamente o aniversário isolada e gostei novamente disso. Saímos do isolamento e não estava preparada para isso. Voltei a trabalhar no escritório. Voltei a trabalhar em casa. Trabalhei imenso, mas não foi o suficiente. Não fiz exercício e comecei a comer pior. Recebi rosas no aniversário de namoro e Osvaldinhos da Aipal no dia dos namorados. Perdi toda a vontade de fazer fosse o que fosse em casa - não estrelo um ovo há meses. Escolhi-me. Teve de ser. Senti-me culpada por dizer que não muito mais vezes. Escolhi-me. Teve de ser. Não repeti por erro. A Cátia fez um ano - a Cátia é a planta do Moço. Senti-me estranha por voltar a cinemas e restaurantes. Deixei de me sentir estranha por voltar a cinemas e restaurantes. Não deixei de me sentir estranha por estar com muitas pessoas. (Sempre senti?) Voltei a gostar de um filme do James Bond. Experimentei restaurantes novos e senti-me genuinamente feliz com isso. Fiz arborismo e quis desistir no final do percurso. Voltei a cortar o cabelo, quase a fazer dois anos. Ficou estúpido. Fiz uma sessão de coloração pessoal e descobri que as cores que mais visto não me favorecem. Senti-me sozinha. Senti falta de estar sozinha. Tirei o Invisalign. Continuei a vestir cores que não me favorecem. Saí de casa com blazer e sweat de capuz - em simultâneo. Fiz pouco. Fiz nada. Comecei o balanço do ano com a palavra "falhei". Acho que não faz mal admitir que não foi um bom ano. Acho que me sinto melhor só porque vai acabar. A falsa sensação de recomeço nunca fez mal a ninguém.

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