Está a ser um desafio doloroso e ainda não cheguei sequer à fatia da noite. De forma que não vou chegar. Dou por terminada a minha tentativa de cumprir este desafio. Está na hora de admitir que não sou blogger para isto (podem cantar, como a Romana "não és blogger para mim"). Já calculava...
Uma amiga minha, que não gosta de filmes de terror, vai-lhes dar uma nova oportunidade. Eu sugiro a Orfã (terror misterioso, com uma trama que não se adivinha cedo e não é muito pesado). Alguém tem uma sugestão melhor? Tem de ser sobajemente bom, sem ser tão assustador que ela jura para nunca mais...
[Sinto que não tenho nada para dizer e o desafio ainda não vai a meio, nem sequer chegou ainda a hora em que fico zombie (aí a partir das nove da noite - sou um ser diurno, nada a fazer).]
Deixei a janela do quarto aberta. Só mesmo o suficiente para molhar a pilha de roupa que estava no banco junto à janela. Pensamento positivo: era roupa para lavar. Já comecei a demolhá-la.
Ontem o Moço insistiu que me queria fazer waffles à noite. Eu disse que não era preciso e não precisava estar a perder tempo com isso (ele nem sequer os come). Mas ele inisistiu que me queria fazer o mimo e uma pessoa não tem forças para recusar waffles com gelado mais do que uma vez (e de voz a tremer). Ele adora provar que se safa bem na cozinha. Eu adoro provar (ponto). Claro que ele não cortou a receita a meio (pelo menos) e agora tenho mais waffles que dias da semana. Não me estou a queixar. São servidos?
Faltam exatamente dois meses para a véspera de Natal. Se pudesse já tinha reunido as prendas todas (sei exatamente o que me falta e quero) mas agora estou naquele ponto em que tenho de esperar pela data que permite trocas. Digo a mim própria que parte do motivo pelo qual começo a fazer isto tão cedo (tirando adorar o ritual das prendas) é para ficar descansada. Mas agora...ando stressada por não poder acabar o que comecei sem esperar pela data x. Isto de fazer as coisas com antecedência para não ter preocupações está a resultar num período de preocupações alargado, afinal. E ainda assim não me arrependo. Não tenho emenda.
Já que o desafio obedece ao relógio, talvez faça sentido partilhar convosco aquilo em que tenho gasto algumas das minhas horas.
Ultimamente ando a ler Afonso Cruz (e a adorar), rever Friends (outra vez) e comer croquetes (em catadupa). Muito do meu tempo livre em casa é passado nestas três atividades e às vezes em simultâneo: poucas conjugações me parecem feitas no céu como comer e ver televisão, embora já saiba que muita gente não concorda (e eu não o faça por regra).
Na verdade, não sei há quanto tempo não vejo televisão. Sem recorrer a gravações ou ao Netflix, quero eu dizer, para acompanhar séries ou filmes. Mesmo as notícias e a atualidade já não passam pela caixa mágica. Já não é caixa aliás (agora são mais quadros), nem tem muito de mágica. Não foi assim há tanto tempo que "passar um programa para trás" era impossível, uma realidade que parecia distante. E agora é só disso que se compõem os minutos que passo com a TV.
Maior incógnita da minha vida: como é que eu via tanta TV em direto quando só havia quatro (reles) canais e agora com centenas ao dispor, vejo cerca de nenhum?
O Moço não parou quieto toda a noite. Frio, calor, má posição, ida à casa-de-banho...muita reviravolta até o despertador dele tocar.
Já ele tinha saído para o trabalho quando passei à sala. Pousado no braço do sofá o comando da PS4 (que definitivamente não estava lá quando nos deitámos). Será possível que eu me tenha eclipsado tão bem durante a ida dele à casa de banho que ele tenha estado a jogar e não dei por ela? Podia jurar que não. Mas...então o que fazia ali o comando?
Dêem os vossos palpites antes de eu lhe perguntar.