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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

13
Mar20

A visão romântica de uma sexta-feira 13 particular

Maria das Palavras

Dizem que hoje - hoje em específico - é dia de azar. HOJE. 
A organização mundial de saúde declarou que temos uma pandemia, que já chegou a Portugal, vivemos na incerteza a tentar lidar com isto o melhor que sabemos e podemos. Há pessoas nos extremos do pânico e da negação.
Hoje é dia de azar. Só hoje.

Estou em casa porque posso e devo. Evito deslocações e contactos que não sejam essenciais. Façam todos o mesmo, por vocês e pelos outros. Não porque somos fracos e temos medo. Mas precisamente para contermos o bicho e mostrar que mandamos nele.

Se custa? Custa. 
O Moço faz anos no Domingo e além de a celebração ser isolada, sem sequer um jantarzinho fora, nem um pingarelho de prenda lhe comprei porque entre não saber se estaria em casa ou no escritório não encomendei nada online e quem evita deslocações desnecessárias também não vai a lojas. 
Em 2017 passámos o aniversário dele em Nova Iorque com direito a bolos do Cake Boss, no ano passado com amigos em Bruxelas entre waffles. Este ano, em casa com o que houver no congelador. É a vida. (Sabem? Para evitar a morte!)
Para a semana faço eu anos e pode ser que me calhe o mesmo. Nem um beijinho aos meus pais, que nunca me deixaram cair de cabeça quando eu era bebé .


Não fiz compras em excesso. Confessem: a maior parte de vós já costuma ter em casa bens para pelo menos 15 dias.
É verdade que tenho só 6 rolos de papel higiénico e rezo que o pessoal de Espinho não seja dos que esvazia as prateleiras sem pensar em quem vem a seguir, mas o risco é controlado: temos bidé. 

Custa-me não ir ao cinema, a um restaurante, mas pelo menos levo de barato a recomendação de evitar ginásios (em prática desde 1986).


Desde o início que estou tranquila e me mantenho tranquila. Se calhar não devia. Nunca vivi uma situação destas. Confio que estou a fazer o melhor que posso e as pessoas que conheço e gosto idem. Tenho de confiar.
Consigo (talvez seja má pessoa por isso) distanciar-me da tragédia que se abate no mundo o suficiente para não me abalar no dia a dia. Consigo não sofrer por antecipação. Consigo ser realista, mas também otimista. 

E é aqui que entra a visão romântica de alguém que sempre gostou de contar histórias.
O pensamento que me ocorre muitas vezes é que no futuro contarei como vivi no tempo desta Pandemia.
E se o estou a contar a algum jovenzinho que nesta altura não era nascido, como quem conta um pedaço de história, é porque não lhe tenho mágoa, é porque correu tudo bem.

Quando às vezes alguma coisa corre muito mal numa viagem digo isso: fica uma história para contar. E tenho a esperança que esta seja só mais uma, pelo menos para o nosso canto à beira mar plantado e para as pessoas de quem gosto. Porque bem sei que somos uma sociedade global, mas não consigo ser tão magnânima que em caso de emergência o impulso não seja pensar em quem está mais próximo. 

Façamos então o que temos a fazer para que isto não passe de uma história. Para que isto passe à história. E neste caso é muito fácil: o melhor que podemos fazer é ficarmos sossegados em casa, reforçarmos a distância social e as normas de higiene, e assim venceremos o (um) Adamastor deste século.

Hoje é dia de azar. Mas não vamos deixar nada nas mãos da sorte

 

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10
Set16

Comprar raspadinhas é como procurar o amor da forma errada.

Maria das Palavras

Quem compra uma raspadinha quer ficar rico. Não é assim que vai acontecer. Aliás, tudo o que consegue (em 99,9999999999999% dos casos) é ficar mais pobre, uma moeda de 2€ de cada vez, mesmo que seja só uma por semana. Vou ajudar-vos: são 104€ num ano. Uns 55 gelados. Quatro almoços fora. Três meses de eletricidade. Uma estadia num hotel à margem do Douro. Bilhetes de avião para um fim de semana em Madrid. 

 

Mas normalmente não é uma por semana. São raspadinhas de enfiada. Da próxima é que é. E se ganhar prémio o que se faz? Troca-se por outra. Se o prémio for maior, troco por várias. Um tipo de raciocínio que está fora do meu alcance.

 

Também há quem procure o amor assim. Encontra a pessoa disponível e raspa, raspa, raspa até gastar. Passa à próxima. Quando calha prémio mas não é o jackpot que imaginou (e que NUNCA vai ganhar, porque os princípes de cavalo branco já nem sequer existem nos novos contos da Disney) troca a raspadinha - ou a pessoa - porque não se quer ficar pelos 2€ certos que ganhou. Dois euros esses que nem faz ideia que pode investir e multiplicar fora da lógica dos Jogos da Santa Casa. Dois euros que podem ser a sorte grande mas aos quais só conseguem ver a terminação.

 

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28
Mar16

A sorte é que não sou supersticiosa.

Maria das Palavras

Pondo de lado todas as coisas boas deste início dos trinta também: choveu como se o céu fosse cair quando estava no meio da rua sem casaco nem chapéu, perdi o cartão multibanco, recebemos uma multa, ficámos presos numa estação de serviço. Isto só no meu dia de anos, porque nos seguintes tanbém consegui que a máquina fotográfica avariasse.

 

Uma sorte, é o que vos digo. Isto de eu não ser supersticiosa.

 

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12
Fev15

Promoção especial: azar a dobrar

Maria das Palavras

Benzam-se. Cortem patas aos coelhos e levem-nas convosco. Arrumem todos os escadotes. Pintem de amarelinho-néon os vossos gatos pretos. Colham trevos de quatro folhas. Arrumem os espelhos todos na arrecadação. Lembrem-se de usar o pé direito para entrar em qualquer lado. Descruzem os talheres. Mantenham os chapéus-de-chuva bem fechados quando estão em casa.


Os dois próximos dias 13 são sextas-feiras. A primeira é já amanhã. Depois não digam que eu não avisei.

Sexta-feira 13 a dobrar - Maria das Palavras

 

[Eu sou tão supersticiosa quanto voa uma galinha. E vocês? Cumprem algum ritual de sorte, por precaução?]

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