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Usar a escova de dentes elétrica faz-me comichão no nariz...
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Usar a escova de dentes elétrica faz-me comichão no nariz...
Como denunciei neste post, fui ao dentista. Depois de ouvir o feedback acerca do estado da nação decidi que era tempo de investir em algo que me permitisse poupar nas consultas. Como é um autêntico cenário de filme de terror para mim usar fio dentário - e apesar de saber que não o substitui e portanto esse filme vai continuar a passar lá em casa - decidi investir numa coisa muito engraçada que se chama irrigador dentário.
E nós com isso, Maria? Perguntam vocês.
Preciso da vossa ajuda, respondo eu.
O objetivo do tal irrigador (e corrijam-me se estiver a ser pouco exata) é ajudar na higiene, nomeadamente ao nível da gengiva, limpando o espaço entre os dentes e as gengivas e massajando as ditas. Como dizia, não substitui o fio dentário, mas aprofunda um pouco a limpeza ao pé das minhas escovagens sentidas, mas desajeitadas.
O que é que aconteceu logo que o tentei usar?
Tomei banho. É impossível. Aquilo parece uma mangueira tresloucada (a maquineta está ligada a um depósito de água), a água vai para a garganta, vai para o espelho, vai para a minha roupa, vai para o teto. Não consigo dominar o esguicho demoníaco e por pouco não vazei uma vista a tentar. Aquilo deve ter que sair com pressão, claro, senão não limpa. Mas honestamente não previ isto.
O que comprei é da Oral-B, semelhante ao da imagem (penso que tem mais uma função, que ainda espalha mais a água - o que só piora). Podem só ler a descrição comigo e verificar que se trata de um irrigador para a boca e não para jardinagem? É que depois de tentar usar fiquei com muito poucas certezas. Estou a isto [gesto que aproxima o indicador do polegar] de pôr anúncio no jornal a pedir alguém com experiência em mangueiras. Mas tenho medo que acabe na secção errada dos classificados...
Não é que a porra do coágulo é coisa séria? Eu juro que tentei não tossir mas, tuberculosa como estava, em determinados momentos foi tal e qual como se me tivessem pedido para não pestanejar (tentem lá isso, por 2 ou 3 dias). Nem sequer foi tosse branda, a noite trazia autênticas sessões de cuspir os pulmões. Portanto espera-me a morte por dente do siso, que ao que parece, é uma realidade - e toda a gente na comunidade dos dentistas sabe que pode acontecer quando se arrancam dentes, mas ninguém avisa o pessoal.
Juro que hoje já senti dois tremeliques na perna e imagino que seja o coágulo que se desprendeu do buraco do siso e me viaja alegremente pela corrente sanguínea até encontrar onde estacionar.
Partlhei com a minha irmã, que se preocupou logo: primeiras para ficar com a tua roupa, livros e computador!
Não costumo ter estes laivos de hipocondria, mas não consigo deixar de rever a imagem do dentista a dizer "se não tossir vai correr tudo bem", sem o ar de gravidade que a situação precisava. Nada que avisasse que era questão de vida ou morte. Soubesse eu e tinha enfiado um pano na boca por três dias, feito um furo na garganta com esferográfica para passar o ar, como fazem nos filmes, induzido anestesia geral, qualquer coisa.
Pronto, era só para desabafar e dizer isto: se morrer, escrevam por mim. Digam que fui uma grande blogger (mintam descaradamente).
Comer gelados. Quando é que posso arrancar outro siso, mesmo?
Era o siso. E este post é só para dizer que o meu dentista tem TV no teto.
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