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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

03
Dez17

E apesar de parecer a coisa mais triste do mundo, não é nada disso.

Maria das Palavras

Sempre usei a imaginação como um entretenimento próprio. Ao deitar-me imaginava os sonhos que queria ter. Forçava-os à minha (in)consciência. E nesses sonhos cumpria os meus desejos. Aconteciam todas as coisas que eu esperava que acontecessem no dia seguinte, na semana seguinte, no ano seguinte. Como no guião de um mau filme, tudo batia certo e qualquer adversidade era prontamente resolvida, só existindo para tornar mais saborosa a conquista. 


Hoje em dia deito a cabeça na almofada e não encontro com o que sonhar. Não que tenha chegado ao auge da felicidade ou que tenha perdido esperança nos feitos por concretizar. Mas não há efetivamente algo de palpável no amanhã que eu queira. 

Parece que perdi os sonhos, mas o que aconteceu foi que aprendi a apreciar a realidade e não desejar uma coisa diferente, mesmo quando o presente é uma coisa assustadora, incerta, dispensável, a melhorar. Não resolvo a vida com sonhos.  

 

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21
Mar17

Quem é de Leiria saberá.*

Maria das Palavras

O meu desejo de aniversário era voltar ao Mega Hambúrguer (que já não existe) e comer um hambúrguer duplo no prato com batatas fritas e molho cocktail como só eles faziam (mesmo que fosse uma valente porcaria). Depois dividir o waffle redondo com gelado de morango e chocolate. Contigo.

 

*Ou era, que isto já terá fechado há uns bons anos.

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02
Jan17

Não precisam ler este post.

Maria das Palavras

Eu sei que não vos interessa, porque por entre os blogs e o Facebook pessoal toda a gente já fez os seus balanços do passado e declarou os seus desejos do futuro. Fartinhos disso devem andar vocês (e eu). Este é um texto que vocês não precisam de ler, mas eu preciso de escrever. 


Ontem foi um dia calmo, a dois. Demorá-mo-lo o mais que pudemos. Não quis ir ver o mar, nem o céu, ficámos só a ver o mundo um do outro. Não temos esta oportunidade muito frequentemente e talvez fosse o meu primeiro desejo do novo ano. Na minha cabeça não foi tudo tão tranquillo e senti a pressão de um dia que tinha de ser perfeito para lançar os outros 364. Sem ser supersticiosa ou acreditar em sinais, pedi ao Moço que expulsasse a mosca do quarto para não servir de mau agoiro a 2017. Quis ver filmes que não acabassem mal. Ainda assim, as coisas que me preocupam vieram ter comigo uma por uma. Não estavam de saída no ano velho. E passei o dia a aceitar que sabia isso e não faz mal.  A única coisa que espero de 2017, verdadeiramente, é que não seja pior que 2016, morram os famosos que morrerem. Se assim for, na próxima passagem de ano também bato com os tachos. 

 

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29
Dez16

O cinismo dos 30

Maria das Palavras

Quando meio mundo estás nas mãos do Trump e outra metade nas do Putin (e de forma geral qualquer coisa pode explodir em qualquer lugar a qualquer hora) vale mesmo a  pena investir tempo a desejar paz e amor no ano novo?...Também duvido que desejos engolidos com passas afetem os resultados das análises e ponho de parte a saúde. Tudo o resto, a um micronível, depende um bocadinho de nós (aquilo do emagrecer e do ler mais e o ligar mais aos amigos e à família). Acho que desta vez me fico pelas coisas mundanas, como desejar um verniz que não estale enquanto lavo a loiça ou uma temporada de Game of Thrones onde as pessoas voltem a morrer que nem tordos em vez de ressuscitarem que nem Cristo ao terceiro dia. E claro, batata frita.

 

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10
Ago16

O processo do desejo

Maria das Palavras

From: http://mommybites.com/col1/prenatal/ice-cream-pickles-chocolate/


Um dia que eu fique grávida o Moço vai ter de se demitir para me dar conta dos desejos alimentares. É que mesmo agora eu já tenho (semanalmente) aqueles momentos que se descrevem da seguinte maneira:

 

1. Revirar de olhos para o teto e pequena paralisia de boca aberta

Aqui é quando me surge na mente a coisa que me apetece e que por norma não há num raio de 5 km.

 

2. As palavras mais temidas: "Sabes o que é que me apetecia mesmo?"

Aqui já é o Moço que revira os olhos e me suspira para cima um "o que foi agora?"

 

A coisa acaba por ser grave, porque ali durante umas horas é só aquilo que me apetece (manias de quem nunca passou fome, diz o meu pai, acrescentando que eu só devia ter pão com bolor para comer) e tudo o resto me parece desenxabido. E fico uns dias a matutar naquilo até me esquecer ou satisfazer o desejo - coisa que normalmente o Moço trata - meio porque gosta de mim, meio porque já não me consegue aturar.

From: https://rainydayproject.wordpress.com/2014/05/05/even-with-small-steps-you-eventually-get-somewhere/

 

 

Não sei se se lembram da saga do Waffle com Gelado (um dos meus desejos mais recorrentes), mas ultimamente estão na lista muitas vezes: uvas, nachos com maionese de alho, sandes do Pão Pão Queijo Queijo, pêssegos bem verdes e...este fim-de-semana: croquetes.

 

Sim, este último foi despoletado pelo marketing bem feito da Pipoca Mais Doce. Ainda pesquisei onde haveria bons croquetes, muita gente falava do Califa e do Tico Tico, mas nenhuns que conseguisse obter esticando o braço. De forma que não nesse dia - que eu tenho desejos, mas não sou maluca - mas no dia seguinte, quando saiu de casa e foi ao ginásio, o Moço me trouxe croquetes da Padaria Portuguesa (que fica mesmo ao lado), coincidentemente os mesmos de que falou a Pipoca. Nunca tinha provado de lá (nem fazia questão que fossem de lá) e não fiquei nada convencida. Gosto de croquetes que têm carne migadinha, sim senhor, mas não puré de carne o que era o caso, apesar de o sabor ser para lá de aceitável...

 

No dia seguinte, como já vos disse, fomos ver a peça da Byfurcação, ali para os lados de Alvalade. Já era tardíssimo e ainda não tínhamos almoçado, e portanto combinámos que iríamos logo até à zona e por lá petiscávamos qualquer coisa que servisse de almoço. Estacionámos, ele avistou um restaurante do outro lado da estrada e pusemo-nos a olhar para a ementa. Coincidência da breca! Quando vejo Novo Dia Tico Tico no topo da ementa afixada percebi que era um sinal de Deus para comer mais croquetes. E lá terá sido, porque esses sim, eram uma delícia. 

 

Estão a imaginar esta bestinha grávida, não estão?

From: http://pregnancyhumor.com/blog/tag/pregnancy-cravings-meme/

 

Partilhem comigo: são pessoas de desejos? E quem já esteve em estado de graça? Qual foi a coisa mais esquisita que deu por si a querer (ou a comer?

 

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14
Mar16

Tudo tem duas ou três versões.

Maria das Palavras

A dos meus amigos: 

Estávamos todos em grande paródia, espalhados em roda entre as bolachas de alfarroba da cozinha o calor da lareira à frente do sofá, quando de repente a Maria desaparece. Deve ter ido à casa de banho, talvez lhe doesse a barriga, porque apareceu várias horas depois muito despenteada e com cara de poucos amigos.

 

A do Moço:

De repente dou pela falta da Maria. Quando a encontro está a tentar sufocar-se num dos quartos, completamente engolida pelas colchas. Ofereço-lhe ajuda, puxo-a pelo pedaço de perna, única parte do corpo ainda visível. Ela é um peso morto, mas consigo salvá-la antes mesmo que asfixie debaixo das invulgarmente altas temperaturas daquela cama. Começa a debater-se, coitadinha, certamente efeitos da falta de oxigénio do cérebro, mas consigo trazê-la de volta à sala e ela está bem, afinal.

 

A minha:

A dado momento da noite o meu amigo diz-me que vá ao quarto deles se quiser ver como está a temperatura da cama com o tal do cobertor elétrico. Chego de mansinho sem acender a luz ao quarto vazio e deslizo a mão para baixo das cobertas. Calor! Deslizo o braço todo. Mais calor! Deslizo metade do torso. Nunca mais quero sair daqui! Deixo-me adormecer e decido naquele momento que dormirei o resto da vida, porque depois de experimentar aquela sensação não é possível viver de outra maneira. De repente sou bruscamente puxada pelo Moço. Tento pontapeá-lo para me deixar estar, mas ele não larga o osso e vou contrariada, de arrasto, de novo até à sala. Quero um cobertor elétrico.

 

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