Domingando #diademaria
Um relato completamente desinteressante de uma miúda perfeitamente vulgar num dia como outro qualquer - só que mais monótono, ilustrado no stories do Instagram @maria_das_palavras. Uma espécie de vlog escrito - só que não.
Acordar cedo e cedo erguer e essas coisas todas. Gosto de fazer render o dia mesmo. O Moço já tinha saído para a labuta e o Domingo prometia ser de solidão, mas da boa. Acordei quando quis (por essas nove) e peguei-me logo ao telemóvel. Li as mensagens atrasadas da noite anterior, de quem dormitou desde cedo no sofá e gastei as vidas do meu novo jogo-vício no telemóvel: Gardenscapes - não tentem, vão-se arrepender.
Prometi a mim mesma que nem ia sair de casa, mas começou a bater vontade de um pequeno-almoço especial. Gosto de pequenos-almoços com tempo. Então? Fiz um bolo. Substituí o óleo da receita pelo azeite e as laranjas por tangerinas.
Enquanto cozinhava temperei quilos de carne para cozinhar em duas travessas no forno. Porque vinha um batalhão de gente para o manjar de Domingo? Não, ia almoçar sozinha mesmo. Mas ontem foi dia de visita aos sogros e trouxemos mais carne do que o nosso congelador conesegue comportar.
Com o tablet a acompanhar-me pela casa com as últimas das minhas vloggers favoritas (descobri a Fernanda Souza) e algumas que juro não suportar, mas continuo a seguir, arrumei roupa, lavei roupa, estendi roupa, dobrei meias em par, arrumei a louça da máquina, reorganizei a gaveta das maquilhagens e afins, uma tarefa adiada desde o ano passado.
No forno um tira bolo, põe carne. Um pequeno-almoço atrasado de bolo de laranja e café com leite.
Olhei para o meu cabelo sujo (ainda que lavado no dia anterior) e não me aguentei. Livrei-me finalmente do pijama, tomei um longo banho e vesti a chamada roupa-de-casa, caracterizada por ser quente e confortável, mas sempre a combinar senão eu não sou eu. A tentar recuperar apetite para almoçar, fiz uma máscara quente e fria da Caolin. Fico sempre com a sensação de dever cumprido quando faço uma máscara, como se tivesse finalmente ido ao dermatologista. Sequei o cabelo e almocei ao som dos últimos pontos de bateria do tablet.
Pouco depois das 14h finalmente liguei o aquecedor na sala e instalei-me para fazer render numa tarde de preguiça aquilo que deveria ter sido o relaxamento do dia inteiro. Uns toques no computador para uma voltinha ao blog. Um livro novo (vão lá ver ao Stories, vão, que está lá tudo), porque estou farta de me enganar com o Ken Follet que não me tem motivado. E Netflix, claro. A semana vai ser longa e é preciso dar valor ao sofá.
Falta uma sopinha nova e quente (com a ajuda da minha Gabriela aka Bimby, para não passar muito tempo fora da divisão com aquecedor) para receber o Moço como manda a lei de uma namorada dedicada. É que ele está doente. Uma constipação, ou nas palavras dele: aii aiii aiiii que morro. Creio que a ida aos sogros antes não foi tanto uma visita normal, como ele a querer despedir-se. E quem sabe a seguir acabar o filme que começamos ontem, antes de me dar o sono: I Don't Feel at Home in This World Anymore. Estava a gostar juro, apesar da soneira.
Até amanhã, pessoal.