Está bem, foi ao Pedro, para o Sapo Blogs, mas é quase a mesma coisa, só que ele grita menos e não faz publicidade a anti-rugas nas horas vagas (ainda). Leiam - sobretudo ouçam - aqui. Vale a pena conhecerem a nova escala de leitura, bem superior à de Richter para os terramotos, e ouvirem-me a levar uma descasca das antigas por já não escrever o Diário da Gratidão.
#A primeira vez que fui a uma entrevista de emprego.
Estava a um semestre de acabar a faculdade e comecei a sentir um bichinho estranho. Queria fazer qualquer coisa de útil, em vez de andar ali na faculdade a brincar em exercícios fictícios. Isso, e o facto do meu pai andar em esforço já há anos suficientes para pagar a escola à menina, logo na capital - que era fina demais para as da terra. Mandei uns quantos CV's para me candidatar a um part-time na área e fui chamada para duas entrevistas (a crise sempre esteve instalada, mas ainda era só uma cabritinha nesta altura). Uma era para um emprego remunerado e a outra não, portanto adivinhem qual me interessou?
Sempre fui muito independente mas lembro-me que para esta ocasião mobilizei uma amiga. Aliás "a" amiga. Levamos sandes para almoçar pelo caminho, palmilhamos o caminho até ao sítio indicado com dois níveis de dificuldade: sem google maps a ajudar (que os telemóveis ainda não eram espertos) e sempre a subir. Identificamos a porta que seria e almoçamos calmamente com vista para Lisboa inteira.
Depois, à hora marcada, toquei à campainha e entrei. Era uma cave (iluminada, ainda assim). Um open space (que é a maneira mais fina de dizer não temos dinheiro para gabinetes e salas de reunião). Respondi a tudo, com a certeza que não havia respostas certas, só atitudes certas. Voz assertiva, mesmo que estivesse a dizer uma barbaridade. Não consegui ficar nervosa. Talvez porque na altura não era decisivo conseguir aquele emprego.
Quando saí tinha a minha amiga cá fora para me fazer perguntas. Disse-lhe que tinha corrido bem. Que o "chefe" parecia porreiro. Perguntou-me quantas pessoas trabalhavam lá. Umas dez, respondi.
Já vos disse que sou meio distraída com pessoas certo? Fui contratada, para começar num mês de Outubro, como este. Trabalhavam lá duas pessoas, além do chefe.
Contem-me agora vocês. Como correu a vossa primeira entrevista de emprego?
Não...foi pela Magda. Até prefiro, a Alex é uma maluca. Mas agora que penso nisso, a Magda também - de uma maneira diferente, que envolve livros e cassatas. Já andava a pôr-me em bicos dos pés para ser convidada para esta rubrica há semanas e finalmente chegou a minha vez de debitar tontices! Deixo um micro-excerto e vocês vão lá ler o resto ao blog StoneArt Portugal, se querem saber as baboseiras que lhe disse (na verdade, até falei mais a sério, portanto é capaz de ser aborrecido). Pensando bem, não vão lá ler. Um bem haja a todos e uma excelente semana.
Há duas coisas na vida A que um homem nunca foge: Um amor forte e profundo e... Ainda não bebi nada hoje.
Não faço ideia se esta quadra é de alguém mais importante ou só do meu tio. Mas é desta quadra que me lembro sempre que espreito o blog da querida Filipa (e querida aqui não é com aquela entoação que nós, mulheres, às vezes usamos umas para as outras, é mesmo para ser fofo). E é só por causa do título, que não a conheço pessoalmente para saber dos seus hábitos em relação aos licores & cia.
E isto é só uma introdução nada-a-ver para dizer que ela me fez uma entrevista a que respondi lá no seu blog - leiam só porque as perguntas são interessantes, já que as respostas são do piorio...
Mas fiz uma espécie de entrevista corrida para o blog Marketing by Uss, na rubrica "Experiências na Primeira Pessoa". Falo mais a sério sobre esta coisa dos blogs e gostava muito que fossem lá espreitar para saberem como sou dedicada (cof cof). Além disso fui a segunda nesta rubrica, logo a seguir à Cocó na Fralda, o que me deu uns trejeitos de mania. E a Susana foi tão simpática (soube levar-me pela graxa, a sacana lê mesmo o blog e sabe os meus pontos fracos) que foi impossível recusar.
Olhó excerto:
Não olho para o blog como um meio de subsistência: nem no futuro. Mas olho para ele como uma forma de me habituar à possível concretização de um sonho (escrever um livro?). Não gosto de sonhos, gosto de realidades. Sou um São Tomé: ver para crer. Pelo que este passo é preciso para me convencer que “não faz mal, podes sonhar com coisas pouco palpáveis”. E a verdade é que o blog que ainda não fez um ano tem ultrapassado todas as minhas expectativas. É um projeto que me faz sorrir todos os dias e me enche de orgulho – logo a mim, que já tenho um ego do tamanho do mundo. Bad Mary, bad Mary.
Pus-me a nu. Tirei a maquilhagem (que já não tinha), soltei o cabelo, sentei-me num divã, perninhas de lado e expus a minha vida numa entrevista honesta para o Alta Definição. A câmara muito perto, os poros a verem-se, cheguei a soltar uma lágrima (por causa dos poros). Ou então não. Mas respondi a umas perguntas, sapicadas com a patetice do costume, no blog d'Arrumadinha.