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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

06
Ago20

Uma linha por dia, 5 anos de memórias

Maria das Palavras

One line a day - Diário de 5 anos por Maria das Palavras

 

Desde que sei escrever que escrevo para mim. Em diários de papel, num blog (mesmo que mais gente leia), em documentos de word que às vezes apago logo de seguida. Textos gigantes, três linhas ou mesmo algo mais sucinto, como foi o Diário da Gratidão. Chamem-lhe doidice, terapia, tempo a mais (isto não pode ser). É a maneira como processo as coisas. Mas além disso é uma forma bonita e muito pura de voltar a momentos e sensações. 

No início deste ano comecei um diário novo (este que vêem na imagem, que encomendei na Amazon ou no eBay). É um diário de 5 anos. Que tenho escrito religiosamente todos os dias. Quando salto alguns tiro nota no telemóvel e depois passo para lá. 
Não há espaço para escrever muito e portanto não se perde muito tempo. Escrevo algo que fiz, ou como me estou a sentir, ou algo que aconteceu, um livro ou série que acabei. Não há regra, é o que me vier à cabeça sobre o dia, bem no fim ou na manhã seguinte. Por exemplo: "2 de Maio - Fiz um bolo de laranja ótimo. Fechem o mundo!" ou "5 de Março - Acho fantástico que quando o coronavirus começa a explodir em Portugal, eu fique constipada...".

Nem sabia que este ano ia ser tão sui generis para registar, mas está cheio de observações banais.

 

Uma linha por dia, diário de 5 anos, Maria das Palavras

 

O engraçado é que ao longo dos cinco anos, vou sempre no mesmo dia do ano, escrever na mesma página. A folha começa com a data e o ano preenchemos nós antes de cada linha. Quando chegar ao 5º ano, vou ver como foi o dia 6 de Agosto nos 4 anos anteriores. 

Não tem nenhum intuito terapêtico, embora saiba que me faz bem (é nas palavras escritas que desabafo) e me ajude efetivamente a perceber algumas coisas. Como: escrevo demasiados dias sobre trabalho. O que talvez queira dizer que preciso de tirar mais partido dos meus dias para além do batente. 

 

E era isso. Queria partilhar convosco, porque cheguei a Agosto e ainda não desisti e continue a achar piada ao conceito. Pode ser que achem graça também e queiram levar para os vossos dias. A internet até pode ser um poço de miséria, mas nunca se esqueçam que é também, sobretudo e dependendo de nós, um espaço de partilha.

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03
Mai19

O busílis da expressão

Maria das Palavras

Tirando o meu problema congénito com vírgulas e uma gralha ocasional, expresso-me muito melhor por escrito do que ao falar.
Ajuda-me a organizar o pensamento e a equilibrar os chakras.
Sabem como faz bem às pessoas desabafar com um amigo? Eu não uso disso. Se algo me encanita e não me deixa concentrar em nada, resolvo a problema escrevendo o que acho sobre o assunto ou o que gostaria de dizer a alguém. Depois, às vezes, deito fora o papel. Depois, às vezes, já nem chego a dizer nada. Depois, muitas vezes, o problema perde importância.

Assim sendo, logicamente, gosto mais de trocar mensagens do que falar ao telefone, por exemplo. Não é porque tenho trejeitos de millenial, antes de termos telemóveis como extensões das mãos já escrevia cartas e bilhetinhos para evitar conversas.

Mas a escrita, tem um grande senão: o tal busílis da expressão.
Ainda mais do que quando falamos para alguém, quando escrevemos para alguém, a pessoa interpreta como quer. Lê com o tom que acha que usámos.
A ironia da mensagem não passa. Ou falamos a sério, mas lêem-nos com ironia. Por exemplo.

A conclusão não é nenhuma. Estou a escrever precisamente porque preciso de escrever sobre isto.
Vou deixar de dar primazia à palavras escrita ou lida sobre a falada? Provavelmente não.
Vou deixar de ser mal interpretada? Provavelmente não.
Isso vai criar problemas? Provavelmente sim.
Nesse caso, escrevo sobre o assunto. Como estou a fazer neste momento.

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24
Jul17

Se eu fosse...

Maria das Palavras

Uma das rubricas deste blog que me dá mais gozo escrever é o Diário de Um Caracol - o Martim. E não é só porque posso dar azo à minha veia non-sense e exagerada, comentando a atualidade de forma leve e livre de polémicas (quem é que se vai chatear com o nível de cultura ou opinião de um caracol ranhoso?). Também é porque me leva de volta à escola primária.

 

Nessa altura eu não era de todo a menina mais bonita da escola, com os meus óculos de massa e conjuntinhos tricotados pela avó. Mas tinha muitos amiguinhos e alguns mini-pretendentes por ser a menina “mais esperta”. Parece que é cedo, quando somos crianças, e mais tarde, quando já somos todos maduros, que o interior é mais valorizado. Ali no meio, algures por entre as hormonas, esse raciocínio está toldado. Nunca durante a adolescência, dois rapazes andaram à bulha por mim na sala de aula. Na escola primária, chegaram a ser três.

Além disso, acreditava que ia ser escritora a cada elogio da professora às minhas composições. E ter-se a certeza absoluta  que se é mesmo bom numa coisa (a certeza das crianças e dos tolos) sabe a vinte pirulitos.

 

As minhas composições favoritas eram as “Se eu fosse”. A professora escolhia algo para completar a frase e nós libertávamos o lápis. Ainda hoje me pergunto (mas nunca perguntei a ninguém) se é um exercício de escrita comum ou coisa dessa minha professora. Maravilhosa ferramenta para treinar a escrita e despertar a criatividade enquanto nos divertíamos. Pelo menos eu divertia-me. E nunca tinha de contar as palavras para ver se tinha passado do limite mínimo.

 

Lembro-me de ser uma nuvem e ter “enchiminhosite” que é quando uma nuvem não consegue chover e que hoje em dia me soa muito a uma descrição de prisão de ventre ou um anúncio de Dulcolax. Lembro-me de ser uma minhoca que dormia numa embalagem de pasta de dentes que tinha sido deitada fora por um humano.  E não me lembro de muitas outras coisas que estarão guardadas em páginas amarelecidas (#estouvelha) no sotão dos meus pais.


Se eu fosse escritora, como aquela menina de óculos de massa acreditava há uns 25 anos atrás, haveria de agradecer-lhe - à professora, talvez num prefácio. Como não sou, mesmo que ela não leia, fica aqui hoje no blog: obrigada por me ensinar a imaginar com letras. 

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01
Fev17

Dos emails que recebo

Maria das Palavras

A maior parte não me interessa. Muito especificamente quando falam de produtos ou serviços que não têm nada a ver comigo, nem conheço, portanto jamais poderia aconselhar. Outros, até me interessam, mas acho que não vos interessam a vocês e guardo para mim a informação. E depois, de vez em quando, recebo um destes que acho que nos interessa a todos. Ainda por cima já conhecia a Catarina que é blogger do Sapo e autora de um livro infantil delicioso (quase literalmente) e fiquei curiosíssima. E como sei que por aqui passam muitos outros bloggers e amantes da escrita e da letura no geral, achei pertinente divulgar. 
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É um curso de escrita criativa para adultos a acontecer no próximo mês. Digo-vos com honestidade que só não vou...porque não posso - parece parvo ter Sábados já tomados para daqui a 25 dias, mas sabem lá vocês o tornado em que isto anda, que exige planeamente milimétrico (abençoada agenda). Vão vocês e contem-me tudo. Prometem? Inscrições para o mail escritacriativainfo[@]gmail.com. Ou contactem a Catarina no Facebook para saberem mais.

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05
Nov16

Escrever é um bocadinho isto.

Maria das Palavras

Se me perguntarem o que é que prefiro que sobreviva, o meu corpo ou estas histórias, eu não hesito. Se estiver numa prisão e tiver uma escolha dessas, não penso duas vezes. Tenho de salvar as histórias, salvar as ideias. Se eu as passar a outra pessoa, se ele as amar como eu, passa a ser eu, pois as coisas que amamos confundem-se com as coisas amadas, e só os manerismos são diferentes. As histórias sou eu (...). Sacrificaria o corpo e tudo o resto. O que é tudo o resto? Esta mania que eu tenho de comer pouco? Este feitio tolerante? Isso não vale nada, absolutamente nada. Deito tudo fora para salvar as ideias, e cada vez que as passo a alguém (...) reencarno.

 

Afonso Cruz in Para onde vão os guarda-chuvas

 

[Vão ter de aturar pelo menos mais uma citação deste fabuloso livro, deste fabuloso autor. Há livros com bons argumentos. Há livros com sentido de humor. Há livros com boas personagens. Há livros bem escritos. Há livros com metáforas maravilhosas. Há livros com lições. E há este livro, que é isso tudo num só.]

 

 

 

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26
Out16

A técnica de Pomodoro (e a app!)

Maria das Palavras

Perguntas: Ai Maria, que raio, não te cansas de escrever no blog todos os dias? E como é que tens tempo para isso?

Respostas: a) Às vezes canso-me e b) não é fácil. 


Claro que não estou exatamente "aqui" todos os dias e se sei que me vou ausentar e não vou ter tempo escrevo algum post que agendo quando estou mais folgada para publicar em momentos de ausência. E quando "estou" organizo-me para não me perder. Esta é a parte difícil. Concentrar-me numa coisa de cada vez, quando só no computador há tanta coisa por fazer (e fora dele mais um mundo). 


Recentemente li acerca da técnica de Pomodoro, registada por Francesco Cirillo. Basicamente centra-se no conceito daqueles temporizadores de cozinha. Sabem?

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A ideia é que durante o "tempo Pomodoro" a pessoa se concentre unicamente naquela tarefa (25 min), sem outras distrações, mas ao fim desse tempo desvie os olhos e faça qualquer coisa mais divertida ou diferente - de preferência física - por um pouco (5 min). Parece que estamos sempre a parar, mas na verdade, é uma técnica que ajuda comprovadamente à produtividade. Segundo o pomodorotechnique.com devem seguir-se alguns passos e regras: por exemplo, calcular quantos "Pomodoros" precisamos para cada tarefa, certificarmo-nos que durante a contagem afastamos todos os estímulos exteriores (ou seja, fechamos a tab do facebook e afastamos o telmóvel com a janelinha de Whatsapp) e aproveitar de forma inteligente todo o tempo do contador.

 

Não, não precisam de ir à cozinha! Nem ao IKEA! Há várias apps e extensões desta técnica (procurem por Pomodoro). Claro que qualquer temporizador faz o mesmo efeito, mas já agora, vamos usar a técnica com estilo, não? A que estou a usar é uma extensão do Chrome chamada Simple Pomodoro. Usem e abusem dela, adaptando às vossas necessidades e tempos (podem diminuir o tempo de trabalho ou aumentar a pausa, consoante vos aprouver, desde que não abusem e respeitem o conceito, senão não vale de nada). Há-de ser muito bom para várias atividades, mas parece-me que funcionará lindamente para estudar! Experimentem. Bom trabalho!

 

Pomodoro Add ON

 

 

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25
Out16

Se não tens nada para dizer, ouve.

Maria das Palavras

Como vos disse alinhei numa iniciativa para fazer 24 posts em 24 horas (ontem). Faço pelo menos um post por dia há dois anos, sem sacrifício e quando estou fora agendo vários dias para que não fique em branco, pelo que não achei que fosse ser difícil: achei que fosse ser desafiante e entusiasmante. No entanto, ali por volta do sexto post comecei a fazer frete, confesso. Ou a pensar que aquilo que escrevia não era relevante, estava ali de pára-quedas, relembrando a filosofia que o meu pai me repetia sempre e que está bem escarrapachada no título. Nem tinha chegado a noite que me ia matar certamente e eu já estava entediada com o exercício: não escrevo para viver, escrevo por gosto. Por isso não preciso de tornar a escrita em qualquer coisa que não me dê prazer. Assim, fechei o exercício, sem mágoa nem arrependimento. Desistir faz parte do meu dicionário. Se não tivesse sempre a carga negativa que lhe dão, veriam como às vezes a palavra traduz uma coisa boa e corajosa.

Ficou, no entanto, um bichinho de partilhar mais coisas, mais vezes. Aqueles pensamentos parvos que às vezes reprimo (no blog) por não achar importantes, às vezes podiam ser um post. Não um post trabalhado e cheio de comentários. Mas mais um daqueles textos curtinhos que dá um bocadinho de mim. E só por isso, por ter descoberto até onde vou com gosto e depois os meus limites, este desafio valeu a pena. Obrigado por terem acompanhado (que eu bem vi as estatísticas - eu fartei-me, mas muitos de vocês, não).

 

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09
Mar16

Enlagrimecer

Maria das Palavras

Máquina de Escrever Olivetti - Maria das Palavras

 


Eu era pequena e dizia ao meu pai que queria escrever um livro. Tinha uma máquina de escrever velha que, no entender dele, ao ouvir as minhas ambições, não estava à altura da tarefa. Computadores nem todos tinham, ainda não era como ter uma TV em casa (normalíssimo, uma por divisão). Então, um dia, o meu pai chegou a casa com esta Olivetti da foto. Para mim. Uma máquina de escrever "automática". Funcionava ligada à corrente. Escrevia e apagava. Tinha um pequeno ecrã que contava digitalmente os caracteres. O sonho de uma jovem (tão jovem) pretensa escritora. 


No outro dia, a propósito das vendas do OLX, a minha mãe foi buscar a velha máquina que tinha a tecla de espaço encravada e pousou-a na mesa da sala. A tal onde escrevi muita coisa, mas nunca um livro, a olhar-me de soslaio.
E o meu pai diz isso mesmo, o que eu estava a pensar, mas em voz alta "olha, a máquina onde a minha Maria pequenina ia escrever um grande livro". Enlagrimeci.

 

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24
Fev16

O Caderninho

Maria das Palavras

O Caderninho - Maria das Palavras

 

Tenho um caderninho, entre dezenas de outros e como já tive dezenas de outros, onde escrevo ideias que tenho para escrever. Não para escrever singelos textos para o blog, são ideias mâgnanimas, inigualáveis, para livros inteiros. Tem dias, tem coisas, tem frases, que me acendem luzes na cabeça. De repente preciso anotar aquela fórmula mágica antes que se vá. Entusiasmo-me. Escrevo além da frase-chave, muitas notas, numa letra quase linha que só eu perceberei para sempre. Os nomes, as peripécias, as características importantes, os twists, como será o grand final, alguns episódios de atirar ao chão em riso ou em ternura ou em tragédia. Durante uns dias ou umas horas, acrescento mais coisas. Ainda não puxei o cordelinho para apagar a luz. Continuo. Não me posso esquecer disto e daquilo. Ah, que rasgo! Então começa a esmorecer a pressa de ter tudo decidido. O essencial está pensado, posso descansar, afasto-me. Fica a fermentar. Só que vou lá passado uns dias ou umas semanas, abro o caderninho com mais uma ficção que nunca escrevi, só planeei. Leio. Não percebo que graça achei eu àquilo no outro dia. Por que raio terei sequer apontado? E aquela parte que não faz sentido nenhum? Arrumo-o novamente, entre as outras coisas que andam comigo na mala, o pacote das pastilhas, as chaves, o saco de pano para as compras, e espero pela próxima ideia que viverá na minha cabeça e morrerá no caderinho. Enfim, vou sendo feliz. 

 

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26
Dez15

Rascunhos

Maria das Palavras

Às vezes vou à caixa de rascunhos do blog. É riquíssima, juro-vos. Posts que nunca verão a luz do dia, outros que são publicados muito depois de terem sido escrito (quando já não me importo de partilhar), outros que não percebo bem porque publiquei e ao lê-los agendo logo para vos mostrar. Alguns não passam de ideias, tópicos à espera que vos descreva a minha reflexão ou conte aquela história. Uns quantos são tão parvinhos (sim, mais que o habitual) que só não percebo porque os mantive sequer como rascunhos - mas não os apago na mesma. Alguns, se eu tivesse paciência, quase podia pôr 300 páginas à volta deles e embrulhá-los num livro. É todo um outro blog. Iam gostar de ver.

 

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