Foram 62 lidos até agora - será que hoje ainda acabo um?...Revi todas as leituras que fiz no meu bom velho aliado Goodreads. Nem todos os seleccionados foram 5 estrelas e nem todos os 5 estrelas foram selecionados. Mas creio que foi esta a seleção que mais me surpreendeu, mais recomendei e mais vou recordar em anos futuros. E, sim, dói-me o coração de não fazer caber uma lista mais extensa, onde inclua Jo Nesbo, o Pátria, ou o gráfico e lindo O Menino, a Touperia, A Raposa e o Cavalo. Mas a pessoa tem de escolher.
Os Quatro Ventos, Kristin Hannah A autora que mais me surpreendeu este ano foi esta, porque eu já tinha lido dela O Rouxinol e não achei imensa graça. Mas em 2021 tenho dois romances históricos dela no top. Este passa-se durante os anos da Grande Depressão e da Dust Bowl no Texas. Elsa terá de tomar decisões difíceis para proteger a sua família e nós quase sentimos o pó na garganta. Quero ler.
Maybe You Should Talk teo Someone, Lori Gottlieb ALERTA livro favorito do ano! Uma terapeuta fala sobre a sua história e a dos seus pacientes. É todo baseado em histórias reais embora se tenha protegido o anonimato dos pacientes misturando algumas histórias e alterando nomes. Provoca uma reflexão profunda enquanto nos abre um pouco a porta do que é a terapia, mas lê-se como se de ficação se tratasse, no sentido em que queremos saber o que acontece às "personagens". Infelizmente não está traduzido ainda, mas se se sentirem à vontade para ler em inglês, por favor, façam-no. Quero ler.
A Anomalia, Hervé Le Tellier Começou morno e acabou como um favorito do ano - a página 117 para mim foi um ponto de viragem decisivo. Que teia fenomenal de histórias e mistério. Um avião aterra e dá-se o fenómento mais estranho de sempre. Não vou contar mais para não estragar. Não é tanto sobre o que acontece, é muito mais sobre como reagimos. Se gostam de thrillers, aqui está um muito original. Quero ler.
Apneia, Tânia Ganho A tradutora do livro acima é a autora deste. E que livro! Fiquei em Apneia durante todo o livro. Uma história lenta e intensa sobre uma mulher que se divorcia e a sua luta para ter a guarda do filho. A manipulação, o desespero, sentem-se na nossa pele e só voltamos a respirar quando chegamos ao fim (que não me agradou, mas é coisa pessoal). Que bom foi conhecer esta autora portuguesa em 2021. Quero ler tudo o que publique! Quero ler.
The Other Passenger, Louise Candlish Lamento que também este ainda não esteja traduzido em português, mas é o thriller mais cheio de twists que li este ano, e portanto um dos que mais gostei. Um homem faz todos os dias a travessia no rio para chegar ao trabalho, em Londres, com o seu amigo Kit - que desaparece misteriosamente. Preparem-se para esta viagem louca. Sempre que acharem que sabem o que se passa, o livro dá mais uma volta! Quero ler.
Se deus me chamar não vou, Mariana Salomão Carrara Como um livro tão pequenino pode ser enorme. É a vida vista por uma menina de 11 anos, Maria Carmen. Uma menina que quer ser escritora e regista a sua visão do que acontece. Comovente e cru. Curtíssimo e tão cheio. Quero ler.
O Peso do Pássaro Morto, Aline Bei Tal como o livro anterior trata-se de um livro muito curto, apenas editado no Brasil e que por cá se vende numa livraria online (está nos links). Escrito em verso e, portanto, ainda mais rápido e leve de ler, mas nem por isso menos pesado. É a história de uma mulher dos 8 aos 52 anos, sobre dor e força. Quero ler.
Pachinko, Min Jim Lee Último livro de que falo que só temos para já disponível em inglês, prometo. Segue a vida de uma família de origem coreana, que emigra para o Japão. São várias gerações e uma cultura completamente diferente da nossa. Um mundo para entrarmos e descobrirmos, passo a passo. A Sunja é o nosso ponto de ligação entre toda a história. Quero ler.
O Lugar das Árvores Tristes, Lénia Rufino Mais uma autora portuguesa que passou diretamente para o top, com a sua primeira obra. A Isabel procura respostas sobre a sua família e nós vamos procurar essas respostas com ela, a partir da sua aldeia do interior, por mais que se escondam atrás de mentiras e segredos. Tão bem escrito. Quero ler.
O Vício dos Livros, Afonso Cruz O livro sobre livros que arreda todos os outros. Não é segredo para ninguém que eu sou tontinha por tudo o que este autor escreva. Mas esta coleção de textos sobre cultura, livros e detalhes das suas viagens deixou-me sem palavras. É para leitores vorazes, sobretudo, porque acho que quem não gosta de ler, jamais conpreenderá o que perde. Quero ler.
Seven Days in June, Tia Williams Sabemos agora que a Topseller vai trazer este livro para o mercado português em 2022 e isso deixa-me felicíssima. Foi o melhor romance (de amor) que li no ano, ainda em inglês. Por ser tão imperfeito, tão fora da norma, tão pouco tradicional. Eva e Shane conheceram-se por 7 dias em Junho no passado e reencontram-se no presente. Vamos conhecer os dois momentos em pormenor. Quero ler.
A Grande Solidão, Kristin Hannah Acabamos como começámos: com Kristin Hannah. Este foi até o primeiro livro favorito do ano, o primeiro a que atribuí 5 estrelas. A Leni é uma adolescente que se muda com a família para o Alasca. Mas numa terra cheia de perigos, que conheceremos em detalhe, o maior de todos está dentro de casa. Épico. E como numa data destes livros que descrevo, a única coisa que me desagradou foi o finalzinho de todas as pontas atadas - só porque a vida não é assim. Quero ler.
Aí os têm. Se se quiserem desgraçar já e comprar alguns usem os links que vos deixo, que me podem dar uns cêntimos de crédito na Bertrand. Que me permitem comprar mais livros para vos aconselhar mais livros. Win-win, certo? Ahah. Tenham um ano brilhante de leituras - e não só. E não deixem de partilhar se já leram algum destes (o que acharam) ou que outro me recomendem!
Se olhar para as checklists gerais, o meu ano de 2019 foi uma desilusão. Um ano perfeitamente blé. Não me separei, nem me casei. Não tive filhos, nem adotei um animal. Não mudei de casa, nem de trabalho. Não cumpri nenhum grande sonho, nem ocorreu nenhuma grande desgraça. Nem sequer fiz uma viagem fora da Europa. Por que será então lembrado este ano? Se não é pelas grandes, será pelas pequenas. E vejamos se são tão menosprezáveis assim.
2. Jantei no Museu de História Natural de Londres. Por esta não esperavam, pois não? Mas aconteceu, e apesar de ter sido um buffet (odeio comer de pé) foi uma experiência incrível que os ossos no meu prato não fossem a coisa mais morta que constava do meu cenário de jantar, contando com os espécimes nas paredes e pendurados acima da minha cabeça. Agora que penso nisso, talvez não fosse uma experiência excelente para vegetarianos.
3. Visitei bons amigos na Bélgica (mesmo a tempo de se mudarem para o Lux de Benelux) e com isso conheci sítios maravilhosos (não apenas a casa de Waffles onde me levaram em Bruxelas, mas também as encantadoras cidades de Bruges e Dinant (também fui a Ghent e Antuérpia).
4. Conheci o pão-de-ló da minha vida. E não fica em Ovar: fica em Quintadona, na Casa da Viúva Winebar. E não foi da gula nem da fome que ele me encantou, porque quando o trouxeram para a mesa eu estava tão anafada das delícias anteriores que jurava que nem conseguia morder uma pastilha.
5. Comecei a escrever num bloco de notas reutilizável. Comprei um Infinite Book na FNAC, na senda ecológica e minimalista que me assolou este ano (que é para continuar). E não é que dá um jeitaço? Para quem, como eu, está sempre a escrever checklists e tirar apontamentos rápidos (e o meio digital nem sempre serve), é ideal. Acabei já por comprar outro online no site da marca e tenho um para apontamentos pessoais (liso, mais pequeno) e um para o trabalho (que tem páginas de notas pontilhadas e de planner semanal), que espero que durem muitos anos. Escrevo, apago (tiro foto antes e arquivo se for algo para durar mais, o que é raro) e reutilizo.
6. Passei noutro cenário de Game of Thrones com a minha irmã, que aceitou ir comigo apesar de me conhecer há para cima de 20 anos. Que é outra forma de dizer que estive em Sevilha, a apanhar os melhores (únicos?) dias de verdadeiro calor deste ano e um dos pontos mais bonitos de visitar foi o Real Alcazar, que foi Dorne em GOT. Outro foi a Praça de Espanha que em Star Wars é o palácio de Naboo, por isso escolhem o vosso lado geek favorito.
7. Destronei a minha ex-francesinha favorita pela nova campeã: na Taberna Belga em Braga. Molho cremoso (os puristas não admitem que seja francesinha, atenção), carne de chorar, batatas caseirinhas. O que mais pode querer uma gulosa? Experimentei várias outras, mas no meu palato nenhuma chegou aos calcanhares desta.
8. Conheci o sítio do wallpaper da minha televisão. Chama-se Hallstat e foi só um dos pontos que visitei com uma boa amiga em viagem à Áustria (quando cometi novamente o pecado de viajar sem marido). Mas que ponto! Esta fui eu que tirei, exatamente com o mesmo enquadramento da que namorei meses e meses.
9. Andei no comboio Histórico do Tua! Ganhou claramente o duelo VS cruzeiro do Douro e fica como experiência para recordar para sempre. Acabei cheia de fuligem, com 5 rebuçados da Régua na boca ao mesmo tempo e feliz.
10. Tornei-me fã de podcasts. Comecei a ouvi-los a caminho de todo o lado, usando a minha app favorita (Castbox) e gostei tanto que um dia, sem pensar muito, comecei o meu próprio podcast a que chamei Mensagem de Voz (disponível no Spotify e no Castbox). Alguns dos meus podcasts favoritos são Terapia de Casal, Couple's Therapy (não são o mesmo, juro), Projeto Piloto e One Step.
11. Desci à Lagoa do Fogo. Que é como quem diz, apaixonei-me por São Miguel. E que na verdade conheci 6756 lagoas. Foi uma viagem de uma semana - a mais longa deste ano - e deixou-me vontade de conhecer todas as ilhas. Acompanharam no Instagram? Continua nos destaques do perfil @mariadaspalavras, bem como as outras viagens de 2019. Já subir da Lagoa do Fogo, foi uma experiência menos boa, graças a Deus não faleci, mas esteve por pouco, porque ainda não foi este ano que me tornei fit.
12. As minhas séries favoritas foram séries documentais. Vi Chernobyl na HBO e When They See Us na Netflix e, senhores, corram se ainda não viram. Poucos episódios, marcantes, que revelam prismas reais da nossa sociedade em que nos habituamos a pensar ao longe.
Vamos ao balanço menos aguardado do mês! Nas última semanas li livros que gostei, mas não me deixaram sem fôlego, vi filmes que apreciei sem achar que devia recomendar e fiquei-me por séries conhecidas, como Friends que é um favorito se sempre, ou Game of Thrones, onde atualmente há mais personagens a ressuscitar que a morrer, para que possa constar como um favorito assinalável. Isso não significa que não tenha feito algumas descobertas dignas de nota que vos quero apresentar. Cá vão elas.
A música: This Feeling, Alabama Shakes
Digo sempre sem problemas que não gosto de música novas. As que conheço chegam-me. Depois, muito de vez em quando, ouço uma que espevita o tímpano. Foi o caso desta, que me chamou a atenção durante um episódio de Big Little Lies. Não parei de a ouvir durante as semanas que se seguiram. Para além dela, recomendo outras músicas dos Alabama Shakes e outras músicas da banda sonora da série (September Song ou Cold Little Heart, que o Moço me diz que passa na rádio, mas sem a introdução). Digam-me lá se esta não fica no ouvido (por motivos diferentes do Baby Shark).
A ideia: Nunca te vais arrepender de não ter trabalhado mais horas.
Comecei a ouvir o livro "O Monge que vendeu o seu Ferrari" de Robin Sharma. Não foi para já tão transformador ou marcante como é suposto, excepto por esta ideia. Posso estar a relatar mal mas é qualquer coisa como o pai de uma das personagens lhe dizer a determinado momento que no leito de morte uma pessoa nunca se arrepende de não ter trabalhado mais. Arrepende-se talvez de não ter vivido mais. Isto num contexto próprio em que falamos de um advogado que devota a vida a ganhar casos e ganhar mais e mais dinheiro por uma vida da qual nunca desfruta. Não quero com isto incentivar à preguiça. Acho que as pessoas devem trabalhar no que gostam e fazê-lo com muito empenho. Mas devem também lembrar-se sempre que as horas extra, os sacrifícios pessoais, os dias de férias por tirar que se acumulam...são algo que nunca vamos recuperar. Quando podíamos estar a criar memórias do tipo das que nos podemos arrepender de não viver.
O passeio: Parque do Buçaquinho
Fica em Ovar. Assim que estacionámos e senti o aroma a eucaliptos ganhei o dia. É um parque com árvores, lagos e caminhos de estrado, ótimo para passeios, piqueniques, um sumo na esplanada, uma manta e um livro, levar as crianças a baloiçar (até tem um mini-slide!). Fez-me ver como ainda tenho tanto para descobrir aqui à volta de Espinho.
O Parque Ambiental do Buçaquinho inaugurado a 25 abril 2013 ocupa uma área de 24 ha de floresta protegida, de grande valor ambiental e com uma biodiversidade rica ao nível da fauna e da flora. Contempla um pinhal, seis lagoas, uma cafetaria, parque infantil, jardim de plantas aromáticas, torre e posto de observação da avifauna, espaço multimédia e Centro de Educação Ambiental. O Parque resulta da revitalização da antiga Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) Esmoriz/Cortegaça. in CM-Ovar.pt
O gelado: Magnum White Chocolate & Cookies
Encontrei o Magnum da minha vida. É difícil deixar para trás uma vida recheada de Magnum Amêndoas, Caramel & Nuts ou o simples Branco. Mas uma vez trincado este menino, temo que durante uns tempos esses fiquem esquecidos. Entretanto ainda não provei gelado Kinder Bueno da carta da Olá, que também promete. Temo que possa haver um novo gelado na lista de Maio...
Em 2017 foi tempo de conhecer opções em Espinho, Gaia, Porto, Matosinhos...E se é verdade que tenho ainda muito para explorar, também é verdade que já consigo recomendar uma série de sítios onde adoro ingerir a minha refeição favorita da vida. Se quiserem faço um post com essas várias recomendações, mas para já fica o campeão: o Noshi. Talvez pelo factor surpresa. É um sítio a pender para as opções saudáveis e eu gosto de panquecas com gelado. Mas é tudo simplesmente delicioso. Só comendo.
Este ano fui a vergonha da minha cara e li muito menos. Sei que foi coisa das voltas da vida e da indisponibilidade mas também sei que quando tive tempo livre me perdi noutras formas de lazer mais fáceis e menos ricas. Mas sem dúvida elejo como favorito um livro de que já falei aqui, de um autor que descobri no final do ano passado com outro livro maior e que me conquistou irremediavelmente: Afonso Cruz.
3. AS PANQUECAS
O BOP pode não ter sido eleito o melhor brunch do Porto por mim, mas certamente é uma opção deliciosa que conta com as melhores panquecas - aliás, a fazer lembrar as que comi na melhor viagem do ano.
Eu desconfiava que ia gostar, mas ao mesmo tempo achava que talvez fosse uma cidade sobrevalorizada. No entanto é simplesmente de fazer cair o queixo, de uma dimensão que não se pode explicar. Tenho vídeos de viagem para editar e uma pena desgraçada de ainda não o ter feito, porque sei que foi a viagem perfeita, com sol e neve, com comida da boa (que é como quem diz: má), locais desde sempre no meu imaginário e cantos de gospel.
Este ano comecei a ligar a maquilhagem um bocadinho mais a sério. Se há vários produtos que se tornaram favoritos (talvez até se justifique um post sobre isso se quiserem), há um que me vai acompanhar largos anos certamente - já vou no segundo. Matte, bege rosinha, durável, natural, perfeito. O "Bithday Suit" da Sleek. Custa perto de 7€ na Maquillalia (link da imagem) e também se vende na Sephora.
6. A SÉRIE
Nunca tinha visto Good Wife e descobri-a este ano. Devorei algumas temporadas e se é verdade que não foi até ao fim (ainda hei-de ver o resto) também e verdade que foi um bom vício durante longas semanas em que estive sozinha. Portanto vou passá-la à frente da primeira temporada de Designated Survivor que também foi uma pequena maratona, mas já a dois na reta final do ano. Tudo Netflix - há lá outra forma de ver TV, por estes dias?
7. O PLANNER
Sei que está mais do que na moda ter uma coisa destas e toda a gente tem uma sugestão diferente. Mas este simplesmente "aconteceu" numa visita à Stradivarius para ver a tal área nova de decoração e papelaria que encaixaram nas lojas. Trouxe-o comigo porque achei-o com personalidade e ainda assim elegante o suficiente para aparatos profissionais e tem durado meses (sim, é rosa e de veludo). Tenho-o usado sempre para organizar mentalmente as minhas semanas. Não substituiu a agenda pessoal anual que anda sempre na mala: este está sempre na secretária e organiza os meus afazeres a cada dia (com um nível de detalhe que a agenda nunca chega a conhecer). Já não está na loja portuguesa online (não sei se nas lojas físicas ainda há) mas custou 9,99€ e é este aqui.
Se há coisa que me faz rugas na testa são os rótulos tipo "melhor amiga", os escolhe-lá-e-só-podes-dizer-um-para-sempre tipo "o prato favorito". Como é que eu posso comparar o filme que me eriçou o pêlo há pouco, super moderno, com o clássico que nunca esquecerei e dizer qual deles é melhor que o outro? Ou dar pontos diferentes ao livro que me levou ás lágrimas de rir e o outro de chorar. Ou dizer que o meu sabor de gelado favorito é straciatella, enquanto me lembro dos caramelos da Hagen Dasz e da meloa do Santini. Ou recomendar só um blog, a fazer de conta que não acompanho outros tantos com igual entusiasmo? A coisa mai'linda do mundo é não ter favoritos. E, em tendo, se se tratar de um filho, disfarçar muito bem.