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Maria das Palavras

A blogger menos in do pedaço, a destruir mitos urbanos desde 1986. Prazer.

11
Jun19

7 Coisas que Aprendi com "o Monge"

Maria das Palavras

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Li (na verdade, ouvi) o afamado livro "O Monge que vendeu o seu Ferrari" e para minha grande desgraça adorei. Digo isso assim, com pesar, porque gostava de ser muito cool e desdenhar de uma leitura que milhares de pessoas em todo o mundo acham fundamental. Também gostava de menosprezar livros de auto-ajuda no geral, em particular quando envolvem fábulas e monges.  As pessoas têm sempre a mania que não precisam de ajuda (nem de si próprias), o que é totalmente falso. Acontece que concordei com as muitas recomendações que tinha visto e aprendi verdadeiramente algumas lições e técnicas que vou aplicar na minha vida. Não consegui deixar de tomar algumas notas e, agora que já macei os meus colegas de trabalho com elas, vou partilhá-las também convosco. 

 

1. Ninguém chega ao leito de morte e diz "Quem me dera ter passado mais horas a trabalhar". Lembrem-se disso sempre que estiverem a fazer aquela hora extra marota ao fim do dia em vez de beberem um copo na esplanada este Verão. Não significa que sejam irresponsáveis e larguem tudo quando são mesmo necessários. Significa: não troquem momentos de que se arrependam mais tarde de ter perdido.

 

2. Acabou a conversa "Nem tenho dez minutos para almoçar, como teria dez minutos só para fazer uma pausa para mim?" É como dizer que se está tão ocupado a guiar o carro que não se pode parar para pôr gasóleo. Inevitavelmente terá consequências. E esta metáfora é um reflexo ideal da importância que (não) damos às nossas necessidades emocionais. Nunca deixaríamos de parar se se tratasse de combustível para o carro (mesmo ao preço que está!), mas não teos tempo para lidar connosco? É até ao dia em que o nosso motor dá o berro.

 

3. Só conseguimos ter um pensamento de cada vez. Não apontei o nome desta técnica mas acho que bem assimilada e praticada é coisa para mudar radicalmente a forma como tudo nos afeta. Se é humanamente impossível pensar em duas coisas ao mesmo tempo, treinemo-nos para substituir os pensamentos que nos encanitam pelos que nos acalmam. 

 

4. Aprender a dizer não. Não para faltar ao respeito aos outros. Mas para respeitar o nosso tempo, que deve ser gerido com o mesmo rigor que uma agenda profissional. Se dizemos sim a uma chamada pouco importante no nosso telemóvel, estamos a dizer não à coisa que estaríamos a fazer em vez dessa chamada (brincar com o vosso filho?). O que é prioritário para nós? É aí que devemos investir o nosso tempo.

 

5. Quem não tem nada é livre. Quantas vezes deixamos de fazer algo porque não podemos arriscar visto que há um carro para pagar, uma casa para sustentar, uma mensalidade de Netflix? Quanto mais temos, mais aprisionados estamos, com o medo de perder coisas materiais. Depende de nós mudar essa mentalidade e arriscar no que queremos fazer, se é efetivamente o que queremos.

 

6. Rever cada dia. Tentemos este exercício: passar o nosso dia a pente fino ao final da noite (tanto quanto nos conseguirmos lembrar) e pensar no que mudaríamos. Rapidamente chegamos à conclusão que não podemos mudar os fatores externas (ex: o trânsito), mas podemos mudar a forma como reagimos a eles (ex: barafustar). Rever as nossas reações e ajustá-las mentalmente far-nos-á lidar melhor com isso da próxima vez. É que gritar com o trânsito pode não ter nenhum efeito prático na hora a que chegamos a casa, mas certamete afeta o humor com que chegamos.

 

7. "A melhor altura para plantar uma árvore é há 40 anos. A segunda melhor altura é hoje." Ou seja, vive cada dia como se fosse o último. Não significa "YOLO!" vamos ser malucos e fazer o que nos der na telha. Significa não adiar para amanhã as coisas que realmente queremos fazer com a nossa vida. Seja uma coisa simples como provar um sabor de gelado, conhecer uma cidade ou concretizar um projeto de vida. O que é que sempre quiseste fazer? Podes começar hoje? Fecha o blog e dá o primeiro passo agora.

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13
Jul16

5 Sites do Ca'tano para Planear uma Viagem

Maria das Palavras

Assumindo que já sabem onde querem ir e contaram os trocos disponíveis, sem chegarem à conclusão que só dão para chegar ali ao café do Sr.Américo que é na esquina, chegou hora de porem as mãos na massa e pesquisar, pesquisar, pesquisar...e marcar. Eis os sites e ferramentas que uso normalmente para planear e marcar as minhas viagens in and out (links nas imagens).

 

 

Booking.com

 

 

Dizem que já não compensa em termos de preço, mas continua a ser uma das ferramentas de pesquisa mais poderosas para o alojamento (seja hotéis, apartamentos, turismo rural), com uma série de reviews bem categorizadas, muita informação e muitas fotos bem selecionadas. Mesmo quando não marco alojamento através do Booking vejo sempre - SEMPRE - a página do Booking para descobrir mais sobre ele e tomar uma decisão final. Claro que é preciso ter um filtro ao ler os comentários. Há utilizadores capazes de classificar mal um alojamento porque o pequeno-almoço era fraco por não ter rúcula selvagem colhida ao pôr-do-sol.

Airbnb

 

Para apartamentos, em modo particular, é uma ferramenta fácil, cheia de opções de filtros para pesquisar exatamente o que queremos e intuitiva. Promove o contacto com os donos de alojamentos particulares de forma segura - eles pedem sempre identificação para ficar registada na base de dados tanto do lado de quem tem a casa para arrendar, como de quem quer lá ficar. Atiro-me normalmente para os que têm mais comentários (positivos, claro) e com um fator prioritário: localização.



TripAdvisor

 

Embora também sirva para aconselhar sobre alojamentos e pontos a visitar, uso sobretudo este site para descobrir sítios para comer. Fora do país já se revelou uma salvação. Dentro do país também nunca me falhou. Ultimamente, por cá, também tenho gostado muito do Zomato - perco-me por plataformas com fotos dos menus. 

Odisseias

Claro que é impensável que a escolha recaia fora da Odisseias, se temos vouchers na mão e escolha por todo o país. Já fiquei em sítios fantásticos que só descobri por causa dos packs (Monte Góis ao poder) e já comi em sítios - onde quero sempre voltar - também por causa da Odisseias (ai aquele bife com queijo da Serra no Hotel da Montanha...). Referi exemplos antes de ter uma parceria, sempre com packs que me ofereciam à mão ou vouchers comprados no site. Hoje em dia, por causa da parceria, estou sempre a passear no site e ainda me perco mais.

 

Opodo

 

Se é para andar de avião, a primeira pesquisa, certinho como a morte, será na Opodo. Um agregador de opções de voo que se tem revelado sempre imbatível. Às vezes compro lá, outras vezes vou direta à operadora depois de descobrir o voo ideal lá. Mas passo sempre, sempre. E é a primeira visita quando começo a sonhar com um destino - para perceber o grau de realismo de eu chegar a esse destino num futuro próximo. Ainda não usei decentemente o Google Flights, que supostamente faz isto tudo e ainda melhor, mas uma vez tentei e não encontrei o que queria, enquanto o Opodo nunca me falhou e recomendo de forma segura.

 

Blogs: Turista Profissional

Dica extra:

Na finalização do plano de viagem (já vos disse como faço aqui) e mesmo depois, na preparação para a viagem já marcada, procuram-se sempre os guias de viagem. E se é verdade que os guias formais são úteis e bem organizados, não é menos verdade que as dicas mais preciosas são as das pessoas que escrevem sem estarem limitadas editorialmente. Aquelas que além de te dizerem que o bilhete do metro custa 2€, te explicam que se disseres que só vais até à estação X só pagas 1€ ou te dizem que as bananas da banca do canto do mercado é que são as melhores, ou acrescentam que, sim, são só 10 minutos a pé, mas é a andar em calçada irregular e não aconselham o caminho. Os blogs brasileiros e e em língua inglesa são sempre poços de sabedoria nestas coisas das viagens do ponto de vista da pessoa real. Não deixem de visitar uns quantos. 



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28
Jun16

5 passos para planear uma viagem

Maria das Palavras

Ah, Junho. Quando marcar qualquer coisa com alguém se torna uma missão impossível, porque além das dificuldades normais, dos fins-de-semana que começam a ser ponto de paragem quase obrigatória em batizados, casamentos e chás de bebé (acrescento eu, nesta altura da vida: e festas de 30º aniversário), surge o fenómento: vou estar de férias. Parece, dizem estudos nomeadamente alguns, que a maior parte dos portugueses planeia as férias em Abril e Maio (coisa para me dar um AVCzinho por ser com tão pouca antecedência). Mas o que é isso de planear uma viagem? Para mim, são estes os passos obrigatórios: 

 

5 passos para planear uma viagem | Mariadaspalavras.com | Imagem Pixabay

 

Passo nº 1
Existir: para mim existir é querer viajar. Se existem, parabéns! Estão prontos para começar a planear a vossa viagem e habilitados a passar ao segundo passo.


Passo nº2
Listar os sítios onde sempre sonhámos ir e aqueles onde nunca nos importámos de ir. Vale tudo desde a viagem mais maluca que faremos se nos calhar a sorte grande, ao país que está na lista de desejos mais realistas há 200 anos (mesmo que só tenhamos 30), ao recanto mágico do nosso país do qual ouvimos falar tantas vezes e onde nunca fomos, até voltar à casa daquela tia que tem uma criação de coelhos em Azeitão e nos fazia bolo de laranja em pequenos. Nem sequer estou a brincar com a última. Durante muitos anos, na minha infância, férias eram mito para os meus pais. Eu pegava nos meus tarecos e ia passar uma semana a casa dos meus avós. Que moravam no andar de cima. Ora, o importante é respirar um oxigénio diferente por uns dias.


Passo nº3

Fazer um orçamento realista de quanto se pode gastar e, assim, escolher o destino de entre todos os listados, bem como o tipo de férias de que falamos, consoante o nosso grau de tolerância e disponibilidade financeira, que podem ir de campismo a hotel de luxo, passando pelos apartamentozinhos, normalmente muito em conta para grupos. 

Passo nº4

Escolher as datas: conciliar trabalho, compromissos, destinos (época alta e época de monçoes a evitar). Deve guardar-se uma margem antes da decisão final das datas para poder brincar com os preços dos voos e hotéis. O melhor é marcar com alguns meses de antecedência ou, se o vosso coraçãozinho aguentar, aproveitar as last minute calls nas agências, voos, estadias. Daqui a uns dias já vos digo os sites todos que uso para marcar (ou sonhar com) as minhas viagem e que ajudam muito a orientar e conter o orçamento nesta fase. . 


Passo nº5

Passo final antes de reservar em definitivo a estadia e definir a duração da vagem: o que queremos absolutamente visitar naquele sítio? Há sempre espaço para a surpresa e para explorar ao sabor do vento (ou deve haver) mas certamente que não querem perder o ponto A ou B por serem famosos (a Torre de Pisa?), por terem tudo a ver com vocês (um templo budista?) ou porque um amigo o descobriu há uns tempos e ficou-vos na memória (uma cascata escondida?). Certifiquem-se que as estadias são perto desses sítios ou que os transportes ajudam facilmente a chegar lá e que têm dias suficientes para tudo o que não vos passa pela cabeça deixar de fora, sem andar também à pressa.


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21
Abr16

Crónicas de um fim-de-semana em Madrid (Parte 5)

Maria das Palavras

Se não leram as quatro partes que antecederam esta crónica nº5 cliquem aqui para verem todas de enfiada. Caso tenham lido...prossigam. E se já estão fartos disto não temam, porque já é mesmo o último post sobre o assunto.

Estava a contar-vos que comemos no El Brillante, a propósito de uma recomendação que eu tinha lido online. Como estávamos com muito tempo livre e já sabíamos que o museu que mais gostaríamos de ver era o Museu Rainha Sofia (com obras de Picasso, Miró, Dali) fomo-nos pôr na fila para o museu, que era mesma nas traseiras do tasco onde tínhamos acabado de manjar. Mas a pêga da fila não andava. Aproximei-me da entrada para ver e percebi: faltam cinco minutos para a uma e meia. E o que acontece à uma e meia de Domingo? A entrada é livre! Já tinha lido que as entradas eram livres ao fim do dia no Prado, mas nada sobre o Rainha Sofia. E é nesta alturas que quase acredito que há um ser superior a olhar por nós.

 

museu rainha sofia - Maria das Palavras.com

 

Foi muito porreiro porque fomos logo ver a Guernica do Picasso (enorme!) e os outros autores e exposições que nos interessavam sem termos o peso na consciência de ter pago um bilhete sem explorar todo o museu! Não tirámos muitas fotos, mas eram permitidas, desde que sem flash e excluindo a mais famosa.

 

 

 

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19
Abr16

Crónicas de um fim-de-semana em Madrid (Parte 4)

Maria das Palavras

Não deixem de visitar a parte 1, 2 e 3 desta crónica (todas de enfiada nesta página) - ou se já viram prossigam com a leitura, por favor. Ia eu a dizer que tínhamos ficado no Hotel Ibis Budget Madrid Las Ventas, logo ao pé da estação do metro de La Carmen. Quartinho simples e moderno, a dar para o gasto e pequeno almoço a 4,5€ (afinal não estava incluído). A zona é a mais feia de todas onde passámos, mas ainda assim a cinco minutos a pé de um dos sítios que queríamos ver ao vivo - a Praça de Touros. E se pensam que há discórdia por causa de se ser contra ou a favor das touradas, é porque ainda não sabem a história desta foto.

 

 

Praça de Touros, Madrid, Las Ventas | Maria das Palavras

 

Quis que o Moço me tirasse uma foto exatamente assim como esta que lhe tirei a ele. Depois de dez minutos ao vento e muitas indicações "chega-te para cá...mais...mais..." só havia fotos que não apanhavam o edifício ou apanhavam só com o crutinho da minha cabeça a aparecer. "Não é fácil tirar como queres, se consegues melhor, faz tu". Peguei na máquina, tirei-lhe esta foto em 2 segundos. E o fotógrafo (amador) é ele...

 

Mas adiante. Começamos a manhã no Parque do Bom Retiro, chamado simplesmente de El Retiro, que tinha sido um dos spots mais aconselhados para passear e de facto valeu a pena. Não é que o Palácio de Cristal, o lago principal, a estátua do Anjo Caído não sejam dignos de nota, mas o verdadeiro destaque vai para a vida que o parque tem num Domingo de manhã. As pessoas passeiam em família, correm, andam de bicicletas, decorrem aulas de patinagem em linha, há grupos de pessoas a fazerem yoga, enfim...Por um lado dá vontade de fazer o mesmo, aproveitando os espaços verdes da nossa cidade, por outro lado, só pensava: "mas esta gente é doida? com esta ventania [no parque o vento não se fazia sentir, é certo] saem de casa e vêm para aqui mexer-se em vez de ficarem debaixo de uma manta a ler e a tomar um pequeno almoço tardio e preguiçoso?". Este tipo de pensamento é um dos motivos pelos quais sei que serei obesa assim que o meu metabolismo perceber que já tenho 30 e começar a dar de si. Vejam lá todas as fotos do Parque, clicando na setinha.

 

 

 

A seguir fomos à estação de Atocha, que também puderam espreitar aí no segundo carrosel de fotos. Gostei muito. O edifício principal é imponente e tem um jardim botânico no meio com tartarugas ninja. Parámos para beber um café só porque estava mais frio que no dia anterior (onde tinhamos andado numa roda viva de tira-o-casaco veste-o-casaco) e queriamos aquecer-nos. Percebemos que se estava a aproximar a hora de almoço e, coincidentemente, estávamos próximos de um sítio que levávamos marcado: o café El Brillante. E, em verdade vos digo: nunca lá teria entrado (ou entrava e saía) se não tivesse lido as recomendações. Tem ar de tasca, as pessoas comem ao balcão e o atendimento não é a coisa mais fofa do mundo. Mas comemos a especialidade da casa - os calamares - e uma deliciosa paella e não nos arrependemos. 

 

El Brillante - Tapas | Madrid - Maria das Palavras

 

A seguir o nosso maior golpe de sorte. Logo vos conto, no último capítulo da saga.


Continua aqui...

 

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18
Abr16

Crónicas de um fim-de-semana em Madrid (Parte 3)

Maria das Palavras

Cristiano Ronaldo - Real Madrid VS Eibar | Maria das Palavras

 

Se já leram a Parte 1 e a Parte 2 do relato do fim-de-semana em Madrid já sabem que arrancámos de Lisboa para a Praça de Espanha e acabámos a ver um jogo no Santiago Barnabéu, tudo antes das quatro da tarde. Lá dissemos adeus ao Cristiano Ronaldo (a foto acima foi o Moço que tirou) e, para evitar ficar horas em filas para o metro (não há bilhetes de ida e volta e o diário não compensava para as viagens que precisávamos, por isso...), passeámos até às estações de metro mais adiante.


Encontrámos a chamada Porta da Europa, que são duas torres inclinadas (as Torres KIO, na Plaza de Castilla) ou, como as batizei, as Torres de Pisa lá do sítio. Se bem que aquilo ainda tem uma inclinação de 15º (a torre de Pisa é uma menina ao pé das torres, com uns 4º arredondados) e foram construídas a propósito da nomeação de Madrid como Capital Europeia da Cultura em 1992, se o Google não me falha. O obelisco (desatrosamente cortado na foto), colocado mais recentemente, é obra do arquiteto espanhol Santiago Calatrava.

 

Torres Kio | Porta da Europa | Madrid - Maria das Palavras

 

A seguir voltámos à Praça de Espanha, onde tínhamos iniciado a nossa jornada, desta vez para seguir pela Gran Vía. Tem teatros, lojas, muitos sítios para comer. Foi aqui que parámos para "picar" no Museo del Jámon (um dos, porque estão espalhados pela cidade), que já nos tinham aconselhado. No fundo aquilo é a nossa Portugália, mas com presunto, queijo e paella em vez de bifes. Comemos presunto de 3 qualidades, queijo curado e gambas al ajillo para termos forças para seguir viagem. Enquanto "tapeávamos" ainda vimos uma noiva e percebemos que estava a haver boda no "Museu do Presunto". Ele há coisas...
Fotos não tenho. Primeiro porque a fome era negra e nem me lembrei disso, depois porque era eu que envergava a máquina do Moço ao logo da Gran Vía e não mexi nas definições da bichinha, pelo que ficou tudo uma escuridão só. Mas posso mostrar-vos a cara que o António, comentador da parte 2 destas crónicas fez, quando percebeu que tínhamos ido ao Museo del Jamón bater mais um ponto turístico em vez de termos experiências super originais em Madrid como parkour no cemitério ou jantar restos de cozido madrileno com os sem abrigo à volta de uma lata a arder: 

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A seguir, descemos para a Puerta del Sol. A que não achei gracinha nenhuma. Talvez porque estava cheia de turistas (mais recheada de gente do que o estádio onde tínhamos acabado de  estar), talvez porque ainda não estava suficientemente escuro para estar iluminada, talvez porque face ao resto não me tenha impressionado, pronto. O afamado Kilómetro Zero, de onde partem todas as estradas de Espanha está marcado no chão, mesmo em frente ao edifício principal, mas está sobretudo marcado por dezenas de pessoas em tufos a querer tirar uma foto com o pé lá. O que eu queria mesmo encontrar era o urso, o que serve de símbolo à cidade. E depois de navegar por marés de turistas até ao fundo da Praça (no lado oposto ao km 0) lá vimos o urso a agarrar...o bróculo! 



 

O dia não terminou sem passarmos à Praça Cibeles, onde o Real Madrid festeja as suas maiores conquistas (é a foto com a fonte dos cavalinhos, que podem ver no carrosel acima) e a Puerta de Alcalá, na Praça da Independência. Aqui estamos mesmo à porta do Parque do Buen Retiro, mas nesta altura já escurecia e eu estava genuinamente cansada. Não tanto dos pés e pernas (apesar de ter abusado de ambos) mas mais por ter acordado à cinco da manhã e desde aí não ter parado. Por isso e porque eu e o Moço não fazíamos questão de conhecer a noite madrilena (já que tantas vezes evitamos a Lisboeta) saltámos o serão aconselhado nos bairros de La Latina ou na zona de Malasaña e fomos dormir ao Ibis Budget Las ventas, onde eu passei dez horas santas na cama.


Por esta altura já tínhamos aprendido algumas coisas importantes acerca da cidade:

  • Não há supermercados (à vista) no centro da cidade.
  • Os semáforos piam.
  • Os espanhóis (em Madrid em particular) estão um bocadinho à nossa frente na questão da igualdade porque vemos vários casais do mesmo género de mãos dadas (aliás têm a Chueca, o bairro gay, para comprovar, onde passámos depois).


Continua...

 

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14
Abr16

Crónicas de um fim-de-semana em Madrid (Parte 2)

Maria das Palavras

Se já leram a primeira parte do meu relato e ainda não adormeceram de aborrecimento, aqui está  continuação. 

Pois quando saímos do Mercado de San Miguel estavamos de bucho cheio. Não aguentava nem mais uma dentada de fosse o que fosse. Até reparar que estávamos pertíssimo de um marco que me tinha sido recomendado por várias pessoas: a Chocolatería SanGinés onde se comem (supostamente) os melhores churros com chocolate de Madrid. Como estou de costas na foto, não conseguem ver o meu ar guloso, mas o ar triste do senhor que vai a passar só pode ser porque , ele sim, estava cheio de mais para comer um churro. Eu arranjei espaço, como se vê pela minha garra afinfadora de churros à direita. O chocolate não era o meu favorito (preferia se fosse Nutella aquecida ou chocolate branco, como vi depois noutro sítio). Ainda assim para quem estava cheia comi a maior parte, com a ajuda do Moço, claro. 

 

Madrid - Chcolatería SanGinés | Maria das Palavras

 

Foi aqui, sentada numa mesa da agradável esplanada que disse ao Moço que provavelmente a seguir devíamos ir ver o Santiago Barnabéu. E ele:

 

- Ao estádio, agora? Daqui a nada é o jogo lá, deve estar uma confusão!
...

...

...

 - Espera...compraste bilhetes?!?!

 

Jim Carrey a celebrar como o Moço fez quando soube que ia ver o jogo.


Foi mais ou menos assim que o Moço reagiu à surpresa. É que nós já tínhamos visto que o jogo era numa altura ideal, mas os bilhetes a preço aceitável (e mesmo os caros) estavam praticamente esgotados quando pesquisámos e só havia um lugar em Paris e outro em Jerusalém. Mas, não satisfeita com isso, voltei a ver de véspera e descobri que havia mais lugares vagos, por causa de sócios que têm lugar reservado e não compraram bilhete para o jogo. Os bilhetes estavam disponíveis a partir de 30€ para esse jogo (Real Madrid VS Eibar) e podem comprar-se no site do Real Madrid e serem acedidos no telemóvel numa app chamada PassWallet (ou impressos, claro). 

Antes de irmos para o estádio ainda passámos à Plaza Mayor que é mesmo ao lado do Mercado de San Miguel (já vos disse que em Madrid é tudo a um passinho?) onde comecei a ver os dois fenómenos pedincheiros mais frequentes da cidade: gente mascarada de personagens da Disney  e afins - a sério, vi Minnies, porcas Peppas e o diabo a quatro, e homens-estátua de versão evoluída em posições em que o homem fica de lado suspenso no ar (que é como quem diz, que dá ainda menos trabalho que os homens-estátua comuns que têm de estar em pé e não deitados num suporte rígido). Vejam a galeria de fotos da Plaza Mayor e da zona da Ópera onde apanhámos o metro a seguir para ir para o estádio.


 

Viram os noivos que apanhámos na varanda do edifício mais bonito e emblemático da Plaza Mayor, a Casa de La Panadería? Fiquem a saber que este edifício foi comprado pelo grupo Pestana, que é português. E que este não foi o sítio mais estranho onde vimos noivos. A estátua, também da Plaza Mayor, é de D.Filipe III de Espanha, II em Portugal - apesar de eu ter tapado a cara dele com a do cavalo. Foi um dos sacanas da nossa dinastia Filipina , depois do desaparecimento do S.Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir (que ainda hoje está por aparecer aí numa noite nublada). Embora tanto quanto sei ele e o pai até foram fixes para nós, enquanto geriram em conjunto Portugal e Espanha, o filho dele é que nos deixou tão descontentadinhos que tivemos de fazer nascer o feriado do 1 de Dezembro, restaurando a nossa independência. E são 5€ pela aula de história.


No Santiago Barnabéu: Real Madrid VS Eibar


O jogo era fraquinho e isso interessou ZERO a julgar pelo ar de assombro feliz do Moço ao entrar no estádio. Quando muito até foi bom porque conseguimos assistir ao vivo a 4 golos, incluindo um do meu jogador favorito e um do jogador favorito do Moço, que, apesar de eu lhe querer bater por isso, não são a mesma pessoa - o dele é um ex-portista, claro. 

 

Estadio Santiago Barnabéu | Maria das Palavras

 

Antes disso, que me estou a adiantar: no metro conhecemos um casal de tugas que ia também ver o jogo (ou queria, porque não tinham ainda bilhete). Foi estranho, porque a rapariga falou para mim e eu respondi educada e querida, fizemos meia conversa mas eu não sabia se era suposto a partir daí sermos amigas para a vida ou cada casal podia seguir o seu caminho. Fenómeno curioso este do "porque viemos do mesmo país, podemos falar-nos como se nos conhecessemos". Na dúvida, seguimos o nosso caminho - até porque na confusão da estação do Santiago Barnabéu só se dessemos as mãos é que nos mantinhamos juntos e eu não estava preparada para esse tipo de intimidade. 


Ainda antes de entrarmos comprámos um cachecol para marcar a visita, a 10€, nas bancas à volta do estádio, mas que diz que é oficial. Depois fomos todos apalpadinhos e revistados para entrar. De notar que levávamos mochilas conosco com toda a nossa bagagem de fim-de-semana, incluindo a máquina do Moço que é "daquelas grandalhonas" - penso que até é esse o modelo, uma CANON Daquelas Grandalhonas. Eu estava um pouco preocupada com isso, mas parece que deixar garrafas e navalhas de fora é o suficiente. 


Ficámos lindamente sentados, mesmo a pé da bandeirola de canto. Tirámos mil fotos, a nós, às bancadas, aos jogadores - 90% ficaram desfocadas. Mas a minha favorita foi esta, do espanholito a estender a mão para o nosso Ronaldo e a gritar "Ronaldo, tu camisetaaaaaaaaa". Partilhei-a logo no meu Instagram porque o abençoado do Real Madrid tem Wifi no estádio!
 

 

Posso dizer com segurança que o pai dos miúdos gritava ainda mais que eles e insistia para que levantassem dois cartazes cor-de-laranja a pedir "camisetas" nos momentos mais oportunos para os craques, tipo a meio de jogadas. Não queria deixar também de mencionar um dos fotógrafos do jogo, daqueles que estão junto ao relvado, que passou o jogo a tirar selfies em vez de registar as jogadas.

Nota muito importante, aprendida por mim da pior maneira possível (não gozem): as casas de banho do estádio não têm papel higiénico nas cabines, só um rolo à entrada do WC. Tipo: nenhum. Tipo: nem sequer há suporte. Posso dizer que foi uma experiência que não contribuiu para melhorar a minha opinião sobre o uso de casas de banho públicas, mas safei-me de forma aceitável, vá. Não, não vou contar. O aviso está feito.


Já estão cansados do relato? É que ainda nem acabei o primeiro dia!

Continua aqui...

 

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13
Abr16

Crónicas de um fim-de-semana em Madrid (Parte 1)

Maria das Palavras

Fim de semana em Madrid - Maria das Palavras

 

Começo por vos dizer que um fim-de-semana em Madrid é tempo suficiente para ver e fazer tudo o que está nos principais guias, se não estiverem numa de entrar em todos os palácios e museus. É claro (antes que me atirem pedras) que não tenho a pretensão de ter vivido a experiência madrilena em menos de 48 horas em todo o seu fulgor e bem sei que muito mais haveria para ver, mas cumprimos a nossa missão: vimos os principais marcos da cidade, comemos os petiscos típicos, assistimos a um jogo no Santiago Barnabéu, visitámos um dos museus (um golpe de sorte que já vos conto) e, de Sábado para Domingo, esta que vos escreve ainda dormiu dez horas completas (lontra preguiçosa avistada em Madrid). 

Fomos na Iberia às 7h45 da manhã e voltámos às 23h10 de Domingo por 75€ por cabeça. Lá, quase tudo se faz a pé. Fizemos exatamente 6 viagens de metro em 2 dias (de e para o aeroporto - 5€ cada - , de e para a zona do hotel que era ao pé da praça de touros - 1,50€ cada - e de e para o estádio - 1,70€ cada). A noite no hotel ficou por 51€. Isto para fazerem contas à vida se quiserem fazer coisa semelhante: posso dizer-vos que os voos ainda podem ser comprados mais baratos, mas não nos dias que podíamos e horários que queríamos. Esta é a parte objetiva da viagem, agora deixem-me aborrecer-vos com o relato completo.

 

A viagem de ida

O despertador tocou às cinco e vinte da manhã e eu acordei com ele toda contente - não há nada como acordar e saber-se que se vai laurear a pevide. Apesar de ter feito uma piada no Facebook sobre grandes malas sou uma pessoa bastante prática e portanto cada um de nós levou apenas uma mochilinha com meia muda de roupa, telemóveis, carregadores, máquina fotográfica, carteira, documentos e uns lanchitos. Ah, claro, e o bloco de notas com caneta! Iamos leves e prontos para passear sem termos de perder tempo.

O Moço não me deixa mentir: isto era a minha mochila  (o comando serve para verem a proporção).

 

Mochila para Madrid - Maria das Palavras

 

Um amigo nosso veio buscar-nos a essas horas ridículas para nos levar ao aeroporto antes de ir trabalhar. E é assim que se distinguem os verdadeiros amigos: não só nos dão boleia às 6h da manhã, como o fazem sob o protesto da namorada.

Tomámos o pequeno almoço no McDonalds do aeroporto. Digo isto porque aí há uns tempos houve um grande sururu na blogosfera com os novos pequenos-almoços da cadeia de fast food e eu já os tomo há anos, sempre que vou parar ao aeroporto a horas indecentes. Foi aqui que estive a explicar ao Moço o nosso percurso em Madrid e o que havia para ver lá, porque a ir por ele íamos ao estádio do Real Madrid e ao do Atlético, pronto. Adorámos toda a viagem, mas continuo a achar que lhe tinha chegado...


Logo a entrar no avião aquele episódio básico de inaptidão social. Está o senhor a receber os bilhetes e a confirmar a toda a gente. A pessoa chega diz "Bom dia" ele verifica e diz "obrigado". Assim muitas vezes até chegar a minha: chego e estendo-lhe os bilhetes dizendo "obrigada". Ai Maria...

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A viagem é curtíssima, tal como o espaço para arrumar as pernas no avião. Já em Madrid, no metro, a caminho Praça de Espanha (mas há uma em todas as cidades espanholas, é?), talvez pela privação de sono misturada com a adrenalina de uma aventura que começa, passei mais tempo do que seria aceitável a gozar com a estação de metro apelidada de Pinar del Rey.


Uma manhã em cheio

Imaginasse eu que era tudo assim tão perto e tínhamos marcado uma viagem de um dia só (mentira). Saímos então na Praça de Espanha onde tirámos a primeira selfie e passámos sem reparar naquela que mais tarde percebemos (nas fotos) que era a estátua de Cervantes com Dom Quixote e Sancho Pança. 
Na Praça de Espanha começa a Gran Via, a artéria mais movimentada da cidade, mas por ora íamos ignorá-la. Recuámos até ao Templo de Debod sem esquecer o miradouro e desviámo-nos para o Pálácio Real, passeando pelos seus jardins, até à Catedral de La Almudena. Não entrámos em nenhum do sítios que estavam minadinhos de gente (muito mais que a Padaria Portuguesa à hora do pequeno-almoço), mas tirámos muitas fotos. Nesta altura a força do sol fazia-se sentir e o Moço tirou o casaco. Eu encaixei-lho em cima da mochila para não ter de o carregar e assim nasceu uma tartaruga. Vejam a galeria de fotos abaixo, clicando nas setinhas (e sem descurar as legendas).

 

 

Seguimos por umas ruas à direita, na direção de uma zona menos monumental, mas mais bonita (que ainda não tínhamos a certeza o que era) e deparámo-nos com o mercado de São Miguel. Já começava a ser hora de almoço e nós tínhamos comido há para lá de muito tempo. Resolvemos bem o assunto e o difícil foi escolher entre tantos petiscos (e navegar entre tanta gente). Começámos com uns croquetes de presunto e roquefort (que eram só mais-ou-menos). Depois comemos um cone de polvo frito. Péssimo de tão bom. E rematámos com os morangos mais deliciosos que provei este ano. E digo-vos outra vez: vejam a galeria de fotos abaixo, clicando nas setinhas.

 

 

  

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03
Mar16

7 Formas de fazer com que nos preparem o jantar (sem fingir muito).

Maria das Palavras

Refeição - Imagem Pixabay

Jovem, já te deu a preguiça completa de fazer o jantar? A mim acontece-me numa base diária. Gosto muito de cozinhar e inventar, mas não é por obrigação. Claro que o que o jantar tem de se fazer na mesma. E pedir não é tão divertido como usar uma destas técnicas:


1. O Masterchef.
Vamos fazer um jogo. Tens os ingredientes x e y. Tens de os usar no jantar e tens meia-hora. Surpreende-me. 

 

2. A falta de apetite. 
Ai...só de pensar em comida acho que enjoo, estou mesmo sem fome. Acho que não janto, faz tu para ti. (sobra sempre)

 

3. O elogio.
Quando fazes o jantar fica sempre tão bom! Até me babo só de pensar. És a/o melhor cozinheira/o de sempre...


4. A saudade. 
Amor, tenho tantas saudades daquela tua massa com atum. Hummm....Suponho que não terias paciência de a fazer agora?

 

5. A lesma.
Demora tanto tempo (estou só acabar de arrumar umas coisas! sim, sim, sei que já estão a bater as 22h...) que alguém decide começar.


6. A carteira. 
Pagar para ir ao restaurante ou chamar a Telepizza é infalível. Fazem-nos sempre o jantar sem refilar.

7. A mãe.
Quando tudo menos a preguiça nos falhar (inclusivamente a carteira), há sempre quem nos safe.

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08
Dez15

Como comer castanhas em 6 passos: Maria Style

Maria das Palavras

Apercebi-me que publiquei a receita da castanha assada infalível, sem explicar como fazer para a comer. Grande falha. Eis o processo simplificado:

 

Castanha assada (imagem Pixabay)

 

1

Esperar que alguém te descasque castanhas.

 

2

Dizer "hummm...adoro castanhas assadas" com ar guloso.

 

3

Esperar mais um pouco que alguém te descasque castanhas.

 

4

Se os passos anteriores não surtirem efeito, escolher de forma egoísta as castanhas mais tostadinhas e aparentemente de casca fácil de sair. Escolher logo todas as que estão nestas condições para ao pé de ti, mesmo que não as vás conseguir comer todas - só para assegurar que ninguém fica com eles (se queriam escolher as melhores, que tas descascassem!).

 

5

Além de descascar a castanha, desfazê-la em bocadinhos para garantir que não há vermes em lado nenhum e levar a castanha à boca (pausa para apreciar).

 

6

Se necessário, repetir o passo 1. 

 

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