Estava aqui a pensar...As pessoas puseram-se do lado da Charlie Hebdo (que fazia humor negro, racista e religioso e o diabo a quatro) porque explodiu...Será que se o Sinel de Cordes explodisse também passavam a advogar a liberdade do humor dele?
(o único sentimento mais forte dos tugas do que o ódio pelo humor é a paixão pelos coitadinhos...)
[Para qualquer comentário que se assemelhe com "ele nem tem piada", "o humor tem limites" ou "espero que ele morra" vide resposta aqui.]
Sou amante e defensora do humor negro todos os dias, não só quando há atentados terroristas. Pode brincar-se com tudo, que rir não aleija, só ajuda a tornar mais leve - às vezes (muitas vezes) ajuda a chamar a atenção. No entanto, sei que não posso partilhar piadas sádicas com toda a gente. Sei que, por exemplo, tenho de me abster de o fazer neste blog, sob pena de ferir susceptibilidades de quem não entende o humor da mesma forma. De quem advoga a liberdade de expressão, mas a prefere no quintal dos outros - e assim também eu peco, no meu exercício de não querer ofender ninguém. Por isso, palmas, para a franqueza de Rui Sinel de Cordes. Dono de um humor tão perverso, que chega a ser dos meus favoritos.
Nota só para os mais fortes: Vejam o espetáculo Black Label de Rui Sinel de Cordes, no Youtube. Eu disse só os mais fortes.
Tão atrozmente ridículo como eu sofrer um atentado por parte dos amantes de sushi. Perdi-me. Quando é que fazer humor se tornou uma profissão de risco?