Os blogs da plebe também são de valor e provou-o toda a adesão que o concurso da Magda teve ao longo das últimas semanas (que muito trabalhinho lhe deu).
O meu era o mais fraco dos nomeados da categoria generista, escrito por uma blogger que anda menos dedicada do que nunca, a concorrer contra pessoas que escrevem como quem canta e que nos alegram todos os dias, como se fossem (algumas são mesmo) nossas amigas.
Ainda assim, arrecadei o caneco. Sou Sapa do Ano 2017, caramba! E só vos tenho a agradecer.
Isto é um grande honra OU finalmente a vingança por aquele momento em que eu era muito pequena, teria 4 ou 5 anos, e disse a um amiguinho (à frente dos pais dele e dos meus): O meu pai diz que tu pareces um sapo.
Vão lá conhecer todos os vencedores de todas as categorias aqui.
Como muito boa gente sabe, anda aí a votação mais importante do século, uma iniciativa da Magda no seu blog StoneArt Portugal: Os Sapos do Ano. Ora eu, com pouco tempo disponível e concorrência impossível de bater (são todas manifestamente melhores que eu na categoria Generalista, vendo bem até nas outras categorias) preciso de um diretor de campanha. Uma espécie de Eli Gold de Good Wife para o meu singelo Maria das Palavras. Com tarefa mais fácil porque não tenho um marido que andou a recolher sífilis no passado. Fiquem à vontade para deixar candidatura nos comentários com informação do CV.
Entretanto, para que conheçam o meu perfil, decidi deixar já a minha posição em relação às questões mais polémicas da blogosfera.
O que acha da regionalização dos blogs?
Penso que todos os blogs devem trabalhar sob as mesmas regras unas de ética e respeito, sejam da zona do Blogger ou do Sapo Blogs, Wordpress para os mais snobs ou aquelas outras plataformas que ninguém conhece bem.
Como vê o aborto voluntário de blogs?
Considero que se as pessoas não estão em condições de alimentar o blog, que aliás começariam de má vontade, é preferível interromperem voluntariamente o mesmo. Já existem bastantes blogs abandonados nos arquivos.
Qual a sua opinião sobre a despenalização dos blogs leves?
Penso que os blogs leves devem ser permitidos, senão de consumo obrigatório. Por vezes é tudo o que uma pessoa precisa para descontrair no fim de um dia de azáfama.
O que acha da união de blogs do mesmo género?
Sou toda a favor. Quanto mais colaborações melhor, seja entre que géneros for, a blogosfera só tem a ganhar com isso.
Como bem se vê, sou mesmo capaz de precisar do tal diretor de campanha...afinal as votações já estão a decorrer aqui.
E a mim os certificados de Excelência caem-me nas mãos. Eu nunca deixei esquecer a Magda, a maior leitora que conheço (não estou a falar de tamanho, mas a sacana também é alta), que fui eu que a fiz ler Joel Dicker e lhe emprestei aquele livro que ia despoletar mais uma das suas paixões literárias assolapadas. Fui EU que o apresentei à bibliófila declarada que tem sempre tão boa sugestões para fazer. E, ela sabendo do orgulho que tenho nisso - sou uma vaidosa - fez isto. Estou que não sei se agradeço ao pai e à mãe, se peço a paz mundial ou verto umas lagrimazinhas. Mas quero dedicar o prémio ao Joel, o meu orelhudo favorito. Obrigada Magda. Estou sem mais palavras.
"No outro dia sonhei que estava a atravessar uma ponte infinita. Dum lado, ovos moles, do outro livros. Por mais que me esticasse não chegava nem a um nem a outro. E por mais que andasse não chegava ao fim para poder sair da ponte..."
o teu sonho chega-me com a transparência das águas de Sesimbra, nos dias bons, em que a poluição humana não chega à costa. Muitos serão induzidos em erro: dirão que a ponte é metáfora de desejo inalcançável, em toda a sua extensão: uma gula infindável, uma sede de ler incurável. Uma luta interior constante. Fosse tudo tão simples.
Tenho dois livros novos. Pequenos em tamanho, grandes em expetativas. Quero tanto lê-los que me dão comichões no nariz quando penso neles. Travo-me: estou a acabar aquele outro (aborrecidinho, coitado) e estes eram por tudo ideais para seguir comigo de férias, na minha viagem. Um é o "Episódios Geométricos" da nossa Magda, outro é o fresquíssimo "Chama-lhe Amor" altamente recomendado pela mesma Magda, expert na arte da leitura (não só da escrita).
Dois livros que me fazem ter pensamentos sórdidos ao melhor género "pegava em vocês e era já" ou "devorava-vos em minutos".
O terceiro, Viagens, já li muitas vezes e fica de reminder ali na imagem só para vos lembrar que é compra e leitura obrigatória: se não bastasse ser muito bom, fazer rir e pensar, bem ao jeito da Magda, conta com um pequeno texto aqui da Maria (e outros de outras bloggers estimadas aqui do bairro).
Não é meu, mas é de uma querida amiga da blogosfera. E não digo "querida" como as mulheres às vezes usam (sinónimo de cabra), é mesmo, mesmo querida.
Tive esta sorte imensa de o ler antes de vocês todos para lhe escrever também uma página, no final, acerca da minha experiência com as Viagens da vida da Magda. Eu e outras miúdas sortudas cá do bairro. O livro sai para a rua no dia 18 de Junho e eu vou atrever-me, pela Magda, a convidar-vos também a estar no lançamento.
Estou ansiosa, como não sei explicar, visto que o livro nem é meu, nem de ninguém que eu conheça pessoalmente. Mas tem lá palavras desta Maria. E de outras marias cá da praça. E muitas, muitas palavras, dessa pessoa que um dia me ajudou a organizar a viagem à Madeira, por email e se tornou uma companhia indispensável neste mundo dos blogs. Parabéns Magda. Fantástica Viagem, esta.